Com chuvas escassas e vazões abaixo da média desde 2015, a bacia do rio Tocantins enfrenta uma crise hídrica que está reduzindo o armazenamento do reservatório de Serra da Mesa. Conforme o dado mais recente do Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR) da Agência Nacional das Águas – ANA, de 26 de abril, o subsistema estava com uma acumulação de 21,03% do total de seu volume útil. Na mesma data em 2015, 2016 e 2017, Serra da Mesa acumulava respectivamente 34,14%, 24,07% e 14,32%. Buscando atuar de forma a minimizar os efeitos desfavoráveis ao uso dos recursos hídricos, a ANA determinou que o reservatório da hidrelétrica de Serra da Mesa (GO) continue com os testes de sua vazão mínima no patamar médio diário de 100 metros cúbicos por segundo (m³/s). A informação foi publicada no Diário Oficial pela Agência Nacional de Águas (ANA) na última sexta-feira, 27 de abril, através da Resolução nº 31 de 2018, que confirma a prática da defluência mediante o cumprimento da Resolução nº 129 de 2011 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Segundo a ANA, além da manutenção dos testes levar em consideração o caráter estratégico de Serra da Mesa para a regularização das vazões do rio Tocantins, a medida também busca verificar a possibilidade de flexibilização da vazão mínima da barragem futuramente, considerando a importância do reservatório para a acumulação de água da bacia do rio Tocantins, já que o lago da hidrelétrica é o que tem a maior capacidade de acumulação de água da bacia: 54,4 trilhões de litros. A publicação da resolução foi motivada pelo pedido do ONS para prorrogar o prazo dos testes de redução da defluência mínima da hidrelétrica, que também é estratégica para o Sistema Interligado Nacional (SIN). (Agência CanalEnergia – 30.04.2018)