Sobre a transformação que o BNDES pretende fazer de papéis de dívida em projetos do setor elétrico em “green bonds”, Linda Murasawa, superintendente-executiva de desenvolvimento sustentável do Santander, confirma que no mercado internacional não existe diferença de yield, mas que outro benefício importante é a agilidade na colocação dos papéis dado o bolso maior de dinheiro. "Os green bonds têm sido mais eficientes, com a venda feita em horas", disse. Ela explica que o principal motivo é a escassez de projetos sustentáveis. Diante do tamanho da indústria de renda fixa global, o ramo ainda é pequeno, mas o que chama atenção é a taxa de crescimento. O mercado global ultrapassou US$ 200 bi em estoque no primeiro trimestre deste ano, consequência dos US$ 92 bi emitidos no ano passado e dos US$ 19 bi vendidos só nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, segundo o Bank of America Merrill Lynch (BofA). Desde janeiro de 2016, oito países e cerca de 150 novos emissores entraram no mercado. A China ofertou US$ 30 bi em 2016 e assumiu o posto de maior emissor. O banco americano projeta emissão de US$ 90 bi a US$ 130 bi em 2017 no cenário base, podendo chegar a US$ 150 bi no caso mais otimista. (Valor Econômico – 03.05.2017)