Notícias do setor
06/01/2017
Vulkan: cancelamento do leilão de energia de reserva significou o pior que poderia acontecer para a cadeia de fornecimento da indústria eólica

O cancelamento do leilão de energia de reserva, em dezembro, significou o pior que poderia acontecer para a cadeia de fornecimento da indústria eólica. Na avaliação de Klaus Hepp, CEO da Vulkan no Brasil, esse movimento que classificou como de stop and go só traz incertezas para toda a cadeia de fornecimento, sendo que a situação é mais crítica para aquelas empresas que são totalmente dedicadas ao segmento de geração, o que não é o caso da empresa que comanda no Brasil. “Essas empresas dependem da demanda dos fabricantes de aerogeradores e por isso não está nada fácil. Esse stop and go não deixa que as empresas aguentem esse ritmo por muito tempo”, destacou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia. “Para a Vulkan essa é apenas uma parte de nossos negócios, o que nos deixa protegidos dessa variação. A diversidade de atuação atribui competitividade, pois não estamos parados por conta da falta de pedidos”, comentou ele. De acordo com Hepp, a expectativa do setor no ano passado, pouco antes do anúncio do cancelamento do certame era de que houvesse uma demanda de 1 GW para eólica e outro volume de contratação igual para o segmento solar fotovoltaico. E no primeiro caso esse montante já não era algo significativo, uma vez que os seis fabricantes instalados por aqui deveriam ter que disputar as vendas de cerca de 400 máquinas que essa contratação geraria e isso, pensando apenas em projetos novos entrando no leilão no ano passado. De acordo com o executivo alemão, a estimativa de capacidade anual que o Brasil tem em número de máquinas chega próxima a mil unidades ao ano. Com o aumento da capacidade de geração de cada aerogerador, hoje na casa entre 2 MW e 2,5 MW, é real a necessidade de que a demanda que num passado recente estava em 2 GW ao ano passe a ficar mais próxima de 3 GW anuais. “Para manter o ritmo de crescimento dos últimos anos 3 GW não seria um exagero, mas sim o lógico por conta do aumento da capacidade das máquinas, e outra para se ter uma ideia, 1 GW é 10% do que temos atualmente no Brasil, o que em termos de crescimento não representa um grande indicador”, avaliou o executivo. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017) 

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