A Whirlpool, dona das marcas de eletrodomésticos Brastemp, Consul e Kitchen Aid, reduziu em 36% a intensidade energética de suas quatro unidades produtivas na América do Sul (Rio Claro, Joinville, Manaus e Buenos Aires), entre 2014 e 2016. O indicador se refere ao volume de energia, em gigajoules, consumido a cada R$ 1 mi vendidos pelo grupo que faturou R$ 9,2 bi na América Latina em 2016. Em 2014, a intensidade energética foi de 107,4 GJ/R$ milhão e em 2016, de 68,7 GJ/R$ milhão. O consumo total em 2014 foi de 987 mil GJ e em 2016 de 815 mil GJ. O consumo é distribuído em 70,7% de eletricidade e o restante de energia térmica. Segundo o diretor de sustentabilidade da Whirlpool, Vanderlei Niehues, o resultado foi alcançado por ações de eficiência energética que envolveram troca de motores elétricos, retrofit de iluminação, melhorias no processo produtivo e por intenso trabalho de setorização de redes elétricas nas fábricas. Um passo adiante, revela o diretor, será adotar o conceito da manufatura 4.0, que prevê a adoção de tecnologias inovadoras para automação e troca de dados. Isso fará, segundo ele, que em dez anos o controle de energia seja por máquinas produtivas e não mais apenas por setores produtivos. A preocupação com o consumo, porém, ainda não foi suficiente para convencer o grupo a adotar algum tipo de sistema de autogeração, como cogeração a gás ou biomassa ou uso de energia solar fotovoltaica. Segundo Niehues, em plantas no Estados Unidos já há casos, mas não na América Latina, onde para ele ainda não se mostra viável economicamente. (Brasil Energia – 08.06.2017)