Espaço traz informações sobre estatal e dará suporte para interessados avaliarem distribuidora
DA AGÊNCIA CANALENERGIA
Foi publicado no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul da última terça-feira, 15 de setembro, o aviso de abertura pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura de data room – a sala de informações – do processo de desestatização da CEEE-D. O espaço é exclusivo para interessados em adquirir a companhia. O ambiente digital traz uma série de documentos referentes à empresa, com o objetivo de dar suporte e permitir que os interessados façam a sua avaliação do valor da distribuidora. Esses documentos foram coletados e subsidiaram a elaboração de relatórios durante os estudos do processo de privatização.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, com a abertura do data room, o processo de privatização avança para a etapa de pós-estudos, em que diagnósticos, premissas, cenários e modelagem da companhia poderão ser compartilhados com interessados em adquirir o controle acionário, seguindo as boas práticas de mercado aplicadas a processos como esse. A CEEE-D é o projeto de privatização em estágio mais avançado. Em 2 de julho de 2019, a Assembleia Legislativa autorizou o Poder Executivo a promover medidas de desestatização da CEEE. A partir da autorização legislativa, o BNDES foi contratado pelo governo do Estado para conduzir o processo de privatização das empresas do grupo.
A partir de agora estão previstas visitas e reuniões técnicas com os possíveis interessados em adquirir o controle da empresa, para que estes conheçam os detalhes técnicos, jurídicos, contábeis, atuariais e demais áreas para avaliar o valor da CEEE-D. Para dar mais visibilidade e interação com os grupos interessados, há previsão de road show, bem como audiência pública para comunicar e dirimir dúvidas da sociedade. Nos meses seguintes, ocorrerá o leilão e posterior liquidação e transferência de controle.
Informações relevantes, como manual para procedimentos das diligências serão encontrados no site da Secretaria do Meio Ambiente te, que passará a comunicar as principais informações sobre as privatizações das estatais na área de energia, para que a sociedade gaúcha possa acompanhar os processos.
Dólar abandona alta e fecha em queda com exterior e Tesouro
O dólar fechou em leve queda ante o real hoje (17), com alívio amparado pelo exterior depois de um começo de sessão mais estressado, um dia após o Banco Central sinalizar que o juro básico permanecerá em 2% nos próximos vários meses.
O dólar à vista caiu 0,17%, a R$ 5,2319 na venda, nova mínima desde 31 de julho (R$ 5,2185).
A cotação chegou a subir 1%, para R$ 5,293, ainda na primeira hora de negócios.
Segundo analistas, o câmbio mostrou nervosismo no começo do pregão conforme o mercado digeria indicação do Banco Central considerada “dovish” (pró-estímulos monetários).
Embora tenha elevado a barra para mais redução da Selic, o BC não fechou completamente a porta para esse movimento e, na avaliação do Itaú Unibanco, a autoridade monetária pareceu menos preocupada com riscos de alta da inflação no médio prazo, em meio a um cenário de economia ainda afetada por dúvidas sobre redução de auxílio emergencial e evolução da pandemia.
Mas ainda pela manhã o sinal no câmbio começou a melhorar, assim como nos mercados de juros e bolsa, à medida que o índice do dólar passou a enfraquecer com os mercados ainda analisando o tom também “dovish” do banco central norte-americano em decisão de política monetária de ontem (16).
Perto do fechamento, o dólar caiu 0,24%, para R$ 5,228, mínima intradiária.
“O mercado se acalmou um pouco pela atuação do Tesouro fazendo as vezes de bombeiro”, comentou Sérgio Machado, gestor na TRÓPICO Latin America Investments, referindo-se ao menor leilão de títulos públicos prefixados realizado pelo Tesouro nesta quinta, com lote 55% abaixo do da semana passada.
Os DIs caíram nesta quinta, e o Ibovespa subiu 0,42%, segundo dados preliminares.
Na última quinta-feira, uma operação recorde com os mesmos vencimentos chacoalhou os mercados, provocando mal-estar no dólar e forte estresse na curva de DI (Forbes com Reuters, 17/9/20)
Vale e Petrobras elevam Ibovespa a 100 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta hoje (17), com o desempenho de blue chips como Vale, Petrobras e Ambev ajudando a atenuar a pressão negativa do exterior e de preocupações com o cenário fiscal doméstico.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,42%, a 100.097,83 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,8 bilhões, novamente abaixo da média diária do ano, de R$ 29,2 bilhões.
Mais cedo, o Ibovespa chegou a 98.561,51 pontos, no pior momento, pressionado ainda pela decepção com as sinalizações do Federal Reserve ontem (16), além de dados ainda ruins da economia norte-americana e incerteza fiscal no Brasil.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de 0,84%.
Segundo Eduardo Levy, diretor de investimentos da gestora Kilima, pela manhã a bolsa acompanhou mais o exterior, mas à tarde houve um pouco mais de compra em alguns papéis específicos, que ajudaram a trazer o Ibovespa para o azul.
Ele ressaltou, porém, que volume não é expressivo. “A impressão é que não há um fluxo forte tanto na compra quanto na venda, mas há preocupações com o cenário econômico principalmente no que diz respeito à situação fiscal do Brasil.”
No evento mais recente, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o relator do Orçamento a incluir na proposta orçamentária de 2021 a criação de um programa social com a mesma função do Renda Brasil, renegado pelo presidente.
Além dos ruídos político-fiscais no país e alguma aversão a risco vinda do exterior, Guilherme Motta, gestor de renda variável da GAP Asset, chamou a atenção para o elevado número de ofertas de ações – follow-on e IPO – no mercado brasileiro.
“Isso faz com que o mercado fique sobreofertado em termos de fluxo”, afirmou, citando que tal fator tem ajudado a deixar o Ibovespa oscilando em um intervalo razoavelmente curto entre 99 mil e 103 mil pontos.
Apenas neste ano, já ocorreram cerca de 30 ofertas (IPOs e follow ons), de acordo com dados disponíveis no site da B3, e há em torno de 50 ofertas iniciais engatilhadas, segundo registros na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (Forbes com Reuters, 17/9/20)
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Aproximadamente 11 mil empregados da Petrobras aceitaram planos de demissão e vão deixar a companhia neste ano ou no próximo, disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em um evento online nesta quinta-feira.
O número, que representa cerca de um quarto da mão de obra da petroleira, é levemente superior à marca de 10 mil funcionários que Castello Branco disse em julho que deixariam a empresa.
Reportagem de Gram Slattery
SÃO PAULO (Reuters) - A estatal paranaense de energia Copel informou que seu conselho de administração autorizou a publicação de edital do leilão de desinvestimento de sua unidade de telecomunicações, agendado para 9 de novembro.
A Copel Telecomunicações terá preço mínimo de venda de 1,4 bilhão de reais para o “equity value”, disse a empresa em comunicado na noite de quarta-feira, no qual informou que o edital deverá ser publicado em seu site em 21 de setembro.
Interessados terão até 5 de novembro para entrega de documentos de representação, declarações e garantia de proposta, acrescentou a empresa no comunicado.
A venda da Copel Telecom faz parte de plano da Copel de focar investimentos em seus principais negócios no setor de energia, deixando ativos considerados não essenciais.
Por Luciano Costa
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta quinta-feira que não cogita privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal em sua gestão, mas disse que, tirando poucas exceções, o governo pretende repassar a maioria dos serviços para a iniciativa privada.
Em transmissão por redes sociais ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, Bolsonaro disse que tudo aquilo que a iniciativa privada “pode fazer por nós vamos abrir mão”, mas reconheceu que qualquer privatização não é fácil.
“No meu governo também, só esses três (Casa da Moeda, BB e Caixa não serão privatizadas), o restante... Não é fácil, qualquer privatização é demorada, não justifica a grande mídia falar que estou segurando, governo está segurando as privatizações”, disse.
“Entendemos que tudo aquilo que a iniciativa privada pode fazer, a gente vai abrir mão disso aí, esse é o nosso pensamento”, completou.
Apesar das declarações, o ambicioso plano de privatizações do governo patina após mais de um ano e meio de gestão, o que levou, recentemente, o secretário específico para essa área do Ministério da Economia, Sallim Mattar, a pedir demissão.
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WASHINGTON (Reuters) - Em uma semana na qual os principais analistas melhoraram suas perspectivas para a recuperação econômica dos Estados Unidos, dados sobre a movimentação em lojas de varejo, contratação por parte de pequenas empresas e outros indicadores de alta frequência tiveram amplo recuo, sinalizando potencial dissociação na qual o crescimento acelera enquanto o mercado de trabalho fica mais lento.
Autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) projetaram impacto muito menor da pandemia da Covid-19 para a economia, com estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) retraia 3,7% em 2020, em comparação a queda de 6,5% em junho, diferença, em termos de dólares, de mais de 1,5 trilhão de dólares. O cenário mais forte veio com melhora nas perspectivas traçadas por Goldman Sachs e outras instituições financeiras.
Mas o chair do Fed, Jerome Powell, também afirmou que restaurar os mercados de trabalho levará tempo em um ambiente no qual alguns dos principais geradores de empregos do país --pequenas empresas e firmas do setor de serviços com mão de obra intensiva-- enfrentam os maiores desafios da recessão provocada pelo coronavírus.
Com partes da economia mostrando recuperação estável, os índices de visitas a lojas e outros indicadores caíram após um forte movimento em razão do feriado do Dia do Trabalho, no início de setembro.
Dados da empresa de rastreamento de celulares Safegraph, a qual havia estimado que o deslocamento ao varejo quase atingiu os índices pré-pandêmicos no fim de semana do feriado, caíram seis pontos percentuais na semana passada. Dados semelhantes da Unacast também registraram declínio.
Números relacionados a jantares em restaurantes, de acordo com o aplicativo OpenTable, revelaram queda na movimentação, assim como as contratações em uma amostra de pequenas empresas cujos registros de tempo são mantidos pela Homebase.
Informações da provedora de dados e análises Chmura mostraram aumento nas novas ofertas de empregos, e dados mantidos pela Kronos sobre os turnos trabalhados em vários setores mostraram declínio menor relacionado ao feriado do que no ano anterior.
Mas há uma preocupação de que o ímpeto da recuperação possa estar enfraquecendo no que diz respeito aos postos de trabalho, mesmo que o impacto na atividade seja menor do que o inicialmente temido e alguns setores da economia, como o imobiliário, estejam voltando aos níveis pré-pandemia.
Desde a década de 1980, após cada recessão, levou-se cada vez mais tempo para recuperar os empregos perdidos durante a crise e, segundo a maioria dos índices, esta envolve um choque ainda mais profundo e complexo do que outras crises.
O PIB, a medida mais ampla do valor dos bens e serviços produzidos por pessoas e empresas, tende a se recuperar mais rapidamente, influenciado pela produtividade, pelo investimento e por outros fatores.
Essa recuperação começou rapidamente, gerando 10 milhões de empregos nos quatro meses de maio a agosto, ritmo que restauraria o mercado de trabalho aos níveis de fevereiro no início do próximo ano. Mas cerca de 22 milhões de empregos foram perdidos, e muitos economistas acreditam que os ganhos mais fáceis certamente já foram alcançados.
Os novos pedidos de seguro-desemprego semanal ficaram acima de 800 mil, quase o dobro do verificado na recessão de 2007 a 2009, apontando um problema contínuo.
Com cerca de 12,6 milhões recebendo benefícios regulares de desemprego na semana encerrada em 5 de setembro, “a magnitude das solicitações regulares contínuas é terrível”, escreveu AnnElisabeth Konkel, economista do Indeed Hiring Lab.
“Conjuntos de casos da Covid continuam a surgir, e as empresas continuam fechando portas, afetando o sustento de milhões. Até que esse ciclo seja interrompido, uma recuperação econômica completa permanece fora de alcance.”
Com setores inteiros, como o transporte aéreo e de restaurantes, sob pressão, empresas estão reorganizando seus arranjos de trabalho e consumidores, mudando seus hábitos.
“É uma reordenação muito significativa”, disse Randall Kroszner, ex-membro do Fed e vice-reitor da Booth Schoolof Business, da Universidade de Chicago. “Haverá uma realocação enorme dentro do mercado de trabalho, e isso vai levar algum tempo”, à medida que trabalhadores mudam de segmentos conturbados para setores em expansão.
Até agora, entre os empréstimos do governo relacionados à pandemia e os pagamentos por meio de programas como o seguro-desemprego, a renda familiar tem sido mantida.
Esse pode não ser o caso neste outono nos EUA. Muitos desses auxílios expiraram, e os dados sobre vendas no varejo em agosto mostraram uma suavidade inesperada que alguns analistas temem ser o início de uma desaceleração nos gastos, que pode levar algumas empresas à falência.
Apesar da recente melhora em algumas estimativas de crescimento para o PIB, outras mostraram poucas mudanças.
Um índice do Fed de Nova York, que usa dados semanais para prever a direção do PIB, caiu ligeiramente nas últimas semanas.
E um índice da Oxford Economics que rastreia a recuperação em métricas econômicas, de saúde e sociais também está praticamente estável desde o fim do verão no EUA.
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