Quase um ano depois da publicação da MP 688, que determinou as regras da repactuação do GSF ainda há um montante de R$ 1 bi travado nas liquidações do mercado livre de energia, devido aos consumidores do ambiente de contratação livre, que rejeitaram as regras e continuaram protegidos por liminares judiciais. A CCEE informou que a liquidação do mercado de curto prazo de energia de maio movimentou R$ 600 mi, cerca de 23% dos R$ 2,61 bi que foram contabilizados. Do valor não pago, R$ 570 mi integram a quantia remanescente do acordo de parcelamento da exposição dos geradores ao GSF. Há ainda um montante de R$ 1,07 bi protegido por liminares do risco hidrológico e outros R$ 370 mi representam valores não pagos na liquidação. Em relação aos que repactuaram as dívidas do GSF e concordaram em desistir das liminares, já foram quitados R$ 2,48 bi, ou 81% do valor total. Até o momento, 36 agentes quitaram o valor total. Outros 20 agentes que optaram pelo parcelamento vão liquidar as dívidas nas liquidações financeiras subsequentes. Como a CCEE não tem conseguido arrecadar os montantes necessários para pagar todos os agentes credores, apenas aqueles detentores de liminares que garantem prioridade no recebimento dos créditos receberam nessa liquidação, de forma proporcional. Segundo Correia, da Aneel, apesar dos geradores que não aceitaram a repactuação, aqueles que aderiram às regras e pediram o parcelamento dos pleitos estão pagando regularmente. (Valor Econômico – 14.07.2016)