Pedro Aurélio Teixeira, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
27/04/2017
Mesmo elogiando o resultado do leilão de transmissão realizado nesta semana, quando foram viabilizados mais de R$ 12,7 bilhões em investimentos, a WEG não espera que ele vá compensar no curto prazo as perdas em receita que a empresa teve na área de geração. Em conferência com analistas realizada nesta quinta-feira, 27 de abril, o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Paulo Polezi, revelou que os resultados da empresa na área de energia são frutos de uma carteira feita no ano passado, de menor qualidade, com faturamento mais baixo prevista para 2017. "A entrada dos leilões de LTs é algo positivo, traz dinâmica maior para o setor, mas não tem impacto para o curto prazo. O setor de transmissão não é compensador da geração", explica.
De acordo com Polezi, a melhora nos resultados em energia vai depender de uma retomada do crescimento e do leilão de descontratação previsto para agosto. A partir daí, haverá clareza para a programação de leilões no segundo semestre. Segundo ele, na área de Transmissão e Distribuição, a WEG já tem pré-contratos e acordos individuais para os próximos anos, o que pode trazer crescimento para a área até 2021.
Sobre a entrada da WEG na Índia, onde ela planeja construir aerogeradores, a expectativa da empresa é que a partir de 2018 seja fechado o primeiro contrato. O baixo preço dos contratos de energia, em torno de US$ 55 e um índice menor de conteúdo nacional fora considerados os maiores atrativos para a decisão de produzir no país.