TDSE GESEL 93: “Impactos socioeconômicos da COVID-19: ruptura e perspectivas para as Perdas não Técnicas”
O GESEL está lançando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 93, intitulado “Impactos socioeconômicos da COVID-19: ruptura e perspectivas para as Perdas não Técnicas” e escrito por Daniel Ferreira, Francesco Tommaso, Lorrane Câmara, Luiz Ozório, Priscila Mendes, Jairo Alvares. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, cujos impactos agravam o cenário de lento crescimento econômico verificado nos últimos três anos, o Brasil se depara com uma crise econômica sem precedentes. A deterioração da conjuntura econômica tem impactos regressivos em termos sociais, o que, por sua vez, tende a agravar o problema das perdas não técnicas (PNT) de eletricidade. O argumento central desenvolvido no presente trabalho é que este cenário resultará em uma ruptura na trajetória de redução das perdas não técnicas . Isso contribui para deterioração dos indicadores de perdas das distribuidoras, em função de um fator não gerenciável, o que torna a meta definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) dificilmente alcançável e leva a um desequilíbrio financeiro das concessionárias. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.09.2020)
Elisa Bastos Silva (Aneel): restrição elétrica local não deve ser critério para compensar GSF
O voto da diretora Elisa Bastos Silva, relatora na Aneel do processo de regulamentação do ajuste do GSF previsto na Lei 14.052/2020, que propôs a abertura de CP sobre o tema, sugere que para definir os critérios de elegibilidade do que poderá ser considerado deslocamento da geração hidrelétrica por geração termelétrica fora da ordem de mérito por razões de restrições elétricas, somente sejam elegíveis as restrições operacionais de caráter sistêmico. Ficariam de fora todas as restrições elétricas de caráter local. A proposição da diretora, baseada em estudos das áreas técnicas da Aneel, decorre de uma lacuna nas regras de apuração, pela CCEE, do montante da energia elegível como deslocamento da geração hidrelétrica pela termelétrica por razões de restrição elétrica. (Brasil Energia - 28.09.2020)
Aneel lança informe mensal de expansão da transmissão
O sistema elétrico brasileiro ganhou em 2020, até o mês de agosto, 3.687,04 quilômetros de novas linhas de transmissão e 10.462 MVA em transformadores de subestações. Os quantitativos estão no novo infográfico de expansão da transmissão, lançado pela Aneel. A Aneel passa a divulgar mensalmente os avanços em transmissão no país, a partir de dados da fiscalização da Agência e dos fornecidos pelo ONS. Somente em agosto, foram concluídos 139,45 km em linhas de transmissão, referentes ao segundo circuito da linha de transmissão em 230 kV Miranda II / Chapadinha II, no Maranhão, e 616 MVA em transformadores. Foi finalizado o seccionamento da linha de transmissão em 500 kV Cláudia / Paranatinga C2, na subestação de Sinop, no Mato Grosso. Mais informações sobre o acompanhamento da expansão da transmissão de energia estão disponíveis na área Painéis de Desempenho da Transmissão, em www.aneel.gov.br/fiscalizacao-da-transmissao. (Aneel – 28.09.2020)
Agência participa do lançamento de plataforma digital do BID
O diretor-geral da Aneel, e atual presidente da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (ARIAE), André Pepitone, participou nesta segunda-feira (28/9), do lançamento virtual do Hub de Energia - América Latina e Caribe, plataforma desenvolvida pelo BID, ARIAE, e outros parceiros. Trata-se de uma plataforma digital que concentra dados e informações sobre energia na América Latina e no Caribe, com objetivo de proporcionar suporte aos tomadores de decisão, incentivar a colaboração entre setores, e as pesquisas regionais. (Aneel – 28.09.2020)
Relatório lista 11 acidentes e 30 incidentes com barragens em 2019
O Grupo de Informações de Emergências em Barragens atuou no ano passado em 11 acidentes envolvendo esse tipo de instalação, sendo o mais grave deles a tragédia da Vale, em Brumadinho (MG), além de 30 situações classificadas como incidentes. Entre os acidentes estão a ruptura do canal da PCH Rudolf Heidrich, em SC, e a inundação da galeria de drenagem da PCH Mello, em MG, também da Vale, durante as obras de reforço da estrutura do empreendimento. Denúncias de um suposto vazamento de água no dique 14 da UHE Belo Monte, descartado pela Norte Energia, entraram na lista dos incidentes. As ocorrências em instalações para geração de energia elétrica, no entanto, são em menor número que nas represas de água para usos múltiplos e nas barragens de rejeitos de minério. (Agência CanalEnergia – 29.09.2020)
ONS: demanda voltou, mas ficará abaixo de 2019
A demanda por energia voltou ao patamar de 2019, contudo, o trimestre de abril a junho não permitirá que seja verificado crescimento neste ano. É assim que o diretor geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, encara os próximos três meses deste ano, ainda o primeiro de sua gestão à frente do órgão responsável por garantir o fornecimento de energia em todo o país. A retração foi equivalente ao desligamento das duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro. “Comparando o mês a mês vemos que estamos bem junto de 2019. Esse patamar deverá se manter o mesmo até o final do ano. Temos a chegada do verão e a influência, obviamente, com a diminuição do isolamento social, que traz o consumo em comércio e serviços de volta e ainda vemos retomando no industrial, sem esquecer o consumo das famílias, que aumentou”, afirmou ele em entrevista à Agência CanalEnergia, na qual ele aborda seus primeiros quatro meses à frente da organização. (Agência CanalEnergia – 28.09.2020)
Níveis de reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do Norte operam com 52,2% de seu volume útil, após registrar diminuição de 0,5% no último domingo, 27 de setembro, em relação ao dia anterior, informa o boletim do ONS. A ENA está em 72% da MLT e a armazenada admite 7.910 MW. A usina de Tucuruí produz energia com 55,22% de seu volume. No Sul a vazão também caiu 0,5%, ficando em 43,8%. A energia armazenada indica 8.712 MW e armazenável desceu para 41% da MLT. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam com 65,41% e 26,47%. Os níveis diminuíram 0,2% no submercado Nordeste, trabalha a 67,3%. A energia contida mostra 34.711 MW mês e a ENA admite 67% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho trabalha a 67,94%. No Sudeste/Centro-Oeste do país a capacidade de armazenamento apresentou decréscimo de 0,3% para 34,1% A ENA armazenável registra 61% e a armazenada afere 69.472 MW mês. As UHEs Furnas e Nova Ponte registram 39,67% e 33,78%. (Agência CanalEnergia – 28.09.2020)
Bateria de grafeno e nióbio revolucionará a indústria automobilística, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje, durante lançamento do Programa Mineração e Desenvolvimento (PMD), que se orgulha do desenvolvimento de uma superbateria de grafeno e nióbio, produtos que o Brasil tem “em abundância”. Segundo Bolsonaro, o produto “revolucionará a indústria automobilística do mundo”. “O nióbio é um minério que, juntamente com o grafeno, é capaz de produzir maravilhas para o mundo em todos os setores, até mesmo no tocante a quinquilharias. O que está saindo da prancheta não tem participação nossa, mas nos orgulha muito. É a superbateria de grafeno e nióbio, que revolucionará a indústria automobilista no mundo certamente. E nós temos isso em abundância”, destacou, após receber das mãos do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, uma moeda feita de nióbio. (Valor Econômico – 29.09.2020)
Landis+Gyr lança novas versões de medidores inteligentes
A fabricante Landis+Gyr anunciou que ampliará sua oferta de medidores inteligentes para os segmentos comercial e industrial a partir de outubro, com o lançamento de três novas variantes do medidor série E650 de segunda geração. Segundo a companhia, a atual versão do produto já tem mais de 10 mil unidades instaladas no país. A empresa indica que esses medidores são projetados para cobrir uma ampla gama de requisitos e aplicações. As novas versões Trend, Select e Prime substituirão a linha anterior, conforme as necessidades de uso. O primeiro é destinado a pequenos comércios e indústrias, micro e mini sistemas de geração distribuída, balanço energético e tarifa branca. Já o E650 Select é indicado para médias indústrias e comércios, com foco no controle da demanda. Por sua vez, a versão E650 Prime é a mais completa, agregando todas as tecnologias e abrangendo todos os públicos das versões anteriores. (Agência CanalEnergia – 28.09.2020)
Aerogerador é liberado para testes no litoral gaúcho
A Aneel deu provimento para a Honda Energy Brasil, aprovando nessa sexta-feira, 25 de setembro, a operação em regime de testes da turbina nº10 da central eólica Xangri-lá, totalizando 3,8 MW de capacidade instalada no município gaúcho de mesmo nome. (Agência CanalEnergia – 28.09.2020)
Entrevista com Felipe Boechem sobre interesse de novos players e fundos no mercado de gás
Em entrevista publicada pela Agência Brasil Energia, Felipe Boechem, sócio e Head de óleo e gás do Lefosse Advogados, fala sobre o potencial de investimentos em infraestrutura trazidos pela Nova Lei do Gás que podem alavancar o mercado. O especialista afirma que “para atração de investimentos a lei resolve alguns problemas regulatórios como, por exemplo, a volta ao regime de autorização. A concessão atual é precedida de licitação e de um controle estatal muito grande. Com a autorização teremos um regime mais dinâmico e efetivamente mais competitivo. A lei facilitará investimentos. Hoje temos a TAG, NTS e provavelmente a TBG no futuro [como empresa privada]. ” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.09.2020)
Cosan cancela IPO da Compass devido às condições do mercado
A Cosan anunciou nesta segunda-feira (28) o cancelamento do pedido de registro para oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua controlada Compass Gás e Energia, citando "a deterioração das condições de mercado". O grupo de energia e infraestrutura tinha solicitado aval da CVM para o IPO da Compass no fim de julho, numa operação que deveria ser precificada nesta segunda e que poderia movimentar quase R$ 4,4 bilhões, no que seria um dos maiores IPOs do ano. O Brasil é afetado pelo crescente déficit fiscal e pelo receio de que o governo de Jair Bolsonaro fure o teto de gastos, o que aumenta o risco e eleva os juros futuros. A alta nos juros futuros afeta os IPOs porque interfere nas projeções do mercado para o fluxo de caixa das companhias, influenciando na avaliação de quanto a empresa vale. (Folha de São Paulo – 28.09.2020)
IGP-M fecha setembro com alta de 4,34% e acumula 17,94% em 12 meses
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 4,34% em setembro, percentual superior ao apurado em agosto, quando havia apresentado taxa de 2,74%, informou a FGV. Com esse resultado, o índice acumula alta de 14,40% no ano e de 17,94% em 12 meses. Em setembro de 2019, o índice havia caído 0,01% e acumulava alta de 3,37% em 12 meses. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 5,92% em setembro, ante 3,74% em agosto. Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,64% em setembro, ante 0,48% em agosto. Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,15% em setembro, ante 0,82% no mês anterior. (Valor Econômico – 29.09.2020)
Dólar ontem e hoje
O dólar comercial fechou o pregão do dia 28 sendo negociado a R$5,6330 com variação de +2,13% em relação ao início do dia. Hoje (29) começou sendo negociado a R$5,6570 - com variação de +0,43% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 12h04 o valor de R$5,6530 variando -0,07% em relação ao início do dia. (Uol – 28.09.2020 e 29.09.2020)
Ibovespa recua 1,15%; dólar sobe para R$ 5,64
A polêmica proposta de financiamento do Renda Cidadã – programa social que deve substituir o Bolsa Família – continuou pesando sobre o humor do mercado nesta terça-feira (29). O uso de recursos de precatórios e do Fundeb para bancar a iniciativa foi recebida ontem com preocupação pelo mercado, que vê na medida sinais de que a “contabilidade criativa” do Governo entrou em ação para financiar os gastos públicos ante a crise aberta pela pandemia. O Ibovespa
encerrou a sessão com queda de 1,15%, aos 93.580 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar teve um dia de altos e baixos, também pressionado pelo cenário das contas públicas, avançando 0,14% e fechando a R$ 5,64 na venda.
Em relatório, a analista de macroeconomia da XP Investimentos, Rachel Sá, destacou que o “adiamento do pagamento dos precatórios não exime o governo da responsabilidade de pagá-los” e que “limitar o pagamento de precatórios a 2% da receita corrente líquida elevaria a incerteza jurídica sobre esse instrumento, que hoje é base de uma relevante indústria de investimentos”.
O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou nesta terça-feira que o mercado deu um “sinal muito claro” sobre a forma de financiamento do Renda Cidadã.
No exterior, as incertezas políticas e econômicas, além do aumento no número de casos de coronavírus seguem preocupando os investidores. Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam em queda de 0,48% cada, enquanto o Nasdaq perdeu 0,29% no dia. O pregão foi marcado pela cautela dos investidores antes do primeiro debate entre os presidenciáveis Joe Biden e Donald Trump, marcado para a noite de hoje, às 22h, horário de Brasília.
Na Europa, os principais índices acionários reverteram os ganhos do dia anterior e encerraram a sessão do lado negativo da tabela. Além das preocupações quanto ao avanço do coronavírus, o mercado é afetado pela contínua incerteza sobre um acordo para o Brexit. O FTSE 100 encerrou com perda de 0,51%, o DAX recuou 0,35%, o CAC 40 desvalorizou 0,23%, enquanto o Stoxx 600 e o FTSE MIB caíram 0,52% cada (Forbes com Reuters, 29/9/20)
Taxas de frete marítimo disparam com forte demanda da China
Legenda: Para ajudar a compensar o impacto econômico da pandemia, o governo da China aumentou gastos com infraestrutura (Imagem: Cláudio Neves/Portos do Paraná)
Os navios que transportam carvão e minério de ferro para a China registram aumento dos ganhos em meio à maior demanda do país por commodities, apesar das preocupações com o ressurgimento de casos de Covid-19 em muitas partes do mundo.
As taxas para os chamados navios capesize, o maior entre os graneleiros, deram um salto de 48% na semana passada, para cerca de US$ 23,7 mil por dia na segunda-feira.
Em 25 de setembro, esses ganhos atingiram o maior nível em dois meses, segundo dados da Bolsa do Báltico. Houve aumento dos fluxos de carga da Austrália e do Brasil, os dois maiores produtores mundiais de minério de ferro.
“As exportações de minério de ferro não mostram sinais de redução, apesar do aumento dos casos globais de Covid, enquanto a China avança com seus investimentos em infraestrutura”, disse Burak Cetinok, chefe de pesquisa da Arrow Shipping Group, em Londres.
Para ajudar a compensar o impacto econômico da pandemia, o governo da China aumentou gastos com infraestrutura. Isso se traduz em sólida demanda por aço, e usinas do país têm produzido volumes recorde da liga neste ano. A maior economia da Ásia produz mais da metade do aço mundial.
Além disso, a atividade de reabastecimento antes dos feriados da Semana Dourada da China no início de outubro também impulsionou os embarques, disse Cetinok.
Os estoques totais de minério de ferro em alguns portos do país subiram para o maior nível em seis meses em 25 de setembro, segundo dados da Shanghai SteelHome E-Commerce.
Mineradoras da Austrália, o maior exportador, têm exportado minério em ritmo sem precedentes neste ano para aproveitar a demanda crescente da China e os preços elevados, bem acima de US$ 100 a tonelada. Port Hedland, a principal porta de entrada marítima para o polo de mineração de Pilbara, bateu recorde mensal em junho.
Os ganhos dos capesizes que transportam minério de ferro e carvão para a China devem ter totalizado, em média, US$ 18,9 mil por dia no terceiro trimestre deste ano, segundo analistas de navegação consultados pela Bloomberg. O valor é cerca de 45% superior ao previsto para o mesmo período em maio. Os ganhos do quarto trimestre devem ser 22% maiores do que a estimativa anterior.
Cetinok, da Arrow, acredita que mercado de capesizes seguirá “firme, mas volátil” durante os próximos três meses, devido à ameaça de aumento de casos de coronavírus. “Embora lockdowns nacionais sejam improváveis, outras restrições poderiam pressionar a frágil recuperação da demanda”, disse (Bloomberg, 29/9/20)
Montadoras recorrem cada vez mais ao PDV
Empresas oferecem desde 20 salários adicionais a carro zero quilômetro para atrair funcionários
Por Ana Paula Machado — De São Paulo
30/09/2020 05h00 Atualizado há 2 horas
Luiz Carlos de Moraes, da Anfavea, diz que estimativa de produção será revisada, mas queda em 2020 será relevante — Foto: Silvia Costanti/Valor
Com a venda de veículos em queda de 44,8% até agosto, as montadoras instaladas no país estão tirando da gaveta planos para adequar a produção à nova realidade. Desde o início do segundo semestre, sete fabricantes anunciaram programas de demissão voluntária (PDV) que oferecem desde 20 salários adicionais a carros zero quilômetro.