Notícias do setor
13/03/2017
Empresas de cimento devem terminar o ano com 50% de capacidade ociosa

10/03/2017

A indústria do cimento vai acabar este ano com metade da capacidade parada, prevê Paulo Camillo Penna (Foto), presidente do Snic (sindicato do setor). Hoje, as fábricas usam 56% do potencial produtivo.

Depois de linhas terem sido desligadas, agora, fábricas vão ser fechadas, afirma Penna. Fevereiro foi o pior mês para o setor desde 2009, diz ele.

No mês passado, foram vendidas 3,9 milhões de toneladas, o que representa uma perda de 15,3% em relação a fevereiro de 2016.
"O setor amarga sucessivas quedas. Em 2015, foram 9,5% a menos de vendas; em 2016, 11,7%. A projeção para 2017 é algo entre 5% e 7%."
Explorar o mercado externo não é uma opção -cimento é perecível, viaja no máximo 500 quilômetros.
A melhora para o setor vai demorar porque os maiores consumidores, as construções de edifícios residenciais e comerciais, devem levar tempo para ganhar impulso.
"O cimento integra uma cadeia que precisa de renda, crédito e que a economia se mova. Há um contingente grande de imóveis com as incorporadoras e com os bancos -só eles têm cerca de
R$ 10 bilhões nesses ativos."
Como o setor depende de uma série de variáveis, o Snic não projeta um ciclo virtuoso no ano que vem.
"A petroquímica reagiu, a mineração retoma seus números, mas para o cimento vai ser mais dramático."
Ações do governo, como aumentar o valor dos imóveis que podem ser financiados com FGTS, a própria liberação das contas inativas do fundo de garantia e o cartão reforma ganham elogios, mas não são suficientes, diz.
"São necessários esforços do Congresso para a retomada de obras inacabadas."
Infraestrutura soma cerca de 25% do consumo. Aumentar esse gasto e intensificar medidas para liberar crédito são ações que Penna tem proposto ao governo (Folha de S.Paulo, 10/3/17)

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