Notícias do setor
22/09/2016
Pesquisadores brasileiros desenvolvem célula solar com novo material

Pesquisadores do Instituto de Química da Unicamp produziram células solares usando o mineral perovskita como semicondutor. Os testes realizados no Laboratório de Nanotecnologia e Energia Solar (LNES) apontam que as células fotovoltaicas que usam o material têm eficiência de 13% na produção de energia, o que fica bastante próximo ao nível obtido com o uso do silício, atualmente o mais utilizado nos equipamentos comerciais, que atingem cerca de 15%. O desenvolvimento da tecnologia fez parte da pesquisa para dissertação de mestrado do químico Rodrigo Szostak. “Fizemos tudo aqui no LNES, com a estrutura da qual já dispúnhamos e sem a colaboração de grupos estrangeiros”, afirma o pesquisador, que teve orientação da professora Ana Flávia Nogueira. Segundo Szostak, a maior eficiência possível para uma célula solar é de 33,7%, valor calculado pelo limite denominado Shockley-Queisser. A expectativa em relação ao custo do material está ligada ao fato de que os estudos em torno da perovskita ainda estão em fase inicial no mundo todo. As pesquisas sobre o uso do mineral para geração de energia solar têm menos de uma década. Como, em pouco tempo, os esforços de pesquisadores levaram a eficiências próximas às das células de silício, a expectativa é que com a continuidade dos estudos o material atinja eficiência superior. Além disso, de acordo com Szostak, o custo de células solares de perovskita é menor, já que a produção demanda muito menos energia do que as de silício. Apesar do potencial enxergado por pesquisadores no uso da perovskitas para geração solar, as células produzidas com o material ainda estão em escala laboratorial. O grupo liderado pela professora Ana Flávia Nogueira conta com mais dois pesquisadores que estão dedicando trabalhos de pós-graduação à análise das propriedades das perovskitas. Entre as linhas de estudos, os pesquisadores investigam como evitar que o material absorva a água presente no ambiente, já que é extremamente sensível à umidade. (Agência Brasil Energia – 20.09.2016) 

Localização
Av. Ipiranga, nº 7931 – 2º andar, Prédio da AFCEEE (entrada para o estacionamento pela rua lateral) - Porto Alegre / RS
(51) 3012-4169 aeceee@aeceee.org.br