Notícias do setor
25/05/2016
Empresas de energia emitem debêntures de curto prazo

Apesar da forte retração dos mercados de crédito e de capitais, as empresas de energia têm encontrado algum espaço para emitir debêntures, com aumento das captações neste ano. Boa parte dessas operações tem como objetivo financiar projetos de fontes renováveis leiloados no passado. As emissões de debêntures do setor de energia somaram R$ 2,17 bi de janeiro a abril em 15 operações, o que representa um avanço de 48,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Anbima. O setor foi o que mais captou no período, respondendo por 32,9% do total de debêntures. Nos primeiro quadrimestre de 2015, as empresas de energia representaram apenas 8,2% do volume. No entanto, algumas das emissões para financiar os projetos de energias renováveis ¬ feitas pelas SPE ¬ são de prazo curto. Os vencimentos vão de alguns meses a até dois anos. As operações também seguem os moldes das ofertas com esforços restritos de colocação. Em geral, são "encarteiradas" pelos bancos e não vendidas a investidores. De acordo com fonte de uma instituição financeira que preferiu não ser identificada, o prazo mostra que as emissões têm sido usadas como empréstimos¬-ponte, e não como financiamento de longo prazo. Neste ano, apenas uma oferta de debênture de infraestrutura foi feita. Entre as emissões com essas características feitas neste ano, estão as da Usina de Energia Eólica Vila Amazonas V, da Usina de Energia Eólica Vila Para e da Santa Vitória do Palmar. "Temos acompanhando, que na comparação com demais setores, energia eólica tem mais operações e mais oportunidades. Realmente, tem havido boa demanda, bons projetos, e um 'pipeline' grande", afirma Alexandre Teixeira, diretor de renda fixa e financiamento de projetos do Itaú BBA. "Uma série de leilões aconteceu e as empresas precisam viabilizar os investimentos. Em condições normais, os projetos têm fluxo de caixa estável e previsível, por isso é relativamente fácil financiar", diz Marina Anselmo, sócia da área de mercado de capitais do escritório Mattos Filho. (Valor Econômico – 24.05.2016) 

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