Notícias do setor
09/10/2020
Notícias do Setor

Copel anuncia programa de demissão incentivada

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anunciou o lançamento de seu novo Programa de Demissão Incentivada (PDI). Com a ação, a empresa estima reduzir R$ 168,7 milhões de custos anuais, a partir de 2021. Em nota, a Copel afirmou que o lançamento do programa está alinhado ao compromisso de “redução dos custos gerenciáveis e o aprimoramento da eficiência operacional do grupo”. O PDI terá duas fases. A primeira, com adesão entre os dias 1º e 15 de outubro de 2020, será destinada a todo empregado que ocupe funções em áreas técnicas ou operacionais. A segunda, que ocorrerá entre os dias primeiro e 15 de novembro de 2020, será voltada aos funcionários que ocupam outros cargos na organização. Atualmente, 930 empregados se enquadram nos requisitos. A estimativa é que o valor de indenizações chegue a R$ 74,8 milhões. (Valor Econômico – 07.10.2020) 

Prazo pode levar a caducidade da MP 998, aponta PSR

Os dispositivos da MP 998, que o governo vem chamando de MP do Consumidor, traz medidas que afetarão as tarifas pagas pelos consumidores do SIN, porém sem uma avaliação integrada de seus efeitos para os consumidores das diferentes regiões. E por estar na proximidade com as eleições municipais, adiadas para 15 de novembro, deveremos ver a concentração toda a discussão no final do período de sua vigência, com risco de uma discussão atropelada e mesmo de perda de validade por decurso de prazo. De acordo com a PSR, em sua publicação mensal Energy Report, do mês de setembro, há o entendimento de que existe um conjunto de questões que considera muito urgentes no Setor Elétrico, que necessitavam de uma Medida Provisória. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

MME: ministro participou de mesa redonda sobre cenário energético pós-pandemia

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou hoje (7) da Mesa Redonda Ministerial “Ideias para uma agenda energética regional da América Latina pós-covid-19”. O evento foi idealizado pela Agência Internacional de Energia (AIE) e pela Organização Latino-Americana de Energia (OLAE). Durante sua fala no evento, Albuquerque destacou que o Brasil experimenta uma retomada no consumo de combustíveis desde maio, com exceção do querosene de aviação (QAV). O chefe da pasta também falou dos desinvestimentos da Petrobrás, frisando que algumas das áreas vendidas pela estatal foram reativadas por grupos privados, sendo que parte delas tiveram um aumento de produtividade em até 30%. “Vemos esses sinais como indicação de que estamos indo por um bom caminho”, opinou o ministro. O encontro contou também com a participação do diretor-executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, do presidente do BID, Mauricio Claver-Carone, do secretário-executivo da Organização Latino-Americana de Energia, Alfonso Blanco, além de outros ministros de diferentes países. (Petronotícias – 07.10.2020)

Abaque questiona eficácia do uso de recursos P&D na tarifa

Publicação divulgada pela Associação Brasileira de Armazenamento e Qualidade de Energia (Abaque) põe em xeque a eficácia de duas ações recentes do governo federal. Uma delas é o dispositivo da MP 998 que permite a captura de recursos dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética para a Conta de Desenvolvimento Energético. A segunda, estudo recente da EPE concluindo pela inviabilidade econômica do uso no Brasil de sistemas de armazenamento de energia por baterias “atrás do medidor”, no horizonte decenal. A MP determina que pelo menos 30% dos recursos dos programas regulados pela Aneel, que não estavam comprometidos com novos projetos até 1º de setembro de 2020, deverão ser destinados à CDE em favor da modicidade tarifária até 31 de dezembro de 2025. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

ACR médio será de R$ 253,50/MWh em 2021

O custo médio da energia e da potência comercializadas pelas distribuidoras no Ambiente de Contratação Regulada em 2021 será de R$ 253,50/MWh. Ele foi fixado pela Superintendência de Gestão Tarifária da Aneel e publicado no DOU desta quarta-feira, 7 de novembro O ACR médio é apurado anualmente pela Aneel com base nos valores considerados no cálculo das tarifas de fornecimento de energia elétrica vigentes das concessionárias de distribuição do SIN. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

Carga do SIN em 30 dias cresce 3,78% na comparação anual

A carga média recente do SIN, nos últimos 30 dias até 04/10, foi 3,78% superior ao período equivalente de 2019, de acordo com o MME. O indicador aumentou de 63.394 MW médios para 65.793 MW médios no mesmo recorte temporal. Se analisado somente o dia 04/10 com o domingo equivalente (06/10) do ano passado, a elevação foi maior, de 10,32%, passando de 54.685 MW médios para 60.328 MW médios. O ministério informa ainda que não foram verificadas na última semana ocorrências significativas no SIN, associadas à pandemia de Covid-19, que prejudicassem o atendimento da carga, nem impactassem o fornecimento e a distribuição de energia. (Brasil Energia - 08.10.2020)

Níveis de reservatórios pelo Brasil

As hidrelétricas do SE/CO conectadas ao SIN chegam a 30,6% de sua vazão, a menor entre os submercados brasileiros, após reduzir 0,4% na última terça-feira, 6 de outubro, em relação ao dia anterior, informa o boletim do ONS. A ENA armazenável mostra 39% e a armazenada 62.334 MW mês. As UHEs Furnas e Nova Ponte registram 36,17% e 30,59%. No Norte o recuo foi de 0,7% para 46,1% da capacidade. A ENA está em 63% da MLT e a armazenada afere 7.990 MW. A usina de Tucuruí produz energia com 47,18% de seu volume. No Sul os níveis caíram 0,8% para 36,7%. A energia armazenada indica 7.301 MW e armazenável admite segue em 28% da MLT. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam com 60,64% e 16,89%. Por sua vez, o armazenamento hidroelétrico diminuiu 0,4% pelo segundo dia seguido nos reservatórios nordestinos, que operam a 63,8%. A energia contida mostra 32.904 MW mês e a ENA aparece com 52% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho trabalha a 64,92%. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

PL estabelece política de incentivo a elétricos

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 3174/2020, para criar política de incentivo aos veículos elétricos, baseada em redução de impostos e substituição da frota do governo federal. O texto, de autoria do deputado Marreca Filho (Patriota-MA), prevê também a criação de linhas de crédito prioritárias para a produção de veículos elétricos. Os veículos elétricos passariam a contar com isenção total de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); já os híbridos (com propulsão elétrica e convencional), teriam redução de 50% do tributo. O PL surge no momento em que o país debate modernização do marco regulatório. A adoção de uma política de veículos elétricos demandaria investimentos em reforços na rede de distribuição, diante da variabilidade de tensão e da imprevisibilidade de aumento na demanda ao longo do dia. O autor afirma que o projeto está baseado na experiência de outros países que ampliaram a frota de veículos elétricos após a concessão de incentivos fiscais ou subsídios. (Agência Câmara - 08.10.2020)

Tesla Model 3 na China coloca pressão nos concorrentes locais

Há poucos dias o Tesla Model 3 ficou cerca de 10% mais barato na China por conta do uso das novas baterias sem cobalto e também de um bônus mais favorável para a sua aquisição. Desde então, a imprensa chinesa tem relatado que um tema frequente entre os fabricantes de VEs no país são os preços mais baixos do sedã da Tesla. Provavelmente não é uma situação confortável para empresas como a Xpeng, NIO, BYD e outros verem que os preços do Tesla Model 3 começam em um nível comparável aos seus VEs. Especialmente se esse preço for lucrativo para a Tesla e desafiador para a concorrência local. Parece que o plano de Elon Musk de tornar a manufatura a prioridade da empresa está valendo a pena, já que, a longo prazo, a Tesla poderá ser capaz de minar as empresas concorrentes. (Inside EVs – 07.10.2020)

Enel Green Power projeta planta-piloto de hidrogênio verde no Chile

A Enel Green Power Chile planeja participar com a empresa de energia chilena AME e possíveis parceiros ENAP, Siemens Energy e Porsche, na instalação de uma planta-piloto para a produção de hidrogênio verde por meio de eletrolisador movido a energia eólica em Cabo Negro, ao norte de Punta Arenas, na Região de Magallanes. O projeto está sujeito à aprovação das autoridades locais e finalização da estrutura de financiamento. A expectativa é que a instalação entre em operação em 2022, tornando-se a primeira planta do gênero a produzir hidrogênio verde no Chile, bem como uma das maiores da América Latina. Um projeto como este pode permitir analisar as melhores soluções tecnológicas para produzir hidrogênio de maneira eficiente, aproveitando a riqueza de recursos e a infraestrutura robusta da Região de Magallanes. (Agência CanalEnergia – 07.10.2020)

Startup desenvolve monitoramento de fauna aquática de hidrelétrica

A startup BioBureau, do Rio, no fim de setembro começou a fazer coletas de água na usina Três Irmãos, a maior do rio Tietê, para desenvolver o primeiro monitoramento massivo de fauna aquática a partir de análises de DNA. O método retira apenas amostras de água do reservatório e permite, ao mesmo tempo, identificar um maior número de espécies do que as metodologias tradicionais. A companhia fechou contrato com a concessionária Tijoá, dona da Três Irmãos, no valor de RS$ 1,69 milhão. O dinheiro será usado para realizar o levantamento, que terá dois anos de duração. O acordo é financiado com recursos do programa de P&D da Aneel. “Uma das vantagens do uso do DNA é o volume pequeno de amostras e a enorme quantidade de informações obtidas, e há a possibilidade de automatizar o processo. Vamos caracterizar melhor a biodiversidade. Isso traz robustez para a informação, o que melhora a forma como o órgão ambiental olha para os resultados do monitoramento”, diz Rebelo. (Valor Econômico – 08.10.2020)

MME autoriza empresas a importar GNL e gás natural

O MME autorizou a Golar Power Comercializadora de Gás Natural a exercer atividade de importação de Gás Natural Liquefeito (GNL), no volume total de até 37,5 milhões de m³, com local de entrega no Terminal de Regaseificação no município de Salvador (BA). A autorização terá validade de 1º de dezembro de 2020 a 31 de dezembro de 2023, e limita-se exclusivamente à importação de GNL. A agência ainda autorizou a a Novelis do Brasil a exercer atividade de importação de gás natural, com origem na Bolívia, de até 220.000 m3/dia, na modalidade firme, para consumo Próprio como insumo no processo de fabricação de alumínio. (Diário Oficial - 08.10.2020)

Previsão de nova chamada pública de distribuidoras de gás do Centro-Sul

As distribuidoras de gás Compagás (PR), Sulgas (RS), SCGás, MSGás e Gas Brasiliano (SP) vão iniciar uma nova chamada pública conjunta de fornecedores em janeiro de 2021. A primeira reunião técnica para analisar a demanda e o volume a ser contratado pelas distribuidoras será realizada na próxima semana. Segundo o presidente da Compagás, Rafael Lamastra, qualquer estimativa nesse momento seria precipitada. Na primeira chamada, encerrada oficialmente em setembro, a demanda total era de 10 milhões de m³/dia, com uma contratação final de 9 milhões de m³/dia. O volume total da chamada pública de 2021, no entanto, não vai corresponder exatamente ao ramp down contratual de cada distribuidora. Lamastra explica que a recuperação da economia, depois do período mais crítico da pandemia, tem acelerado o consumo de gás natural. E que isso será levado em conta no cálculo da demanda para a próxima chamada pública. (Brasil Energia - 08.10.2020)

Sulgás investe em ramal de distribuição em Viamão

A Sulgás está investindo R$ 2 milhões na construção do primeiro ramal de distribuição de gás natural da cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul. A rede canalizada terá 8,2 quilômetros, com obra em andamento. A rede da Sulgás entrará pela zona mais populosa da cidade, que concentra cerca de 80 mil dos 260 mil habitantes de Viamão. A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Viamão (Acivi) estima que a rede beneficiará, inicialmente, 40 estabelecimentos comerciais, além de prédios públicos. (Brasil Energia - 08.10.2020)

Piora das condições financeiras coloca recuperação em risco

Os dados correntes da atividade continuam a mostrar reação firme, mas a retomada em “V” de boa parte da economia pode ter vida curta. Segundo economistas, se mantido no nível atual, o aperto recente das condições financeiras como reflexo do aumento do risco fiscal terá efeito contracionista em 2021, especialmente no início do ano - quando já há pouca clareza sobre o ritmo do PIB após o fim dos auxílios e com um mercado de trabalho ainda fraco. Mensurado em desvios-padrão acima ou abaixo da média histórica, o Índice de Condições Financeiras (ICF) do Ibre/FGV terminou ontem em 1,02, depois de ter ficado os últimos 13 dias também acima de 1. (Valor Econômico – 08.10.2020)

TCU libera uso de espaço no teto para abono e seguro-desemprego

O plenário do TCU autorizou o governo a utilizar espaços abertos no teto de gastos para realizar despesas com o abono salarial e o seguro-desemprego. O aval do órgão de controle foi dado após o ME recorrer de uma decisão anterior, que restringia a aplicação das sobras a despesas exclusivas de combate à covid-19. Relator do processo, o ministro Bruno Dantas reconheceu que há motivos suficientes para que o tribunal autorize, excepcionalmente, o remanejamento dos recursos para o pagamento das despesas com abono e do seguro-desemprego, já que elas subiram por conta da pandemia. “Não se pode negar que essas despesas são fortemente impactadas pela crise econômica gerada pela covid-19 e que, em último caso, podem ser autorizadas por meio de créditos extraordinários”, afirmou o ministro. “Portanto, faz sentido, em caráter excepcional, entender que o remanejamento possa ser feito, tornando mais eficiente o caminho a ser percorrido pelo Poder Executivo”, completou o ministro. (Valor Econômico – 07.10.2020)

IGPs podem acelerar pressionados por volatilidade cambial, alerta FGV

A desaceleração na taxa do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 3,87% para 3,30% entre agosto e setembro anunciada hoje pela FGV está longe de significar fim do choque inflacionário nos Índices Gerais de Preços (IGPs), iniciado em setembro. Para o especialista, caso o dólar volte a subir, a inflação do atacado, que representa 60% dos IGPs, pode voltar a disparar, pressionando para cima novamente as taxas dos IGPs. “É muito cedo para afirmar com certeza [de fim de alta nos IGPs]. O atacado é muito sensível ao câmbio”, disse, acrescentando que a única certeza é a imprevisibilidade em relação à trajetória futura do indicador. (Valor Econômico – 07.10.2020)

Ibovespa sobe mais de 2% no dia; dólar, em queda, fecha a R$ 5,59

Na ausência de notícias negativas (ou ao menos novidades) no Brasil e no exterior, os investidores mostraram disposição por riscos e impulsionaram as fortes altas do Ibovespa no dia. O índice brasileiro encerrou com ganho de 2,51% aos 97.919 pontos, com destaque para os papéis do setor bancário. O dólar também teve espaço para reajustes, fechando em baixa de 0,57% e negociado a R$ 5,59.

Com o anúncio do Renda Cidadã previsto para depois das eleições municipais, o mercado de ações teve um atípico dia de tranquilidade no cenário político. A prorrogação, no entanto, gera preocupações de que não haja tempo suficiente para aprovação da matéria no Congresso. Segundo análise da XP Investimentos, o “tempo exíguo para a aprovação no final do ano aumenta a atenção sobre a possibilidade de uma solução emergencial, caso seja frustrada a tentativa de aprová-lo”. Ontem, no entanto, o ministro Paulo Guedes afirmou que não há possibilidade de extensão do auxílio emergencial para além de dezembro. O segundo turno das eleições está marcado para 29 de novembro.

O dia também foi todo azul no exterior. O FTSE 100, de Londres, teve variação positiva de 0,53%, seguido por 0,78% de ganho no Stoxx 600. Do outro lado do oceano, em Wall Street, o Dow Jones avançou 0,43%, o S&P 500 valorizou 0,80% e o Nasdaq Composite teve alta de 0,50% na sessão.

Ainda nos EUA, o mercado segue acompanhando a eterna negociação entre democratas e republicanos para um novo pacote fiscal. Ontem, a possibilidade de aprovar um auxílio fatiado para as companhias aéreas agradou os investidores, mas a presidente da Câmara norte-americana, Nancy Pelosi, afirmou nesta tarde que não irá apoiar um projeto de lei para as empresas sem um pacote de ajuda mais amplo para a economia do país.

Uma decisão sobre o tão aguardado socorro deve acontecer apenas após as eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro. Nas pesquisas, Joe Biden abre vantagem frente a Donald Trump e o mercado já precifica uma vitória do candidato democrata, segundo análise do The Wall Street Journal (Forbes, 8/10/20)

 

Localização
Av. Ipiranga, nº 7931 – 2º andar, Prédio da AFCEEE (entrada para o estacionamento pela rua lateral) - Porto Alegre / RS
(51) 3012-4169 aeceee@aeceee.org.br