Notícias do setor
30/05/2016
Endividamento da Cemig deve ficar elevado até 2020

O endividamento da Cemig só deve retornar aos valores máximos previstos em seu estatuto em 2020, de acordo com as projeções divulgadas ontem pela companhia. As projeções apontam que, sem a venda de ativos, a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda deve recuar para 2,5 vezes, que é o valor previsto em estatuto, apenas em 2020. As previsões da estatal indicam um Ebitda de R$ 3,235 bi a R$ 3,997 bi em 2016, mantendo a alavancagem acima de 4 vezes. O limite do endividamento das covenants da Cemig é de 2,5 vezes, mas a companhia conseguiu o "waiver" para este ano. Segundo Fabiano Maia Pereira, diretor de relações com investidores da estatal mineira, a Cemig pode pedir "waiver" da alavancagem "anualmente" até que o indicador retorne aos patamares desejados. As projeções, porém, não levam em conta recursos obtidos com a venda de ativos. "Se fizermos os movimentos que propomos, antecipamos o reajuste para anos mais próximos", disse Pereira, se referindo aos desinvestimentos. Os números divulgados incluem ainda a previsão de um Ebitda de R$ 3,404 bi a R$ 4,205 bi para 2017. Os valores devem subir até 2020, quando a expectativa é de valor entre R$ 4,357 bi a R$ 5,382 bi. No fim de março, a alavancagem da Cemig estava em 4,39 vezes. Segundo Pereira, a companhia está conseguindo rolar a dívida. "Obviamente, o custo está um pouco mais alto do que gostaríamos", disse o diretor. "Temos algumas estratégias que vamos começar a aprofundar no segundo semestre, buscando outros potenciais investidores em renda fixa, para que possam contribuir com a rolagem da companhia", explicou. (Valor Econômico – 25.05.2016)

 

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