O Brasil terá de pagar anuidade de cerca de € 15 milhões (mais de R$ 55 milhões) quando se tornar membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse o subsecretário de assuntos econômicos e financeiros do Itamaraty, Carlos Cozendey. Hoje, diz, o Brasil está em dívida com várias organizações internacionais, principalmente nas Nações Unidas. Na semana passada, o governo brasileiro apresentou um pedido para se tornar membro da OCDE, que reúne 35 países. Se aceito, o país se tornará então candidato à adesão, processo que pode levar três ou quatro anos e que também é pago. Os 25 comitês da entidade vão analisar a legislação brasileira e apontar o que precisa ser mudado ou implementado. O governo brasileiro ainda não tem a estimativa de quanto custaria esse processo de avaliação até que o país se torne membro. "Mas não é barato. É caro. Tem de pagar um monte de missões e consultores que vão examinar a legislação brasileira", afirma Cozendey. Depois de se tornar membro efetivo, o Brasil passará a pagar anuidade, calculada em função do PIB do país, e que o governo estima em cerca de € 15 milhões. Desse total, € 12 milhões se referem a contribuições obrigatórias e outros € 3 milhões fora do orçamento regular para participar de programas e comitês específicos de interesse do Brasil. (Valor Econômico – 09.06.2017)