O novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira (Foto), vai assumir o cargo, no próximo dia 22, em condições similares às de Pedro Parente, na Petrobras. Terá carta branca para tocar a gestão. Como primeira medida, Ferreira pretende acabar com as ilhas autônomas em que se transformaram Furnas, Chesf e Eletronorte.
Vai apresentar ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, uma proposta de extinção das presidências das controladas e substituí-las por diretorias-gerais. É uma demonstração de força. Historicamente, as presidências das estatais são ocupadas por políticos ou seus protegidos.
Ferreira quer um técnico em cada diretoria-geral. Motivos para a profissionalização não faltam: as elétricas estão envolvidas em suspeitas de corrupção, têm sido tratadas como feudos por gatos gordos da área política e precisam ser preparadas para uma eventual privatização, ocorra ela ou não. A premissa é que a gestão tem que ser privatizante (Relatório Reservado, 12/7/16)