A Delfin LNG, joint venture recém-formada pela americana Delfin e pela norueguesa Golar, pretende investir entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões no primeiro projeto de liquefação de gás natural offshore dos Estados Unidos e mira o Brasil como um de seus mercados prioritários. Concebido para exportar o "shale gas" dos EUA, o projeto será instalado no Golfo do México a partir de 2018 e busca oportunidades de negócios no mercado brasileiro, de olho no momento de reabertura do setor, em meio à redução da participação da Petrobras nos principais elos da cadeia da indústria de gás. Diretor-presidente da Luxburg Energy Group, um dos acionistas da Delfin, Fabrício Mitre conta que vem mantendo conversas com distribuidoras de gás canalizado e geradoras interessadas em instalar termelétricas no Brasil. Na avaliação dele, existe, hoje, um "vácuo" no mercado, devido à redução gradual da participação no setor. Mitre acredita que a demanda por gás, para geração de energia, deve crescer no Brasil durante os próximos anos, a medida que a economia for se recuperando. Ele também afirmou que o movimento de abertura da capacidade dos atuais terminais de regaseificação da Petrobras para terceiros é "fundamental" para se conseguir viabilizar novas usinas termelétricas. (Valor Econômico – 03.07.2017)