Notícias do setor
15/10/2020
Notícias do Setor

Custo de caducidade da CEB D pode chegar a R$ 2 bi, afirma Garcia

O presidente da CEB Holding disse que a distribuidora tem “risco altíssimo” de ter a concessão cassada

SUELI MONTENEGRO, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE BRASÍLIA

O presidente da Companhia Energética de Brasília, Edison Garcia, afirmou em audiência pública virtual que a CEB D tem “altissimo risco” de ter decretada a caducidade da concessão por descumprimento dos indicadores de qualidade e de sustentabilidade em 2020. O custo da rescisão contratual para o governo do Distrito Federal seria de aproximadamente R$ 2 bilhões, mas a intenção do GDF é leiloar a distribuidora em 27 de novembro.

Números apresentados até junho e projeções até o final do ano indicam que a Ceb provavelmente descumprirá os dois indicadores de desempenho estabelecidos no contrato renovado em 2015, afirmou o executivo nesta quarta-feira, 14 de outubro. Segundo Garcia, com a revogação da concessão, a CEB receberia em torno de R$ 1 bilhão em ativos regulatórios, mas permaneceria com as dívidas da concessionária e o custo da rescisão dos 900 empregados, que somam em torno de 2 bilhões. Para liquidar a companhia, o controlador teria que aportar então mais R$ 1 bilhão.

Em assembleia realizada na última terça-feira, 13, os acionistas da CEB aprovaram a venda de 100% das ações representativas do capital total votante da distribuidora pelo preço mínimo de R$ 1,4 bilhão. Esse preço final reflete uma média entre as avaliações contratadas pelo BNDES.

O valor operacional da empresa apurado nos estudos de avaliação é de R$ 2,4 bilhões, dos quais foram cerca de R$ 1 bilhão em passivos relacionados a empréstimos e financiamentos, ICMS em atraso e outras obrigações.

A preparação para a venda da distribuidora inclui a cisão da empresa para a criação da CEB Serviços, que ficará responsável pela parte de iluminação pública e pela prestação de serviços ao governo do DF. Também foi criado um Programa de Demissão Voluntária visando ao enxugamento de custos.

O head de Infraestrutura do Banco Plural (líder de um dos consórcios responsáveis pelos estudos da CEB), Ricardo Justo, reforçou que o quadro é de risco de caducidade sem a privatização. O executivo vê um cenário amplamente favorável à venda de distribuidora e afirma que em 2025 os investimentos serão mais que o dobro do que foi aplicado pela companhia nos últimos anos e as perdas estão abaixo dos indicadores. “A gente está mostrando os primeiros cinco anos pós troca de controle, mas se projetarmos até o término da concessão em 2045, estamos falando de R$ 5 bilhões.”, completou.

Justo disse ainda que a decisão de vender 100% das ações é acertada, pois haveria perdas para o controlador se não fosse dessa forma. O resultado de leilões nessas condições sempre levam a 5% a mais de ágio, garantiu.

Desempenho

A CEB D completa em 2020 o quinto ano de renovação do contrato de concessão. Em 2016 e 2017 a estatal atendeu as condições contratuais. Em 2018, descumpriu os indicadores de gestão econômico-financeira e, em 2019, os indicadores individuais DECi e FECi, que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia por unidade consumidora.

Em 2020, há risco de descumprimento das metas de desempenho nas duas frentes, o que resultaria em abertura automática do processo de caducidade pela Agência Nacional de Energia Elétrica, lembrou Garcia. O entendimento do Tribunal de Contas da União é que, uma vez aberto o processo, qualquer tentativa de venda da empresa para um novo controlador seria ilegal.

Pelos cálculos da estatal, com a privatização o governo teria uma entrada de caixa de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão, além da regularização do pagamento do ICMS. A ideia inicial era vender 51% da empresa para o novo controlador, permanecendo com 49%, mas após as avaliações contratadas pelo BNDES, a decisão foi de vender a totalidade da empresa.

A arrecadação da CEB Distribuição em 2019 foi R$4,2 bilhões, mas apenas 15,9% ficaram com a distribuidora, destacou Garcia. Desse total, R$ 2,8 bilhões foram destinados a compra de energia e à cobertura de encargos setoriais. A geração de caixa, de R$ 245,9 milhões, não foi suficiente para que empresa cumprisse seus compromissos, o que obrigou a holding a aportar R$ 173,1 milhões. Ainda assim, foram postergados R$ 331,3 milhões em tributos e parcelados outros R$ 240,9 milhões.

A empresa tem uma inadimplência de R$ 612,6 milhões, dos quais mais de R$ 200 milhões correspondem a anos de isenção do pagamento da conta de energia, concedida à Universidade de Brasília. A CEB D tenta cobrar na Justiça o pagamento do débito. Para o presidente do grupo,  o planejamento mal feito e o uso político da empresa no passado são responsáveis pelos problemas atuais. O endividamento da distribuidora é de mais de R$ 800 milhões.

Artigo GESEL: “Modelos de negócio para infraestrutura de recarga de veículos elétricos na Europa”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro (coordenador do GESEL), Lillian Monteath (pesquisadora sênior do GESEL), Matheus Guerra Vieira (pesquisador do GESEL) e Lara Moscon (pesquisadora júnior do GESEL) tratam de diferentes tipos de recarga para VEs e formas de estruturar os modelos de negócio associados a esse serviço com base na experiência europeia. A partir dessa análise, conclui-se que a estruturação de modelos de negócios para a infraestrutura de recarga deve partir do pressuposto de que este serviço possui uma característica disruptiva, o que exige que foco do negócio não seja apenas no fornecimento de combustível, mas na prestação de serviços adicionais para o veículo e para seu motorista. O atual registro de déficits financeiros em estações de recarga deve ser um fator determinante de oportunidades para explorar outras fontes de receitas. Em suma, o investimento em estações de recarga exige e deve estar inserido em um planejamento de longo prazo, visando o horizonte futuro com um forte grau de difusão de VE. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 14.10.2020)

CCEE libera mais R$ 502,6 mi para distribuidoras

A CCEE realizou nesta terça-feira (13/10) o quarto repasse do empréstimo da Conta COVID para as distribuidoras impactadas pelo cenário de isolamento social. A parcela, de R$ 502,6 milhões, considera os valores dos termos de adesão para o período e os montantes remanescentes das transferências anteriores. Ao todo, a CCEE já repassou R$ 13,6 bilhões às companhias que aderiram à medida, o que corresponde a 91,4% do total da operação que será direcionado até janeiro de 2021. Das 61 concessionárias e permissionárias de distribuição participantes, 31 já receberam todo o valor previsto em seus termos de adesão. (Brasil Energia - 13.10.2020)

Aneel define repasse da conta covid para distribuidoras

As superintendências de gestão tarifária e de fiscalização econômica e financeira da Aneel publicaram nessa terça-feira, 13 de outubro, os valores da Conta Covid a serem repassados às concessionárias e permissionárias de energia elétrica nas contas correntes vinculadas ao repasse de Modicidade Tarifária da CDE, referentes aos ativos regulatórios declarados no Termo de Aceitação e contabilizados conforme o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico. De acordo com o Despacho nº 2.914, publicado no DOU, cerca de R$ 502,6 milhões serão depositados hoje para 30 distribuidoras, com a Light, Enel RJ, Enel GO e CPFL Paulista recebendo os maiores valores. Já as inadimplentes Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Equatorial Pará e Energisa Tocantins terão seus repasses retidos até a adimplência de seus débitos, conforme artigo da REN nº 885/2020. O valor total para o mês subsequente é de R$ 513,2 milhões. (Agência CanalEnergia – 13.10.2020)

GSF e MP 998 alteram cronograma da agenda regulatória

A Aneel aprovou a segunda revisão da Agenda Regulatória 2020/2021 para readequar o cronograma de discussão e aprovação de alguns temas. A alteração está relacionada à necessidade de atendimento de demandas mais urgentes, relacionadas a medidas de enfrentamento dos efeitos da pandemia e ao acordo do GSF para destravar o mercado de curto prazo. As adequações contemplam temas de comercialização e mercado, regulação econômico-financeira e contabilidade do setor elétrico, geração, transmissão, pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética e tarifa. A Aneel deslocou para o primeiro semestre do ano que vem o aprimoramento da Convenção de Comercialização de Energia Elétrica e o rateio de valores não pagos no processo de liquidação do Mercado de Curto Prazo, que seriam concluídos no segundo semestre de 2020. Esses temas dependem da repactuação do débitos do GSF, que está em consulta pública. (Agência CanalEnergia – 13.10.2020)

STF anula regime de ICMS para energia

O STF declarou inconstitucional o regime tributário instituído pelo Estado de São Paulo para a comercialização de energia elétrica no mercado livre. A sistemática - que serviu de modelo para os demais Estados do país - estabelece a substituição do responsável pelo recolhimento do ICMS: as distribuidoras no lugar das geradoras e comercializadoras. Os ministros atenderam a um pedido da Abraceel. A entidade havia ingressado, em 2009, com uma ação direta de inconstitucionalidade, a ADI 4.281, contestando o regime paulista. Alegava ainda prejuízos à livre concorrência. Com a mudança do regime tributário, as geradoras e comercializadoras passaram a ser obrigadas a fornecer os dados dos contratos de aquisição de energia - incluindo o preço praticado - para o Estado, que, por sua vez, os repassava às distribuidoras. (Valor Econômico – 14.10.2020)

Aneel e governo do RS firmam acordo sobre inventário participativo de PCHs

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, assinou na manhã da última sexta-feira (9/10), acordo de cooperação técnica para viabilizar inventário participativo de potencial hidrelétrico do rio Camaquã. A iniciativa foi acordada com o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos, em encontro virtual que contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O inventário do rio possui sete aproveitamentos que resultariam em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) com potencial de 78,5 MW de capacidade instalada e previsão de investimentos no estado da ordem de R$ 630 milhões. As usinas seriam capazes de abastecer cerca de 180 mil residências. (Brasil Energia - 13.10.2020)

Distribuidoras de energia têm perfil agravado com crise

No alvo de um embate com a Aneel sobre o reequilíbrio das concessões, frente à pandemia de covid-19, as distribuidoras de energia têm enfrentado, não de hoje, dificuldades para lidar com crises econômicas e problemas estruturais como perdas por furtos - e, assim, atingir suas metas regulatórias de sustentabilidade econômico-financeira. Um estudo da consultoria global Kearney mostra que as empresas vêm melhorando pouco a pouco seus indicadores, nos últimos anos. A pesquisa da Kearney, com 32 das principais distribuidoras do Brasil, revela que mais de um terço delas (12) fechou 2019 com Ebitda abaixo do patamar regulatório definido na revisão tarifária. O pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Roberto Brandão, afirma que o mercado de distribuição é bastante heterogêneo. “Na média, é um setor com dificuldades em atingir os indicadores, mas não é homogêneo: tem empresas bem eficientes e outras ineficientes. Em geral, no entanto, é um setor atrativo”, afirma. (Valor Econômico – 14.10.2020)

Aprovada privatização da CEB Distribuição, no DF

Os acionistas da CEB aprovaram durante Assembleia Geral Extraordinária, nesta terça-feira (13), a privatização da CEB Distribuição, braço da empresa responsável pelo abastecimento de energia elétrica no Distrito Federal. O valor mínimo para a venda é de aproximadamente R$ 1,424 bilhão. Caso a proposta se concretize, a empresa, que conta com 80% de participação do governo do DF, vai à leilão. Nesta quarta (14), será realizada uma audiência pública com a população sobre o tema. O conselho administrativo e os acionistas da CEB também aprovaram a criação de uma nova empresa, que deve incorporar todo o serviço de iluminação pública no DF. Além disso, essa companhia deve receber cerca de 100 empregados que hoje estão nas áreas administrativas e de prestação de serviços da CEB Distribuição. (G1 – 13.10.2020)

Neoenergia reorganiza rede para compartilhamento com as teles

Visando garantir o compartilhamento seguro e eficiente da infraestrutura de postes pelas redes de energia elétrica e de telecomunicações, a Neoenergia anunciou que tem empreendido uma série de ações para organização dos fios e identificação das operações irregulares, adequando-as as normas necessárias e avaliando quais estruturas são compartilháveis e qual o espaço de ocupação de cada empresa. O planejamento acontece nas cinco concessionárias do grupo e atende ao disposto na regulação conjunta da Aneel, Anatel e ANP, determinando que toda distribuidora deve dividir a infraestrutura dos postes com as empresas de telecomunicações. No caso as operadoras de telefonia, internet e TV precisam apresentar um projeto técnico à companhia elétrica com o trajeto e a quantidade de postes que elas desejam ocupar, para que a mesma analise a viabilidade técnica e gere um contrato de compartilhamento, no qual são definidas as taxas pelo uso mútuo. (Agência CanalEnergia – 13.10.2020)

ONS: Carga do Sistema Interligado Nacional cresce 0,9% em agosto

A demanda por energia no SIN cresceu 0,9% em agosto, na comparação com igual mês de 2019, informou nesta terça-feira (13) o ONS. Frente a julho, houve um crescimento de 2% na carga. No acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN caiu 1,8%. Segundo o relatório do ONS, o destaque ficou por conta do subsistema Norte (+3,8%, na comparação anual). O Sudeste/Centro Oeste, que concentra a maior parte das indústrias do país, fechou agosto com alta de 0,9%, enquanto o subsistema Sul encerrou o mês com aumento de 0,1% e o Nordeste se manteve estável. O ONS destacou que, em agosto, o SIN reportou uma elevação gradual do consumo. O retorno mais amplo das atividades econômicas, após a flexibilização das medidas de isolamento social, é o principal motivo apontado pelo Operador para explicar a curva crescente da carga. (Valor Econômico – 14.10.2020)

IEA: Pandemia pode adiar recuperação da demanda por energia até 2025

Uma recuperação lenta da pandemia de coronavírus ameaça adiar para 2025 a retomada total da demanda global por energia, disse a IEA nesta terça-feira (13). Em seu cenário principal, a IEA projeta que uma vacina e tratamentos podem permitir uma recuperação da economia global em 2021 e a recuperação da demanda por energia em 2023, segundo o relatório anual de perspectivas da agência, que assessora governos do Ocidente em suas políticas energéticas. Mas em um cenário de "recuperação lenta" esse cronograma seria adiado em dois anos, apontou a entidade. (G1 – 13.10.2020)

Níveis de reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios hidrelétricos do SE/CO iniciaram a semana com recuo de 0,3% em seus níveis, que chegaram a 28,6% na última segunda-feira, 12 de outubro, em relação ao dia anterior, informa o ONS. A ENA armazenável mostra 37% e a armazenada 58.222 MW mês. As UHEs Furnas e Nova Ponte registram 33,98% e 28,65%. No Sul o volume variou 0,2% para 33,5%. A energia armazenada indica 6.675 MW e armazenável admite 37% da MLT. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam com 57,67% e 14,45%. No Nordeste houve queda de 0,2% na vazão e o subsistema trabalha a 61,7%. A energia contida mostra 31.826 MW mês e a ENA afere 49% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho trabalha a 63,38%. Já no submercado Norte a capacidade de armazenamento se encontra a 40,6%, após redução de 0,5%. A ENA aparece com 58% da MLT e a armazenada afere 6.156 MW. A usina de Tucuruí produz energia com 38,54% de seu volume. (Agência CanalEnergia – 13.10.2020)

Enel X cria corredor para carregamento de veículos elétricos

Viajar em veículo elétrico da América do Norte para a parte mais ao sul da América do Sul agora é uma realidade, graças ao primeiro corredor de carregamento de Veículos Elétricos da Enel X, abrangendo 11 países na costa oeste das Américas e ao longo da Cordilheira dos Andes. Nesta rota, cerca de 196 pontos de recarga JuiceBox agora são visíveis no aplicativo JuicePass, permitindo que os motoristas carreguem seus carros elétricos ou motocicletas, enquanto também desfrutam de paisagens incríveis, desde Cusco a vistas deslumbrantes dos Andes, geleiras ou lago salgado no deserto do Atacama. De acordo com Francesco Venturini, CEO da Enel X, a empresa aceitou o desafio de construir uma rede de pontos de recarga usando a tecnologia JuiceBox e enviar as equipes para os locais mais remotos da América Latina. Segundo ele, o projeto de infraestrutura de longa duração é uma prova do compromisso em promover VEs em todo o mundo, tornando a adoção generalizada da mobilidade elétrica uma possibilidade, mesmo em locais distantes onde as instalações de carregamento de veículos elétricos não estavam disponíveis anteriormente. (Agência CanalEnergia – 13.10.2020)

Solar já é a energia mais barata, diz AIE

As fontes renováveis deverão superar o carvão nesta década como o combustível preferido para gerar energia elétrica, disse a Agência Internacional de Energia (AIE). Os parques de energia solar fotovoltaica são atualmente mais baratos do que usinas à base de combustão de carvão e de gás natural na maioria dos países, concluem os pesquisadores da AIE, que ontem divulgou seu relatório anual sobre tendências energéticas mundiais. Esses custos mais baixos, juntamente com os esforços dos governos de reduzir as emissões prejudiciais ao clima, vão cada vez mais expulsar o carvão da rede de serviços de infraestrutura e destinar às fontes renováveis 80% do mercado de geração de nova energia elétrica até 2030, afirma a AIE. Isso aponta uma profunda redução dos combustíveis fósseis no abastecimento mundial de energia, em uma época em que os governos de todos os países procuram maneiras de conter suas emissões de gases-estufa. (Valor Econômico – 14.10.2020)

Furnas prevê iniciar operação de quarta usina solar neste ano

A quarta usina solar fotovoltaica de Furnas deve entrar em operação até o fim deste ano, informou a companhia esta semana. O empreendimento tem potência de 500 kWp e está sendo instalado na área da termelétricas Campos (30 MW), no município de Campos dos Goytacazes, norte do estado do Rio de Janeiro. Furnas também está construindo uma usina solar na UHE Itumbiara (2.082 MW, MG/GO), que está prevista para começar a operar no início de 2021. O sistema será capaz de gerar 1 MWp e contará com armazenamento em baterias. A iniciativa faz parte de projeto de P&D da Aneel e tem investimento previsto de R$ 44,6 milhões. (Brasil Energia - 13.10.2020)

Mercado livre cresce 22% no último ano

O volume de consumidores que negociam energia no mercado livre cresceu 22% em setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao final do mês, o ACL contava com 8.247 agentes das classes de consumo, frente a 6.759 em 2019. A média mensal de adesões de 2020 continua sendo a maior desde o recorde registrado em 2016. São 150 novas migrações do mercado regulado todos os meses. O resultado é reflexo principalmente do crescimento de 23,8% no número de consumidores especiais. Somente em setembro, o número de processos em andamento para adesão ao mercado livre cresceu 44% na comparação com o mesmo período do ano passado. (CCEE – 13.10.2020)

Balança comercial tem superávit de US$ 2,68 bi no início de outubro

A balança comercial registrou superávit de US$ 2,68 bilhões nas duas primeiras semanas de outubro, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do ME, nesta terça-feira (13). O valor é resultado de exportações de US$ 6,39 bilhões e importações de US$ 3,70 bilhões no período. No ano, o saldo positivo da balança soma US$ 44,87 bilhões. A média diária de exportações em outubro, até a segunda semana, somou US$ 912,7 milhões, avanço de 2,6% sobre outubro de 2019. O desempenho foi puxado pelo crescimento de 10,7% nos embarques da indústria extrativa, seguido pela alta de 4,9% nas vendas da indústria de transformação ao exterior. A exportação de produtos agropecuários caiu 15% nas duas primeiras semanas do mês. (Valor Econômico – 13.10.2020)

FGV: Prévia sinaliza queda de 1,8 ponto da incerteza da economia em outubro

A prévia do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da FGV, sinaliza uma queda de 1,8 ponto em outubro, para 144,0 pontos. O resultado representaria uma desaceleração da tendência de queda em relação ao mês passado. Após o sexto mês em baixa, o IIE-Br devolveria 70% da alta de 95,4 pontos observada no bimestre março-abril. “Após ensaiar uma aceleração da tendência de queda no mês anterior, o Indicador de Incerteza volta a andar de lado nesta prévia de outubro”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE. “A modesta queda da incerteza tem relação com o vai-e-vem das notícias sobre a pandemia de Covid-19 ao redor do mundo, os resistentes números da pandemia no Brasil e a dificuldade em realinhar o discurso político e econômico sobre a transição de fases da economia após as medidas excepcionais de emprego, renda e produção”, diz a economista. (Valor Econômico – 14.10.2020)

 

Focus: Projeção para queda do PIB em 2020 passa de 5,02% para 5,03%

Depois de quatro semanas de ajustes para cima, a mediana das projeções do mercado para a variação do PIB brasileiro em 2020 voltou a se aprofundar, agora de -5,02% para -5,03%, no Relatório Focus, do BC, divulgado nesta terça-feira (13) com estimativas coletadas até o fim da semana passada, vindo de um piso de -6,54% atingido no fim de junho. Para 2021, o ponto-médio das expectativas manteve-se em 3,50% pela 20ª semana consecutiva, mantendo apostas na recuperação de parte das perdas deste ano. A mediana das projeções para a inflação oficial em 2020 entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, subiu de 2,23% para 2,77%, segundo o Focus. Entre os economistas em geral, o ponto-médio das estimativas para o IPCA no fim do ano também subiu, de 2,12% para 2,47%. A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2020 manteve-se em 2,00% tanto na estimativa que inclui todo o mercado quanto entre os Top 5. Para 2021, a projeção para a Selic permaneceu em 2,50% entre os economistas em geral e 2,00% entre os campeões de acertos. (Valor Econômico – 13.10.2020)

Após acordo milionário nos EUA,JBS sobe 9% e impulsiona ganhos do Ibovespa

Legenda: O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (14) em alta, avançando 0,84% aos 99.334 pontos. O índice foi puxado pelos ganhos da JBS (JBSS3), que valorizou 9,71% no dia após a J&F, holding que controla a companhia, fechar um acordo milionário com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

No acordo, a J&F declarou-se culpada por violar a legislação norte-americana contra a corrupção, pagando cerca de US$ 128 milhões em multa às autoridades do país. O acordo elimina algumas das incertezas que pairavam sobre os planos da JBS em abrir capital de suas operações nos EUA.

No câmbio, o dólar passou o dia com leves quedas, mas recuperou terreno e encerrou mais um dia com valorização, ganhando 0,43% e negociado a R$ 5,60 na venda.

Em Wall Street, os principais índices do mercado tiveram mais um dia aversão ao risco com comentários do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, de que um acordo no Congresso para uma nova rodada de estímulo fiscal não deve ser alcançado até as eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro. A notícia pesou sobre o humor do mercado, que também precificava resultados financeiros mistos divulgados hoje pelos bancos norte-americanos.

O Dow Jones perdeu 0,58%, o S&P 500 recuou 0,66% e o Nasdaq Composite desvalorizou 0,80% no dia.

O Goldman Sachs reportou um aumento de 94% no lucro trimestral, para US$ 3,5 bilhões no 3T, contra 1,8% bilhão no mesmo período do ano anterior, puxado por um salto de 29% na receita de trading. O lucro por ação dobrou para US$ 9,68 dólares, contra US$ 4,79 no 3T19. Já o Bank of America, segundo maior banco dos EUA, teve uma queda de 15,8% no lucro líquido do terceiro trimestre, para US$ 4,44 bilhões (US$ 0,51 por ação), com declínio no desempenho de três dos seus quatro principais segmentos.

No Brasil, a temporada de balanços tem início amanhã com a divulgação de resultados da CSN após o fechamento do mercado.

As Bolsas europeias fecharam o dia no misto frente ao crescimento na taxa de contaminação por coronavírus na região. Hoje, a França declarou estado de emergência sanitária e a Itália registrou um novo recorde de casos positivos para a doença, com 7.332 novas infecções, contra 6.557 confirmadas em 21 de março, quando o país vivia o auge das contaminações. No fechamento, o FTSE 100 recuou 0,58%, o CAC 40, de Paris, perdeu 0,12% e o FTSE MIB, de Milão, avançou 0,25% (Forbes com Reuters, 14/10/20)

 

 

Dólar reverte queda e fecha perto da máxima do dia com incertezas externas

Legenda: A queda do dólar ainda pela manhã coincidiu com as mínimas do dia para a moeda norte-americana no exterior (Imagem: Pixabay)

dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira, ganhando força na parte da tarde depois de cair durante a manhã, conforme o mercado buscou a segurança da divisa dos Estados Unidos num pregão em que predominou cautela sobre os rumos da pandemia global de coronavírus.

O dólar à vista subiu 0,40%, a 5,6033 reais na venda, perto da máxima do dia, de 5,6059 reais (+0,44%). Na mínima, a cotação caiu 0,80%, para 5,5364 reais.

A queda do dólar ainda pela manhã coincidiu com as mínimas do dia para a moeda norte-americana no exterior.

O real descolou de boa parte de seus pares emergentes, mas mesmo assim foi acompanhado na baixa pelo rublo russo e pelo zloty polonês, além de outras moedas europeias e do rand sul-africano, no dia em que países europeus tocaram o sino de alerta sobre uma ressurgência de casos de Covid-19.

A menor expectativa de outro pacote fiscal nos Estados Unidos também afetou o sentimento dos agentes financeiros. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que um acordo em torno de um estímulo fiscal provavelmente não seria alcançado antes das eleições de 3 de novembro.

De acordo com o Bank of America, é provável uma “segunda rodada” de força global do dólar nas próximas semanas, com base em um padrão observado por analistas do banco, que inclui, por exemplo, expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos, perspectivas de inflação, sazonalidade e venda excessiva da moeda nos últimos meses.

Para Gilberto Kfouri, responsável por renda fixa e multimercados da BNP Paribas Asset Management no Brasil, o dólar está caro ante o real, sobretudo considerando a expectativa de que o resultado das transações correntes escape de déficit neste ano.

Mas ele ponderou que os mercados domésticos seguem envoltos em temores de ordem fiscal e que o noticiário local tem peso maior na taxa de câmbio quando comparado a outros lugares.

“Espaço para o dólar voltar (cair) tem. Mas se fizer besteira também continua piorando (real desvalorizando)”, concluiu (Reuters, 14/10/20)

 

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