Notícias do setor
30/05/2016
Retorno ao despacho por ordem de mérito deve elevar PLD

ONS pretende desligar 4 GW de térmicas; proposta será levada ao CMSE

Wagner Freire, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Operação e Manutenção 

25/05/2016 

Na reunião do Programa Mensal de Operação, realizado nesta quarta-feira, 25 de maio, o Operador Nacional do Sistema Elétrico manteve sua intenção de desligar 4 GW de térmicas que ainda estão sendo despachadas por segurança energética. A proposta será discutida na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, marcada para 1º de junho. Uma vez aprovada a medida, o sistema retornará ao despacho por ordem de mérito, o que deve reduzir os custos de operação em R$ 200 milhões por mês. 

"Se a carga do Sistema Interligado Nacional se manter em junho igual a maio, poderemos ter uma elevação do CMO/PLD, pois o preço das térmicas despachadas na ordem de mérito sai dos encargos e passa a compor o Custo Marginal de Operação", disse um técnico que acompanhou a reunião do PMO. Contudo, como a carga projetada de junho é a menor em relação aos outros meses do ano, o impacto no PLD também deverá ser reduzido. Ao longo do ano, o Preço de Liquidação das Diferenças tem se mantido abaixo de R$ 100/MWh, com exceção do submercado Nordeste. 

A expectativa do PMO é que a carga de junho alcance 63.241 MW médios, valor um pouco abaixo da carga de maio (64.716 MWmed), porém 4,6% acima da projeção de carga do PEN (Planejamento Anual da Operação Energética). "Como a carga não cai e saem térmicas da base, mais acionamento térmico embutido no PLD e menos encargos", explicou o especialista. 

A previsão inicial de afluências para junho está abaixo da média em todos os submercados, com exceção do Sul. Para o Sudeste, a Energia Natural Afluente esperada é de 93% da Média de Longo Termo ou 28.652 MW médios; no Nordeste a ENA esperada é de 33% da MLT ou 1.561 MW médios; no Norte a ENA esperada é de 44% da MLT ou 2.541 MW médios. Já no Sul, a expectativa é de 124% da ENA ou 12.815 MW médios. De acordo com meteorologistas, ainda não há previsibilidade da influência do La Nina. 

Houve uma alteração significativa na operação do sistema. A hidrelétrica de Tucuruí não vai ser explorada ao máximo, pois as vazões da usina estão baixas. Assim, o Norte passará a importar energia do Sudeste e o Nordeste receberá menos energia pelo intercâmbio. A previsão de armazenamento de energia, bem como o Custo Marginal da Operação serão apresentados na sexta-feira, 27 de maio.

 

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