Um mapa produzido pelo IBGE mostra como a produção, extração e distribuição de energia é desigual entre as regiões do país. Os dados foram compilados a partir de levantamentos de governos e agências reguladoras para a publicação do estudo Logística de Energia 2015 - Redes e Fluxos do território. A análise da matriz elétrica mostrou que o país tem 194 usinas hidrelétricas, que são responsáveis por 94,9% da potência outorgada. Apenas a Bacia Hidrográfica do Paraná, no Sul, produz 46,9% da potência outorgada, principalmente por causa da Usina de Itaipu. O IBGE contou 367 centrais geradoras hidrelétricas, responsáveis por 0,2% da geração total, e 459 pequenas centrais hidrelétricas, com produção entre 3 e 30 MW, perfazendo 4,9% da potência outorgada. De acordo com os dados analisados pelo IBGE, 92,5% do volume de produção do petróleo ocorre no mar, somente 7,5% vem do continente. Em termos absolutos, porém, 841 poços produtores de petróleo e gás natural ficam no mar, enquanto 8.263 estão no continente. Para o IBGE, indica que o ambiente marinho é muito mais produtivo do que os em terra firme. Em relação ao gás natural, o IBGE constatou que 73,3% é de origem marítima, contra 26,7%, terrestre. A produção do Rio de Janeiro, que responde por pouco mais de um terço do registrado no país, representa mais que o dobro da conseguida pelo Espírito Santo, que extrai 14,9%. A geração de energia eólica cresceu 460% entre 2010 e 2014, mostra o estudo Logística de Energia 2015, divulgado pelo IBGE. A participação dessa fonte energética, no entanto, ainda é baixa: representa apenas 2,1% de toda a geração brasileira. Na matriz elétrica nacional, a geração hidráulica correspondeu por 63,2% do total em 2014. A maior parte da produção eólica está concentrada no Nordeste. O Rio Grande do Norte, com 31,3%, é líder na geração de energia eólica, seguido por Ceará (23,4%) e Bahia (16,9%). Para ver o mapa, clique aqui. Para ler o estudo “Logística de Energia 2015” na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico – 24.06.2016)