Segundo a Receita Federal, resultado é explicado pelo aumento no recolhimento de Imposto de Renda, principalmente de empresas.
O governo começou 2020 com recorde na arrecadação de tributos federais. Em janeiro, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 174,991 bilhões, um aumento real (já descontada a inflação) de 4,69% na comparação com o primeiro mês de 2019. O valor arrecadado foi o melhor da história para o mês, de acordo com a Receita Federal.
Nem o mais otimista dos analistas do mercado financeiro previu uma arrecadação tão forte no primeiro mês de 2020. O resultado superou o teto das expectativas de 23 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. O intervalo ia de R$ 122,440 bilhões a R$ 174,700 bilhões, com mediana de R$ 167,500 bilhões.
O resultado é explicado pelo aumento no recolhimento do Imposto de Renda, principalmente de pessoas jurídicas, o que reflete o aumento na lucratividade das empresas. "Olhando para o Imposto de Renda, vemos sinais claros de recuperação econômica", afirmou o chefe de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.
Houve ainda aumento de 46,94% no recolhimento do IRPJ/CSLL na modalidade ajuste, utilizada usualmente por empresas maiores. Isso indica que o lucro das empresas foi maior do que o projetado ao longo de 2019.
Para a Receita, cerca de R$ 2,8 bilhões recolhidos em janeiro foram "atípicos", acima do patamar esperado pelo órgão. Parte desse valor é reflexo das operações de fusão e aquisição de empresas realizadas em 2019, que implicam em recolhimento de Imposto de Renda. No primeiro mês do ano, há a concentração de tributos que são recolhidos trimestralmente (O Estado de S.Paulo, 21/2/20)