Notícias do setor
10/11/2020
Notícias do Setor

Copel Telecom é vendida a fundo por R$ 2,39 bilhões

Proposta do Bordeaux Fundo de Investimento teve ágio de 70,94%

PEDRO AURÉLIO TEIXEIRA, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DO RIO DE JANEIRO

A Copel informou em comunicado ao mercado nesta segunda-feira, 9 de novembro, que o leilão de privatização da sua subsidiária Copel Telecom ocorrido na B3, foi vencido pelo Bordeaux Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que apresentou a oferta de R$ 2.395.000.000. A oferta teve ágio de 70,94% em relação ao valor mínimo de R$ 1.401.090.300,00.

Após o certame, terão início as próximas etapa estabelecidas, como a verificação da habilitação do arrematante e a divulgação do resultado preliminar do Leilão em 16 de novembro de 2020.

Retirada de térmicas pode aliviar sobras de energia

Com o agravamento da sobrecontratação das distribuidoras de energia por causa da pandemia, ganha força no setor elétrico a proposta de antecipar o descomissionamento de um conjunto de termelétricas a óleo e a carvão com contratos vencendo nos próximos anos. O projeto está sendo conduzido pelo engenheiro Donato Filho, que é ex-diretor de regulação da EDP Brasil, e tem o apoio de nomes reconhecidos no setor elétrico, como Luiz Barata e Ricardo Lima, além dos professores Dorel Ramos e Marciano Morozowski. Segundo os responsáveis pelo projeto, são mais de 4 GW de capacidade térmica que não fariam falta ao sistema e ajudariam a reduzir as sobras sistêmicas de energia. Tirando essas térmicas de operação, o estudo estima que os níveis médios de sobrecontratação das distribuidoras passariam dos atuais 110% para 107%. No caso das usinas a óleo diesel e combustível, com alto custo de geração, foram identificados cerca de 3 GW que poderiam ser desmobilizados sem risco a sistema. (Valor Econômico – 09.11.2020)

Custo de operação aumenta e passa de R$ 600/MWh em quase todo o país

A primeira revisão semanal do PMO de novembro apresentou uma elevação mais expressiva no custo marginal de operação. Em quase todo o país o valor ficou na média em R$ 630,47/MWh e apenas no Nordeste continua descolado em um nível bem mais baixo, de R$ 197,08/MWh. Em todos os patamares semanais de carga os valores, nos três submercados em que o valor está equacionado, ultrapassam R$ 600/MWh. Sendo R$ 643,37/MWh na carga pesada, R$ 639,90 na média e R$ 618,88 na leve. No NE está em R$ 223,72, R$ 190,10 e R$ 188,01/MWh, respectivamente. (Agência CanalEnergia – 06.11.2020)

Artigo de Adriana Fernandes: “A indiferença com o apagão no Amapá”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, a repórter especial de economia Adriana Fernandes fala de como o apagão no Amapá foi tratado pelo restante do país. Segundo a autora, “a gravidade do problema, em meio à pandemia do coronavírus, se choca com a indiferença do resto do País com o drama vivido pelos amapaenses”. Ela conclui que “se o apagão fosse em qualquer outro lugar do “sul” do Brasil, estaríamos vivendo um quadro de comoção nacional. Mas o Amapá está sendo tratado como periferia e o Brasil está de costas para ela”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 09.11.2020)

 

Leilão da CEB-D será em 27 de novembro na B3

A CEB e o BNDES publicaram nesta sexta-feira, 6 de novembro, o edital para o leilão da concessionária de distribuição de Brasília. O preço total mínimo para aquisição de 100% das ações da CEB-D, de propriedade da CEB Holding, está fixado no valor de R$ 1.423.898.000,00. O leilão será conduzido na B3 em São Paulo. As candidatas a ficar com a distribuidoras deverão entregar os volumes conforme o leilão estabelece, inclusive a proposta econômica, no dia 24 de novembro, na sede da entidade, das 9h às 12h. A abertura dos envelopes será realizada no mesmo local no dia 27 de novembro às 8h. Em 7 de janeiro de 2021 é prevista a publicação do resultado definitivo do leilão. (Agência CanalEnergia – 06.11.2020)

TCU desconsidera denúncia de irregularidade na privatização da CEEE D

O plenário do TCU decidiu “não conhecer” denúncia de suposta irregularidade na desestatização da CEEE Distribuição, por considerar que ela não atendeu “requisitos de admissibilidade” previstos nos regimento interno da corte. O processo de venda do controle da empresa tem avançado, e a expectativa do governo gaúcho é que o edital seja publicado em dezembro e o leilão realizado no início de 2021. O denunciante, cujo nome foi mantido em sigilo pelo TCU, alegou que o processo de privatização poderia impor à União riscos de assumir, como fiadora, eventuais vencimentos antecipados de contratos de financiamento do grupo estatal, e/ou responder por financiamentos cujos benefícios seriam transferidos a particulares com a venda da distribuidora. (Agência CanalEnergia – 06.11.2020)

Celesc anuncia R$ 90,6 mi para obras no sul catarinense

A Celesc afirmou que está empreendendo melhorias no sistema elétrico em toda área de sua concessão, com destaque para o Núcleo Sul (Nusul), onde estão sendo investidos R$ 90,6 milhões em obras que irão beneficiar 27 municípios, sendo R$ 1,6 milhão destinados a rede que atende às propriedades rurais da região, por meio do Programa Celesc Rural. Serão instalados equipamentos religadores além de bancos reguladores que mantém a qualidade da tensão do início do sistema até a sua chegada ao consumidor, com o efeito de aumentar a automação da operação das redes de distribuição, agilizando a recomposição do sistema em caso de ocorrências e reduzindo o impacto com menos unidades consumidoras desligadas. No pacote de obras também estão inclusas as ampliações das subestações Laguna; Sombrio; Içara e Siderópolis. (Agência CanalEnergia – 06.11.2020)

Grupo Energisa conclui o segundo dos quatro lotes de transmissão adquiridos

O Grupo Energisa já terminou o segundo dos quatro lotes de transmissão arrematados entre 2017 e 2018. O lote 26, construído no sul do Pará, recebeu R$ 318 milhões em investimentos. O empreendimento da Energisa PA Transmissora de Energia I (EPA I) inclui 296 Km da LT SE Xinguara II – Santana do Araguaia (230 kV em circuito duplo), a nova subestação Santana do Araguaia 230/138 KV capacidade de 300 MVA e a ampliação da subestação Xinguara II (PA). Em conjunto com este empreendimento, a Energisa MT concluiu a LT de alta tensão 138KV circuito duplo de 145 km entre Santana do Araguaia (PA) e Vila Rica (MT) e a construção da subestação com investimento de R$ 82 milhões. Na sequência do processo de energização, as distribuidoras Energisa MT e Equatorial PA finalizarão os processos de medição da qualidade e, após validação do ONS, o processo de entrada em operação comercial será concluído. (Petronotícias – 06.11.2020)

Consumo de energia avança 1,4% em outubro

O consumo de energia em outubro avançou 1,4% na comparação com o mesmo mês em 2019, ao alcançar 65.954 MW médios, de acordo com dados preliminares divulgados pela CCEE. No mercado regulado, a queda foi de 1% na comparação anual, para 44.842 MW médios. Expurgados efeitos de migrações para o mercado livre, porém, a alta é de 1%. Entre os estados, apenas dois estados apresentaram retração frente ao mesmo período do ano anterior: Rio Grande do Sul (10%) e Rio de Janeiro (1%). O Distrito Federal também teve queda de 1%. A CCEE verificou ainda alta de 30,3% no segmento de saneamento, seguido pelo ramo de bebidas (13,2%), manufaturados diversos (10,7%), indústria alimentícia (9,1%), de minerais não-metálicos (10,2%), e de metalurgia e produtos de metal (7,9%). (Brasil Energia - 09.11.2020)

ONS: níveis de reservatórios previstos para novembro estão abaixo da média histórica

O volume de água que chega aos reservatórios de hidrelétricas em novembro deve ficar abaixo da média histórica em todos os subsistemas, aponta o boletim do PMO do ONS. De acordo com o ONS, os volumes dos reservatórios indicam, para o fim deste mês, níveis de 49,5%, no Nordeste; 26,3%, no Norte; 18,6% no Sudeste e Centro-Oeste e de 11,8% no Sul. O operador lembrou que a região Sul enfrenta a pior seca de uma série histórica de 81 anos. O boletim também aponta um aumento de 71,3% no CMO do SIN para a semana de 7 de novembro a 13 de novembro. A expectativa é de aumento de 1% de carga no SIN, na comparação com novembro de 2019, para uma média mensal de 69.845 MW médios. (Valor Econômico – 06.11.2020)

Consumidores vão arcar com geração emergencial do Amapá

Com a energia restabelecida na maior parte do estado, o Amapá tenta reencontrar a normalidade. A carga retornou no sábado (09/11), parcialmente, nas 14 das 16 cidades – segundo o MME, 65% da energia necessária havia sido restabelecida, e de forma intermitente, com rodízio de seis horas entre os consumidores. No entanto, parte do custo do atendimento emergencial já está carimbada para os consumidores do país. A Portaria 406 do MME, publicada na semana passada, estabeleceu a contratação imediata de 40 MW e reconheceu a necessidade de contratação de 150 MW para atender ao município de Macapá por 180 dias, “de forma célere, excepcional e temporária”. A decisão, foi autorizada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os custos serão cobertos pelo Encargo de Serviços do Sistema (ESS), como restrição de operação elétrica. A contratação da energia será feita pela Eletronorte e as usinas serão integradas no sistema e, local a ser definido pela CEA, com apoio da estatal e do ONS. (Brasil Energia - 09.11.2020)

PLD da 2ª semana de novembro sobe em todos os submercado

A CCEE informa que o PLD para o período de 7 a 13 de novembro aumentou em todos os submercados. Para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, o aumento foi de 51%, passando de R$ 370,77/MWh e atingindo o preço máximo regulatório de R$ 559,75/MWh. Já no Nordeste, a alta foi de 31%, passando de R$ 150,60/MWh para R$ 196,76/MWh. O principal fator responsável pelo aumento do PLD foi a redução das expectativas de afluências do SIN. Os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços em relação aos demais submercados. Para novembro, espera-se que as afluências fechem em torno de 56% da média de longo termo (MLT) para o sistema, sendo 56% no Sudeste; 22% no Sul; 90% no Nordeste e 89% no Norte. (CCEE – 06.11.2020)

EMEC: energia das marés para produzir hidrogênio verde

O Centro Europeu de Energia Marinha (EMEC), Orkney, Escócia, implantará uma bateria de fluxo da Invinity Energy Systems (Invity) de 1,8 MWh em seu local de teste de energia das marés na ilha de Eday, Escócia. A combinação de energia das marés e baterias de fluxo será usada para alimentar a planta de produção de hidrogênio da EMEC, demonstrando a produção contínua de hidrogênio a partir de geração renovável variável. As baterias de fluxo de vanádio da Invinity são uma forma de armazenamento de energia estacionária para serviço pesado que são implantados em aplicações industriais de alta utilização. Eles fornecem horas de energia contínua, uma ou mais vezes por dia, ao longo de décadas de serviço. Isso os torna os candidatos perfeitos para regular a geração de energia das marés, uma aplicação em que as baterias de íon-lítio mais convencionais se degradariam e acabariam se desgastando. O sistema irá armazenar eletricidade gerada por turbinas de maré durante os períodos de alta potência e descarregá-la durante os períodos de baixa potência. Isso irá 'suavizar' a geração das marés para criar eletricidade contínua sob demanda para se transformar em hidrogênio usando o eletrolisador de hidrogênio de 670 kW da EMEC. (Energy Global - 09.11.2020)

IPCA: energia elétrica fica praticamente estável em outubro

O IPCA subiu 0,86% em outubro, 0,22 ponto percentual acima dos 0,64% de setembro, segundo o IBGE divulgou nesta sexta-feira, 06 de novembro. Esse é o maior resultado para o mês desde 2002, quando alcançou 1,31%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,22% e, em 12 meses, de 3,92%. O grupo Habitação teve variação de 0,36%, puxado pelo preço do gás de botijão, que aumentou 1,23%. A energia elétrica ficou praticamente estável, com variação de 0,03%, com as áreas variando entre os -2,71% de São Luís e o 1,55% de Porto Alegre. Houve reajustes ou reduções tarifárias em três regiões: Brasília (-0,44%): redução de 0,63%, vigente desde 22 de outubro; Goiânia (0,45%): reajuste de 2,57%, válido desde 22 de outubro; e São Paulo (-0,21%): reajuste de 3,87% em uma das concessionárias, em vigor desde 23 de outubro. (2,28%). (Agência CanalEnergia – 06.11.2020)

Disparada do IGP-M eleva custo da dívida pública

Além do estrago que tem feito nos aluguéis, a disparada do IGP-M está impondo um custo maior na dívida pública. De janeiro a setembro deste ano, o gasto com encargos na parcela do endividamento bruto atrelado ao IGP-M dobrou em relação a igual período do ano passado, atingindo a marca de R$ 20 bilhões. O governo não emite mais a NTN-C (título em mercado atrelado ao IGP-M) desde 2006. Mas ainda faz algumas emissões diretas atreladas a esse índice no âmbito do Fies (financiamento estudantil). De qualquer forma, a parcela dos papéis ligados ao IGP-M na dívida bruta é pequena: 1,7%. Em setembro, só o estoque de NTN-C na dívida interna era de R$ 99 bilhões, com a maior parte (R$ 59 bilhões) vencendo só em 2031, e o restante, no ano que vem. (Valor Econômico – 09.11.2020)

 

IGP-DI comprova "um espalhamento da inflação" na cadeia produtiva, diz FGV

A inflação apurada pelos Índices Gerais de Preços (IGPs) foi, mais uma vez, impulsionada por commodities mais caras no atacado, com a aceleração do IGP-DI de 3,30% para 3,68% entre setembro e outubro. O desempenho levou a taxa em 12 meses do IGP-DI a subir de 19,02% para 22,12% no período - com a aceleração de 55,95% para 64,08% na taxa em 12 meses das matérias-primas brutas atacadistas. "Nunca antes a inflação de matérias-primas tinha ficado tão alta", afirmou André Braz, economista da FGV. Ele acrescentou ainda que a inflação em 12 meses de IGP-DI até outubro foi a maior desde julho de 2003 (24,14%). Para o especialista, o IGP-DI comprova que tem ocorrido "um espalhamento da inflação" na cadeia produtiva. "Esse espalhamento vai continuar e manter os IGPs altos até fim de 2020", afirmou ele. (Valor Econômico – 06.11.2020)

Brasil deve deixar o ranking das dez maiores economias do mundo em 2020

Sob efeito da pandemia, o País vai ser ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia, aponta levantamento de pesquisadores do Ibre/FGV.

O baque da pandemia do novo coronavírus deve deixar um saldo ainda mais cruel para a economia brasileira: ela pode deixar de figurar entre as dez maiores do mundo este ano, sendo ultrapassada por Canadá, Coreia do Sul e Rússia. 

Os dados são de um levantamento dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Marcel Balassiano e Claudio Considera, a partir de projeções feitas em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo antecipou o jornal Valor Econômico.

 De acordo com as projeções feitas em outubro pelo FMI para este ano, com a crise da covid-19 e seus impactos na economia mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil passaria de US$ 1,8 trilhão no ano passado para US$ 1,4 trilhão até o fim deste ano - o que levaria a economia brasileira a ser ultrapassada por canadenses, sul-coreanos e russos. 

A crise econômica provocada pela pandemia deve levar a maior parte do mundo a uma forte retração da atividade econômica este ano. No Brasil, os efeitos da covid-19 se somam ao desempenho do real, que foi uma das moedas que mais se desvalorizaram este ano. Do começo do ano até o fim do mês passado, o câmbio se desvalorizou 40% em relação ao patamar em que o dólar estava no fim de 2019.  

Os economistas ressaltam que, considerando a métrica do dólar, a economia brasileira passaria da nona maior do mundo ano passado para a 12.ª maior este ano. E essa queda é apenas mais um capítulo de um movimento de perdas que ocorreu nas últimas crises.

Eles lembram que, em 2011, o País era a sétima maior economia do mundo, posição que ocupou até 2014. Quando veio a recessão de 2015 e 2016, o Brasil perdeu duas posições nesse ranking, passando para o oitavo lugar em 2017 e para o nono, nos dois últimos anos.

Segundo Balassiano, a mudança de posição, do nono para o 12.º lugar no ranking se explica, principalmente, pela variação cambial, que por sua vez tem é um reflexo do aumento do risco Brasil, sobretudo por conta dos problemas fiscais que o País enfrenta.

"Isso deve acontecer, quando se considera o dólar corrente, muito mais pela forte desvalorização do real frente ao dólar do que pela queda da atividade econômica. Tanto que pela via do dólar por poder de compra, a mudança não é tão brusca", explica Balassiano.

Ele ressalta que o FMI projeta queda de 5,8% no PIB brasileiro este ano, retração que poderia ser maior se medidas de estímulo, como o auxílio emergencial dado aos brasileiros mais vulneráveis, não tivessem sido adotadas. "A queda do ranking das maiores economias, portanto, reflete os riscos locais do Brasil."

Quando se considera o dólar em paridade por poder de compra (PPC), o Brasil ocupava a sétima posição no começo da década e assim permaneceu, até 2016, até chegar ao décimo lugar em 2019. Pelas projeções do FMI, o País voltaria para a oitava posição este ano (O Estado de S.Paulo, 10/11/20)

 

Ibovespa segue bolsas globais e fecha em alta; dólar fecha a R$ 5,38

O Ibovespa fechou em alta de 2,57% aos 103.515 pontos na sessão desta segunda-feira (9) sustentado pelos papéis das companhias aéreas: as ações da Gol e da Azul subiram 19,94% e 18,43%, respectivamente, após o anúncio de que a vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech contra a Covid-19 demonstrou ter 90% de eficácia em imunização contra a doença.

A Pfizer e BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala. Elas esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos EUA neste mês. Um porta-voz da Pfizer afirmou à Reuters que o governo do presidente Jair Bolsonaro mantém negociações com a farmacêutica no Brasil para comprar a vacina experimental contra a Covid-19 da companhia e incluí-la no Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

O dólar fechou em leve queda contra o real, com recuo de 0,08% e negociado a R$ 5,38 na venda. No ponto mais baixo durante o dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 5,22.

No Brasil, a pauta fiscal continuava no radar dos investidores, em meio a temores de que o governo possa furar seu teto de gastos ao tentar conciliar um Orçamento apertado para o ano que vem com o financiamento de um novo programa de assistência social. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou hoje que o Congresso não deve votar o Orçamento de 2021 ainda este ano, o que pode afetar a nota do Brasil nas agências de classificação de risco.

Otávio Aidar, estrategista-chefe e gestor de moedas da Infinity Asset, disse à Reuters que a notícia também colaborou para uma recuperação no dólar nesta segunda-feira em relação às mínimas do dia.

No exterior, as ações europeias fecharam em máxima de oito meses, com destaque para o CAC-40, de Paris, que subiu 7,57% no dia. Do outro lado do oceano, os principais índices de Wall Street também fecharam no azul: o Dow Jones avançou 2,95% e o S&P 500 teve alta de 1,17% no pregão. Além das notícias positivas para uma vacina, o bom humor do mercado foi sustentado pela vitória de Joe Biden na corrida pela Casa Branca, diminuindo o ambiente de incertezas políticas, apesar do presidente Donald Trump não reconhecer a derrota e avançar na batalha judicial para reverter o resultado das urnas.

Para Luís Felipe Amaral, fundador e gestor de fundos da Equitas, a judicialização do processo eleitoral nos EUA, no entanto, não deve ter grande impacto sobre o mercado de ações.”Os EUA é um país que tem uma governança muito bem estabelecida, com mais de 230 anos de Constituição e o mercado entende isso. Independente dos ruídos políticos de curto prazo – e da resposta do mercado a isso -, o investidor que se propõe a fazer investimentos em ações não deveria olhar para os eventos de curto prazo, que são difíceis de serem previstos e não têm grande impacto no resultado em longo prazo. O investidor deve olhar para o resultado das companhias, para a geração de retorno para os seus acionistas e isso eu acredito que pouco se altera com esses ruídos”, avalia.

Na contramão dos indicadores, o Nasdaq Composite fechou em queda, pressionado pelas ações do Zoom que recuaram 16% no dia após a companhia fechar um acordo com autoridades dos EUA. A empresa alegava ter um nível de segurança que, na prática, não era oferecido aos usuários da plataforma (Reuters, 9/11/20)

 

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