O governo do Ceará, a prefeitura de Fortaleza e as empresas Ecometano e Marquise formaram uma parceria para instalar uma usina de biometano no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc), na região metropolitana de Fortaleza-CE. A usina deve ser concluída até o final de 2017. Em um primeiro momento, o projeto GNR Fortaleza vai produzir 70 mil m³/dia de biometano, volume que futuramente pode chegar a 150 mil m³/dia. A primeira etapa das obras, referente à instalação do sistema de tratamento dos gases provenientes do lixo, foi iniciada em 11 de abril e deve receber R$ 100 mi em investimentos. Nessa etapa, serão instalados 150 dos 200 drenos verticais e horizontais previstos para as áreas do aterro, equipamento utilizado na captação dos gases. Posteriormente, o gás será direcionado a uma unidade de tratamento, onde é produzido o biometano. Já a segunda etapa do projeto, que inclui a construção de gasodutos para distribuir o biometano, será conduzida pela Cegás, concessionária de gás natural do estado. A licitação para a obra será aberta ainda em abril, segundo a Cegás, e terá prazo de conclusão de 18 meses e investimento estimado em R$ 22 mi. O gás natural renovável produzido no Asmoc já tem um primeiro cliente, uma fábrica de cerâmica local, que deve consumir toda a produção inicial do projeto, de 70 m³/dia. A ideia, contudo, é que o gasoduto licitado pela Cegás leve o biometano para todos os segmentos atendidos pela distribuidora após o aumento de produção. Quando concluído, o aterro será o segundo maior em termos de volume biogás produzido no Brasil. O primeiro é o Jardim Gramacho, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, com capacidade instalada de 240 mil m³/dia de biogás. O aterro de cearense recebe mais de 5 mil toneladas/dia de resíduos sólidos provenientes de Fortaleza e Caucaia. O Asmoc está em expansão e, após a conclusão do processo, terá vida útil de 17 anos e seis meses. Já o planejamos da usina de biogás é operar por pelo menos 30 anos. (Agência Brasil Energia – 19.04.2016)