Notícias do setor
07/06/2016
Energia eólica é consumidora potencial

O crescimento da geração de energia eólica no Brasil deve aumentar a demanda por alumínio, usado em parte dos aerogeradores. Segundo fabricantes e entidades do setor, o insumo pode corresponder de 0,8% a 40% dos materiais usados na montagem dos equipamentos, dependendo do produtor. "Em 2015, foram encomendadas cerca de 590 torres eólicas e a previsão para 2016 é implantar mais mil unidades no país, para a construção de parques já contratados", estima Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica. Os materiais mais importantes na fabricação dos aerogeradores são aço, fibra de vidro, resinas e cobre, de acordo com o estudo Mapeamento da Cadeia Produtiva da Indústria Eólica no Brasil, elaborado pela ABDI. "O alumínio entra na fabricação de dispositivos internos das torres, como a caixa de engrenagem e o transformador, além de cabos e no cubo do rotor, parte da turbina onde as pás estão fixadas", explica Júlio César Passos, professor do departamento de engenharia mecânica da UFSC. De acordo com o levantamento da ABDI, o mercado brasileiro tem capacidade para atender à demanda atual de alumínio no setor, com índices de nacionalização da produção acima de 60%. A presidente da Abeeólica afirma que o mercado de aerogeradores está "em pleno vapor". Desde 2009, primeiro ano de participação da fonte eólica nos leilões regulados, foram contratados, em média, 2,2 GW ao ano. Já no ano de 2015, nos três leilões em que a fonte eólica participou, foi adicionado mais 1,2 GW. O volume corresponde, em média, à produção de 590 torres. A potência média de cada máquina é de dois MW. Para 2016, a expectativa dos fabricantes está concentrada no segundo leilão de energia de reserva, que está marcado para acontecer em outubro. No final de maio, a Aneel autorizou a operação comercial de mais seis usinas eólicas em Pernambuco. Os parques devem abrigar mais de 90 unidades geradoras. De acordo com Elbia, a utilização do alumínio nas peças pode ganhar ainda mais fermento nos próximos anos. Geralmente, as torres têm de 80 a 130 m de altura, enquanto as hélices apresentam de 33 a 55 m de comprimento. (Valor Econômico – 06.06.2016) 

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