Notícias do setor
09/11/2020
Notícias do Setor

CEB: deve ser lançado hoje o edital de venda

Será lançado hoje o edital de privatização da CEB Distribuição, concessionária que fornece energia a 1,1 milhão de clientes do DF e é controlada pelo governo local. Um dos últimos entraves à venda do controle da companhia foi superado na última semana, com o aval do TCDF. O tribunal de contas local permitiu que a concessionária de distribuição passe para as mãos do setor privado sem autorização prévia da Câmara Legislativa do DF. Se houvesse a necessidade de aprovar lei distrital para permitir a realização do leilão, marcado para o dia 27 de novembro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) teria que usar parte do seu capital político para enfrentar os parlamentares contrários à privatização. O GDF contratou o BNDES para fazer, por meio de consultorias, a avaliação dos ativos e conduzir o processo de venda da CEB. Os estudos econômicos definiram que a distribuidora será ofertada ao mercado ao preço mínimo de R$ 1,424 bilhão. (Valor Econômico – 06.11.2020)

Alta da inflação afeta desempenho da Engie no 3º tri

O aumento da inflação observado no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) afetou os balanços do terceiro trimestre da Engie Brasil Energia (EBE) devido à variação monetária sobre as concessões a pagar da companhia. O índice subiu 9,3% entre julho e setembro, fruto principalmente do impacto cambial. Com isso, a EBE registrou lucro líquido de R$ 490 milhões no terceiro trimestre de 2020, valor 34% abaixo de igual intervalo do ano passado. O preço médio dos contratos de venda de energia da EBE no terceiro trimestre foi de R$ 196,50 por MW-hora, 3,8% acima do obtido entre julho e setembro de 2019. A receita operacional líquida da EBE no terceiro trimestre foi de R$ 3,2 bilhões, acréscimo de 28,7% na comparação anual. (Valor Econômico – 06.11.2020)

CCEE lança página de carreiras

A CCEE lançou na terça-feira (3/11) uma nova página de carreiras. O espaço vai reunir todas as informações necessárias para processos seletivos da entidade, incluindo vagas e oportunidades, além de conteúdo sobre o cotidiano dos colaboradores. A câmara destaca a utilização de ferramentas de inteligência artificial (IA) para triagem de currículos. Para ver a página, clique aqui. (Brasil Energia - 05.11.2020)

Macapá decreta calamidade pública após três dias sem energia

Macapá decretou estado de calamidade pública com três dias sem energia. A cidade tem enfrentado problemas como falta de água, velas, gelo, filas para abastecer automóveis e até mesmo de falta de dinheiro. Treze das 16 cidades do estado ainda estão sem energia. A perspectiva de se religar um dos três transformadores, o menos danificado, não se concretizou. Testes ainda estão sendo realizados no transformador e a previsão mais pessimista é que ele seja religado no próximo sábado (07/11). Um gabinete de crise foi formado para encontrar soluções para acelerar o restabelecimento da energia. (Brasil Energia - 06.11.2020)

ESS pode ter nova alta e possíveis ônus a consumidores

O bolso dos consumidores deve continuar com impactos do despacho térmico determinado para preservação dos reservatórios da região Sul – medida que pode se estender para o Sudeste/Centro-Oeste, ainda que não sejam imediatos. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) determinou a manutenção da geração térmica fora da ordem de mérito pelo ONS, iniciada no mês passado. Com isso, o Encargo de Serviços do Sistema (ESS) deve manter-se em altos patamares. O custo do combustível para a geração térmica por segurança energética ou restrição elétrica é arcado pelos consumidores por meio do ESS. Quanto maior a geração, maior será o ESS. O que chama a atenção, no entanto, é a perspectiva de armazenamento nos reservatórios no fim de novembro, mesmo com o início (tardio) do período de chuvas. Em comunicado, o MME informou que a previsão de energia máxima armazenável para o fim de novembro é de 20,0% no SE/CO, de 11,5% no Sul, 45,5% no Nordeste e 26,8% no Norte. (Brasil Energia - 05.11.2020)

Níveis de reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios hidrelétricos do Sul chegam a essa quinta-feira, 05, com 23,8% de seu volume útil, após recuarem 0,2% na última quarta-feira, 4 de novembro, em relação ao dia anterior, afirmam dados do ONS. A energia armazenada afere 4.732 MW mês e a ENA segue em 13% da MLT. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam com 48,81% e 3,90%. No Norte do país, a redução também foi de 0,2% e os reservatórios operam com 29,4%. A ENA está em 52% da MLT e a armazenada afere 4.457 MW mês. A usina de Tucuruí produz energia com 22,14% de seu volume. A região Nordeste computou recuo de 0,1% para 55,2% da capacidade. A energia contida mostra 28.478 MW mês e a ENA foi para 54% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho trabalha a 60,78%. Por sua vez o armazenamento das UHEs no Sudeste/Centro-Oeste caiu 0,3%, fazendo o submercado diminuir para 23%. A ENA armazenável indica 56% e a armazenada 46.910 MW mês. As UHEs Furnas e Nova Ponte registram 27,27% e 21,62%. (Agência CanalEnergia – 05.11.2020)

Mobilidade elétrica está crescendo no Brasil

No Brasil, o avanço da mobilidade elétrica ainda é tímido se comparado aos mercados mais maduros, como Europa, EUA e China. Das 2,5% vendas globais de carros 100% elétricos, o Brasil corresponde a apenas 0,01%, segundo a consultoria IHS Markit. Mas a adesão no país está crescendo. De janeiro a outubro do ano passado foram emplacados 7,4 mil veículos elétricos e híbridos, quase o dobro de 2018, segundo dados do Renavam. Na visão de Alexandre Uchimura, gerente de novos negócios em eletromobilidade da Bosch América Latina, os veículos híbridos flex, uma inovação brasileira, ajudarão a impulsionar a eletrificação da mobilidade no país. (Automotive Business – 05.11.2020)

Eólicas e solares correspondem a 76% da nova capacidade em outubro

A Aneel liberou 318,34 MW para operação comercial em outubro, sendo 147,28 MW (46%) para geração de fonte eólica, 95,68 MW (30%) de usinas solares fotovoltaicas e os outros 75,38 MW (24%) a partir das fontes térmica e PCHs. No acumulado do ano até então, a fiscalização da agência liberou 3.763,61 MW em 18 estados do país. Dentre os estados, o destaque foi o Rio Grande do Norte, que obteve 101,08 MW de potência acrescida em outubro. Todo esse quantitativo vem de usinas eólicas, representando nada menos que 32% do total da capacidade de geração acrescida ao Brasil no mês. O Piauí também teve um salto de capacidade instalada no mês, com 91,68 MW de acréscimo. Os números fazem o Brasil alcançar a capacidade instalada total de 173.501,9 MW de potência fiscalizada. Desse montante em operação, 74,76% das usinas são impulsionadas por fontes renováveis. (Brasil Energia - 06.11.2020)

Celesc retoma instalação de kits fotovoltaicos para eletrodependentes

Após sete meses de suspensão em função da pandemia de Covid-19, a Celesc retomou projeto que contempla a instalação de kits geradores fotovoltaicos e substituição de lâmpadas por modelos LED para consumidores eletrodependentes (por exemplo, aqueles que precisam de aparelhos médicos conectados à rede elétrica 24 horas por dia) beneficiários da tarifa social de energia. Ao todo, serão instalados 145 kits que podem gerar uma economia de até 20% da fatura de energia de cada residência. Para isso, a Celesc informa que a empresa 3E Engenharia, responsável pelas análises técnicas, está visitando os clientes cadastrados selecionados, com objetivo de identificar as condições para instalação do sistema. (Brasil Energia - 06.11.2020)

Balança de serviços caminha para menor déficit em 11 anos

A balança de serviços caminha para ter em 2020 o resultado menos negativo em 11 anos. Isso poderia soar como algo favorável, mas, em um país como o Brasil, reflete a queda na demanda por serviços estrangeiros em meio a recessão, paralisação das viagens internacionais e forte depreciação cambial. As projeções dos analistas giram em torno de um déficit de US$ 20 bilhões, ante US$ 35,1 bilhões em 2019. Para 2021, a expectativa é de recuperação apenas parcial, já que o real desvalorizado e as incertezas sobre a pandemia devem persistir. Se confirmadas as projeções para este ano, a diferença entre o que o Brasil gasta e recebe nas transações internacionais de serviços seria a menor desde 2009, quando o déficit foi de US$ 19,6 bilhões, em plena crise financeira global. (Valor Econômico – 06.11.2020)

CNC: Parcela de famílias endividadas e inadimplentes cai em outubro

A parcela de famílias endividadas diminuiu de 67,2% em setembro para 66,5% entre setembro e outubro, informou a CNC. A fatia ainda é superior à de 64,7% em outubro do ano passado. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostra também que a parcela de famílias que se declararam inadimplentes caiu para 26,1%, ante 26,5% em setembro, mas segue acima de outubro do ano passado (24,9%). A CNC informou ainda que a fatia de inadimplentes sem condições de pagar as contas foi de 11,9% em outubro, ante 12% em setembro; e em comparação à parcela de 10,1% em outubro de 2019. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os sinais de melhora na fatia de endividados, que chegou a alcançar a maior proporção da série histórica da pesquisa em agosto (67,5%), refletem melhor perspectiva econômica. “No entanto, ainda predominam incertezas sobre a sustentabilidade da retomada no médio prazo, principalmente quanto à capacidade de recuperação do mercado de trabalho e ao cumprimento das metas fiscais”, afirmou em comunicado. (Valor Econômico – 05.11.2020)

Ministro vê 65% do mercado aéreo doméstico recuperado até o fim do ano

A demanda por voos domésticos alcançará no fim do ano 65% do que era registrado no período pré-pandemia, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Ele afirmou que o segmento internacional será “um pouco mais lento” na recuperação. Em live promovida pelo banco Itaú nesta quinta-feira, ele indicou que o setor aéreo é o que mais preocupa entre os segmentos de transporte. Mesmo com a recuperação lenta do setor de aviação civil, Freitas está otimista com a sexta rodada de concessão de aeroportos, prevista para o próximo ano. A projeções de demanda, tendo em vista o impacto da pandemia, tiveram que ser revisadas e encontram-se em análise final no TCU. (Valor Econômico – 05.11.2020)

Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 05 sendo negociado a R$5,5459 com variação de -1,04% em relação ao início do dia. Hoje (06) começou sendo negociado a R$5,5452 com variação de -0,01% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 10h36 o valor de R$5,5486 variando +0,06% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 05.11.2020 e 06.11.2020)

Ibovespa sobe mais de 7% na semana e dólar recua para R$ 5,39

O Ibovespa encerrou a sessão desta sexta-feira (6) próximo da estabilidade, com ganho de 0,17% aos 100.925 pontos. O dia foi marcado por realização de lucros e leve volatilidade nos principais mercados globais, após uma semana de fortes altas puxadas pelo otimismo no exterior com as eleições norte-americanas. Na semana, o índice brasileiro acumulou valorização de 7,4%, anulando as quedas da semana anterior.

O dólar fechou em forte queda contra o real hoje, com recuo de 2,78% e cotado a R$ 5,39 na venda, o menor patamar desde junho. Na semana, a divisa cedeu 6,3% com investidores voltando a buscar ativos de risco em meio às perspectivas cada vez maiores de uma vitória de Joe Biden.

Em meio à acirrada disputa nos EUA, mais empresas brasileiras reportaram balanços trimestrais nos últimos dias, incluindo Itaú Unibanco, que ainda anunciou planos envolvendo sua participação na XP, o que fez suas ações dispararem mais de 7% na quarta-feira. Ultrapar e Ecorodovias garantiram a ponta positiva do Ibovespa na semana com resultados do terceiro trimestre e perspectivas nos negócios.

Os índices em Wall Street finalizaram o dia com leves variações e em campo misto, também sobre efeito da realização de lucros, com queda de 0,24% para o Dow Jones, recuo de 0,03% para o S&P 500 e alta de 0,04% no Nasdaq. Na semana, no entanto, os indicadores acumulam valorização de 6,87%, 7,32% e 9,01%, respectivamente.

O avanço do democrata Joe Biden na apuração dos votos e a sinalização de um Senado com maioria republicana trouxe alívio aos investidores na semana, que consideram o equilíbrio no Congresso fundamental para o ambiente de negócios e investimentos na próxima gestão, independente do candidato vencedor.

No final desta sexta-feira, Joe Biden tinha uma pequena vantagem nos estados da Pensilvânia e da Geórgia, colocando o democrata próximo de alcançar a Casa Branca, embora o presidente Donald Trump tenha entrado com ações judiciais em diferentes estados para contestar os resultados.

“Há alguma preocupação com relação ao Biden avançar ou mesmo vir ganhar a Geórgia, então há chance de que essas cadeiras (do Senado) sigam com ele. É isso que as pessoas estão analisando quanto a isso”, disse Yousef Abbasi, estrategista de mercado global do Stonex Group Inc, em Nova York (Reuters, 6/11/20)

Plano de Biden vê China como ameaça e fala em subsídio para produção local

Proposta do democrata prevê US$ 400 bi para compras de produtos feitos no país e US$ 300 bi para P&D local.

Em texto postado em seu site da campanha e que detalha partes de seu plano de governo na área externa, o democrata Joe Biden cita quase 30 vezes a China e afirma que vai garantir um futuro feito em toda a América e por todos os trabalhadores americanos.

Ele propõe seis linhas de ação para recuperar a manufatura e a inovação americanas, com propostas que incluem concessões de subsídios, exigência de conteúdo nacional e transferências de fábricas para os EUA.

A proposta é vista por analistas como uma tentativa de rivalizar com o discurso do presidente Donald Trump, mas sem grandes efeitos práticos e de difícil implementação —mas está no texto.

Em relação à China, é esperada uma relação mais estável e diplomática com o concorrente asiático, mas sem deixar de lado a disputa que já se desenhava em governos anteriores e deve se acirrar nos próximos anos, em especial, na área de alta tecnologia.

Após a posse, o mais importante será acompanhar como essas e outras políticas na área econômica irão contribuir —ou não— para uma recuperação mais rápida da economia mundial e para uma desvalorização do dólar frente a moedas de países emergentes.

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O governo brasileiro pode se beneficiar de uma eventual distensão na guerra comercial, caso abandone a postura ideológica e busque se equilibrar entre as duas potências, dizem especialistas. Também vai precisar rever o discurso na área ambiental, cuja política é tratada por Biden em outra parte do plano de governo e claramente se choca com a postura atual do governo Bolsonaro.

As seis linhas de ação detalhadas no documento da campanha que a gestão Biden se propõe a incentivar são: 1) “buy american” (compre produtos americanos), 2) faça na América, 3) inove na América, 4) invista em toda a América, 5) levante-se pela América (estratégia para competir em empregos e produtos) e 6) “suply America” (traga de volta cadeias de suprimento críticas).

PLANO BIDEN PARA ‘TODA A AMÉRICA E TODOS OS TRABALHADORES DA AMÉRICA’

·         “Buy American”

Biden vai exigir mais conteúdo americano legítimo, restringir isenções de importação de componente e impulsionar a demanda por produtos, materiais e serviços americanos e garantir que eles sejam enviados em transportadoras de carga com bandeira dos EUA. Também vai investir US$ 400 bilhões (R$ 2,3 trilhões) em seu primeiro mandato em compras federais adicionais de produtos feitos por trabalhadores americanos

·         Faça na América

Subsídios e financiamento dedicados para ajudar os fabricantes a reequipar e construir novas fábricas, além de incentivo por meio de compras governamentais

·         Inove na América

Investimento de US$ 300 bilhões (R$ 1,7 trilhão) em quatro anos em P&D. Garantir que o governo capture uma parte dos royalties de produtos altamente lucrativos desenvolvidos com financiamento federal

·         Invista em toda a América

Garantia de investimentos em todas as regiões

·         Levante-se pela América

Estratégia para competir em empregos e produtos por meio de redução de tributos

·         “Suply America”

Levar de volta cadeias de suprimento críticas, como as da área de saúde, semicondutores e insumos para tecnologia de comunicações

O plano diz que Biden vai tornar mais rígidas as regras sobre conteúdo americano nos produtos “Made in USA”. Hoje, basta ter 51% de conteúdo para se beneficiar isenção na aquisição de componentes importados.

O democrata também afirma que “chega de inventar aqui e fazer lá”. Para ele, se as empresas se beneficiam de pesquisas financiadas pelo contribuinte, esses produtos devem ser feitos nos EUA ou a empresa deve reembolsar o governo por seu apoio.

Ainda na parte de inovação, Biden afirma que a China poderá superar ainda em 2020 os EUA em gastos com pesquisa & desenvolvimento.

“O governo da China está investindo ativamente em pesquisa e comercialização nesses tipos de áreas importantes de tecnologia, em um esforço para superar a primazia tecnológica americana e dominar as indústrias futuras.”

Os chineses, aliás, são praticamente a única nação citada no documento, que também propõe espaço para economias que possam se aliar aos EUA nessa disputa, mas sem citar o nome desses países.

 

“[Biden irá] trabalhar com aliados para reduzir a dependência deles de concorrentes como a China, enquanto moderniza as regras de comércio internacional para proteger as cadeias de abastecimento dos EUA e de aliados”, diz o documento.

Livio Ribeiro, pesquisador sênior da área de Economia Aplicada do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), afirma que o discurso protecionista pode ter ajudado o democrata a conquistar votos nos grandes estados industriais, mas vê muitas limitações para colocar essas medidas em prática.

“Não é à toa que existem cadeias globais de valor e que a gente tem um processo de desenho de produtos nos EUA e produção fora. É porque isso é mais barato e mais lucrativo”, afirma Ribeiro.

Para ele, aplicação prática dessas propostas é um pouco mais complicada, porque elas fazem com que o consumidor americano pague mais caro por produtos que, potencialmente, podem ter qualidade pior.

Vitória Saddi, professora do Insper, tem a mesma avaliação: “Eu não vejo isso [acontecer], e seria falar que os democratas estão na Idade da Pedra. Vejo uma manutenção ou até uma melhora desse protecionismo americano”, diz.

Saddi diz esperar uma melhora na relação do Brasil com a China, em virtude da mudança de postura do governo americano com o democrata, que passaria do confronto direto para uma negociação.

Ribeiro, do Ibre, diz que a contraposição entre China e EUA é uma questão quem comanda a Casa Branca, mas avalia que a haverá uma mudança de tom na disputa. Brasil deveria ter uma posição de alinhamento pontual e não automático a qualquer uma das partes.

“Sob Biden, o alinhamento ideológico entre governos tende a mudar e isso deveria levar a um reposicionamento da postura do Brasil, entre elas, essa contraposição à China. Manter graus de liberdade em geral é bom, ter a opção de escolha em cada tema. Isso é relevante para o Brasil, que está na esfera de influência cultural americana, mas tem a China como principal parceiro comercial e grande investidor. Alinhamentos cegos são perigosos.”

OUTRAS PROPOSTAS DE BIDEN NA ÁREA ECONÔMICA

Programa de novos estímulos que inclui aumentar os cheques mensais da Previdência Social em US$ 200 (R$ 1.106) por mês

Plano para construir uma infraestrutura moderna e sustentável e um futuro equitativo de energia limpa. Está prevista a liberação de US$ 2 trilhões (R$ 11 trilhões) ao longo de seu primeiro mandato em ações ligadas a infraestrutura e desenvolvimento sustentável

O plano para investir na competitividade prevê US$ 1,3 trilhão (R$ 7,1 tilhões) em dez anos, para equipar a classe média americana para competir e vencer na economia global

Plano para taxação dos mais ricos e grandes corporações. Aumento de impostos para grandes corporações e pessoas com renda a partir de US$ 400 mil (R$ 2,2 milhões) por ano, somado a cortes de tributos da classe média (Folha de S.Paulo, 9/11/20)

 

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