A frustrada parceria com a americana SunEdison, em recuperação judicial desde abril, obrigou a Renova Energia a fazer um forte ajuste em suas estruturas. Além de perder dinheiro com o negócio, a Renova teve de receber aporte de recursos dos sócios, rever o cronograma de obras, cortar despesas e procurar um sócio estratégico para reforçar a capacidade de investimento da empresa. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo de R$ 551 mi, sendo R$ 382 mi referentes à perda de investimentos com o grupo americano. Em junho de 2015, a Renova vendeu 14 parques eólicos à SunEdison, por cerca de R$ 1,6 bi. Desse valor, cerca de R$ 500 mi entraram no caixa da empresa em dinheiro, e o pagamento restante foi em ações. Empresa vendeu 14 parques eólicos na BahiaCom dificuldades financeiras nos EUA, os papéis da SunEdison despencaram e a Renova teve de contabilizar as perdas. Além disso, foi obrigada a rescindir o contrato de venda de três PCHs, de 41,8 MW, com o grupo americano. Referência no setor de energia eólica, a empresa tem 770 MW e 11,5% dos parques vendidos para a SunEdison. Para equalizar as contas, a companhia renegociou contratos que tinha no mercado livre com seus próprios sócios. Um parque eólico, de 200 MW, que deveria entrar em operação no ano que vem foi prorrogado para o fim de 2020. Outro que entraria no fim de 2015 ficou para outubro deste ano. “A condição do setor, com sobra de energia, foi favorável a essa revisão dos cronogramas”, afirmou o diretor comercial da Cemig, Evandro Vasconcelos, presidente do conselho de administração da Renova. (O Estado de São Paulo – 24.05.2016)