A estimativa de que cerca de US$ 30 a US$ 40 bilhões serão destinados pela China ao setor elétrico nacional toma como base a perspectiva de que a China deverá aportar algo como US$ 500 bilhões na América do Sul nos próximos 10 anos, isso em diversas áreas de negócios, sendo que o Brasil pode ser o destino de um terço desses recursos. Essa atração é o resultado de uma combinação entre os ativos serem considerados baratos por aqui e a necessidade das empresas venderem esses empreendimentos por conta da crise econômica associada à Operação Lava Jato, que afetou as principais empresas do ramo de infraestrutura no país. “O Brasil é um país muito grande com vários projetos parados e ativos mais baratos por conta da crise”, comenta Charles Tang, presidente binacional da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC). “Antes da Lava Jato nenhum estrangeiro tinha muita chance em entrar no setor de infraestrutura por aqui, pois era controlado pelas empresas hoje envolvidas. Agora como essas deixaram de ser as proprietárias do segmento, diversos estrangeiros, inclusive os chineses, viram espaço para a entrada, mas a China é que reúne a disponibilidade financeira e a disposição de investimento mesmo com o risco Brasil”, apontou ele. (Agência CanalEnergia – 02.05.2017)