Desde 2014 segurando investimentos de grande porte, o grupo pernambucano Cornélio Brennand vai destinar R$ 436 mi para construção de duas hidrelétricas nas proximidades de Chapadão do Sul (MS) este ano. O grupo tem ainda um projeto de R$ 1 bi para uma fábrica de cimento em Paripiranga (BA), mas que só vai sair da gaveta quando os sinais de recuperação da economia ficarem mais claros. Com a composição societária atual, o grupo Cornélio Brennand surgiu a partir da divisão dos negócios da família em 2002. A principal fonte de receita do grupo é uma fábrica de vidros planos, a Vivix, inaugurada há três anos com R$ 1 bi de investimentos, em Goiana (PE). Até 2018, mais R$ 50 mi vão ser usados pra aprimorar a fábrica. O grupo atua ainda nos segmentos de cimento (com a marca Bravo), imobiliário (Iron House) e de energias renováveis (Atiaia Energia). Juntas, as empresas devem ter faturamento de R$ 710 mi este ano, contra R$ 632 mi no ano passado. O empresário Carlos Eugênio Brennand, presidente do conselho de administração do grupo, avalia que o setor de energia voltou a ser atrativo e estável, depois de ter sido "desmantelado" no governo de Dilma Rousseff. "As regras voltaram a ficar definidas e isso dá segurança a nós investidores", afirma Brennand. Os investimentos serão feitos com recursos do caixa do grupo e empréstimos do BNDES. (Valor Econômico – 07.04.2017)