A estatal apresenta uma dívida de R$ 5,4 bi que as distribuidoras Amazonas Energia (R$ 4,128 bi), Eletrobras Rondônia (R$ 1,057 bi), Eletrobras Acre (R$ 131,72 mi) e Eletrobras Roraima (R$ 132,368 mi) têm com a Petrobras e com a BR Distribuidora referente ao fornecimento de gás e óleo combustível entre dezembro de 2014 e abril de 2016. Em 2014, a Eletrobras já havia firmado um acordo de repactuação de dívida com a Petrobras no valor de R$ 8,6 bi. O acordo cobriu a dívida até novembro daquele ano. O novo acordo de confissão de dívida vai resolver a inadimplência acumulada desde então pela companhia. Ontem, a Eletrobras confirmou que a Petrobras entrou com ação na Justiça para cobrar débitos da ordem de R$ 1,7 bi da Amazonas Energia. Segundo a elétrica, o valor é referente a faturas de fornecimento de gás natural para geração de energia entre dezembro de 2014 e junho de 2015, além de débitos correntes de 2016. A companhia explicou ainda que algumas das distribuidoras da Eletrobras renegociaram valores em atraso com seus fornecedores de óleo combustível e gás natural para geração de energia. A estatal acrescentou que esses acordos de renegociação de dívida contam com garantias sobre os recebíveis da conta de CCC. Ao fim de março, a Petrobras tinha a receber um total líquido de R$ 9,76 bi do setor elétrico. Desse total, R$ 8,4 bi estavam classificados como ativo não circulante. Em 2015, a Petrobras tinha R$ 1,8 bi como provisão para perdas com créditos de liquidação duvidosa, devido à dificuldade de chegar a um acordo para pagamento com a Eletrobras. Segundo a Eletrobras, o R$ 1,7 bi que a Petrobras questiona na Justiça está incluído nos R$ 5,4 bi do acordo de confissão de dívida. Além das medidas judiciais, a Petrobras vinha tentando outras alternativas, como cobrança antecipada e notificação da suspensão parcial do fornecimento de gás. (Valor Econômico – 03.06.2016)