CMSE anuncia flexibilização de restrições de UHEs
Mesmo utilizando todo o parque termelétrico disponível e a importação de energia da Argentina e do Uruguai, o Brasil precisará adotar medidas adicionais para preservar os reservatórios das UHE e garantir o abastecimento de energia em dezembro. Essas medidas foram discutidas na última sexta-feira (27), em reunião extraordinária do CMSE, que anunciou a flexibilização de restrições hidráulicas de Itaipu e a intenção de flexibilizar a operação das UHEs da bacia do São Francisco, de Ilha Solteira, Três Irmãos e da bacia do rio Tietê. O CMSE também apresentou como proposta adicional a geração de usinas termelétricas a gás natural liquefeito que, ordinariamente, são despachadas com antecedência. As medidas são consequência do agravamento da situação dos reservatórios diante do volume de chuvas, que têm se mantido na média ou abaixo dos valores médios históricos nas principais bacias de interesse do SIN, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais. Na reunião de sexta, o ONS apontou afluências críticas nas bacias dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul e no resto do SIN, “resultando na continuidade da degradação dos armazenamentos de importantes usinas hidrelétricas no País.” (Agência CanalEnergia – 30.11.2020)
Transformadores da Eletronorte para o AP estão livre de anuência prévia da Aneel
A Aneel aprovou na última sexta-feira (27/11) em reunião extraordinária a dispensa de anuência prévia a transferência onerosa de transformadores de energia da Eletronorte, das subestações Boa Vista e Vila do Conde, para instalações de transmissão da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), no Amapá. A medida foi tomada dentro do pacote de ações para restabelecimento e manutenção do fornecimento de energia até a recuperação da Subestação Macapá, e foi definida pelo gabinete de crise formado para solucionar o problema, iniciado há quase um mês, por causa de um incêndio que danificou dois dos três transformadores. (Brasil Energia - 30.11.2020)
Aneel inicia fase final de entrevistas em peer review com OCDE
Foi iniciada nesta segunda-feira (30/11) a fase mais importante do projeto de Peer Review da ANEEL na OCDE: as entrevistas realizadas pelos pares (Peers) internacionais. O lançamento da nova etapa contou com a participação do diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, e dos diretores da Agência, Elisa Bastos, Efrain Cruz e Hélvio Guerra. Na ocasião, a diretoria realizou um encontro de boas-vindas com a equipe sênior da OCDE responsável pela condução do projeto e com três especialistas em regulação internacionais da Alemanha, Canadá e Suécia. “A ANEEL é uma agência de vanguarda, que está com o olhar sempre atento e alinhado às melhores práticas internacionais. Dessa forma, posso dizer que a ANEEL tem grande expectativa com o Peer Review da OCDE, sempre com o objetivo de aprimorar e tornar mais robusto ainda o nosso processo de regulação”, destacou o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone. (Aneel – 30.11.2020)
Aneel estabelece montantes referentes à Itaipu e às usinas Angra 1 e 2
A Aneel estabeleceu os montantes de potência contratada e de energia elétrica referentes à UHE Itaipu para o ano de 2021 e os valores correspondentes às cotas-partes a serem considerados no rateio de potência e de energia para o ano de 2028. A agência ainda estabeleceu as cotas-partes referentes à energia proveniente das usinas Angra 1 e Angra 2 para o ano de 2028 e os montantes de energia a serem alocados às distribuidoras do SIN em 2021. (Diário Oficial - 01.12.2020)
Artigo de Desire Tamberlini, especialista em Direito de Energia, fala sobre o futuro do setor elétrico com as novas diretrizes
Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Desire Tamberlini, especialista em Direito de Energia e sócia do escritório Urbano Vitalino, trata do futuro do SEB com as novas leis e diretrizes. Segundo os autores “Após diversos passos dados no Setor Elétrico Brasileiro nos últimos anos, estamos diante de uma eminente importante etapa, especialmente em virtude da aguardada aprovação do substitutivo ao Projeto de Lei do Senado PLS nº 232/2016 (“PLS”), em trâmite no Congresso Nacional, que prevê a chamada modernização do setor elétrico.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 01.12.2020)
Celesc trabalha para reduzir perdas não técnicas
Apesar de ainda acima do limite regulatório, a Celesc vem atuando para reduzir as suas perdas não técnicas. Em teleconferência de resultados nesta segunda-feira, 3 de novembro, a diretora de Finanças e Relações com Investidores, Claudine Furtado Anchite, revelou que a distribuidora vem tomando medidas para melhorar os resultados. Identificação de casos de fraude, revisão de metas de fiscalização e a implantação de sistemas antifurto são as principais medidas adotadas desde o ano passado. “É um trabalho de formiga, de médio prazo, mas que vem surtindo efeito”, explica. (Agência CanalEnergia – 30.11.2020)
Amapá: transformador, apontado em laudo de 2019, não operava na noite do blecaute
A concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), responsável pela rede elétrica de alta tensão que entrou em colapso no dia 3 de novembro provocando um blecaute de 21 dias no Amapá, enviou nesta segunda-feira (30) um posicionamento adicional para informar que o vazamento de óleo apontado em laudo técnico “se refere ao equipamento TR02 [transformador], que estava em manutenção e, portanto, não operava no dia do acidente”. A transmissora do Amapá, que já havia se manifestado anteriormente sobre o teor do relatório, buscou esclarecer com o novo posicionamento que o equipamento com defeito não era mais utilizado. Técnicos consultados pela reportagem informaram que o vazamento de óleo ocorre por problemas na “bucha”, que retém o fluído responsável por conter o aumento excessivo da temperatura. (Valor Econômico – 30.11.2020)
Consumo de energia elétrica no Brasil em outubro de 2020 apresentou avanço de 3,5%
O consumo de energia elétrica no Brasil em outubro de 2020 totalizou 42.426 GWh, representando avanço de 3,5% em relação ao mesmo mês de 2019. Trata-se do terceiro avanço consecutivo em 2020, com a maior taxa mensal, desde fevereiro de 2019, e maior consumo total mensal da série histórica, iniciada em 2004. Já o consumo acumulado em 12 meses alcançou 473.774 GWh, demonstrando uma variação negativa de 1,2%, entretanto uma queda mais suave do que a anotada em setembro. Pelo quarto mês consecutivo a classe residencial (+9,3%) tem crescimento elevado e segue puxando a demanda nacional de eletricidade em outubro, acompanhada pela classe industrial (+4,9%). Enquanto as residências registraram o maior consumo da série histórica e a maior taxa de variação em relação ao mesmo mês do ano anterior, desde fevereiro de 2014, as indústrias apresentaram o maior consumo em outubro desde 2013, com avanço disseminado em todas as regiões do país e destaque para os segmentos metalúrgico e fabricação de produtos minerais não metálicos. (EPE – 30.11.2020)
Brasil tem potencial para armazenar 1,22 bilhão de m³ de gás natural
A estocagem de gás natural é um dos desafios para o desenvolvimento de um mercado aberto no Brasil nos próximos anos. A infraestrutura de armazenagem será estratégica para equilibrar oferta e demanda, especialmente no mercado termelétrico, e garantir mais segurança ao abastecimento. Hoje, esse papel é desempenhado, de forma limitada, pela importação de GNL. Mas o crescimento da produção vai exigir uma nova alternativa. E o caminho mais rápido para a construção dessa infraestrutura é o uso de campos terrestres depletados para armazenagem subterrânea de gás. Um estudo realizado pela EPE para o Reate 2020 aponta um potencial mapeado para armazenagem subterrânea de 1,22 bilhão de m³ de gás natural útil no país, em campos depletados. Ao todo, o levantamento analisou 64 campos devolvidos ou em devolução para a ANP. A análise considerou o volume de gás produzido durante a sua vida útil e a proximidade com a infraestrutura de transporte. (Agência Brasil Energia – 28.11.2020)
Petrobras prevê levantar até US$ 35 bilhões com venda de ativos até 2025
A Petrobras prevê desinvestimentos de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões no período de 2021 a 2025, versus uma faixa de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões no plano de negócios anterior, de acordo com apresentação divulgada nesta segunda-feira (30). Entre os ativos incluídos no programa de desinvestimentos, destacam-se 8 refinarias, fatias na petroquímica Braskem, BR Distribuidora, na distribuidora de gás Gaspetro e térmicas, destaca a reuters. Também estão incluídos no programa de alienação ativos de produção em terra e águas rasas, além do polo Albacora, Albacora Leste, Frade e 50% no polo Marlim. (G1 – 30.11.2020)
FGV: IPC-S avança para 0,94% no encerramento de novembro
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve nova aceleração, a terceira seguida, para 0,94% no encerramento de novembro, vindo de 0,77% na medição imediatamente anterior, informou a FGV nesta terça-feira (01). Com esse resultado, o indicador acumula alta de 4,06% no ano e de 4,86% nos últimos 12 meses. Nessa apuração, das oito classes de despesa componentes do índice, a maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (1,79% da terceira prévia para 3% na leitura final de novembro). Nessa classe de despesa, a FGV destaca o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de 14,07% para 24,19% de aumento. (Valor Econômico – 01.12.2020)
FGV: Confiança empresarial cai 1,5 ponto em novembro, para 95,6
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da FGV recuou 1,5 ponto em novembro, para 95,6. Em médias móveis trimestrais, o indicador manteve-se em ligeira alta, de 0,3 ponto no mês. ”A confiança empresarial seguiu em novembro a tendência de queda esboçada no mês anterior, refletindo a revisão de expectativas motivada pelo aumento da incerteza em relação aos rumos da crise sanitária e da economia nos próximos meses. A redução da confiança ocorre em todos os setores, exceto a Indústria, que manteve a tendência ascendente no mês e segue numa fase favorável. No extremo oposto, a confiança do setor de serviços recuou em novembro a 85 pontos, nível muito baixo em termos históricos. Ao que parece, enquanto não surgir uma solução definitiva como seria o caso de uma bem-sucedida vacinação em massa, a economia seguirá em risco de desaceleração e com comportamentos muito heterogêneos entre os setores”, diz Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas da FGV, em comentário no relatório. (Valor Econômico – 01.12.2020)
Ibovespa sobe 2% e dólar a R$ 5,3088 derrete no primeiro pregão de dezembro
O Ibovespa disparou 2,3% e fechou aos 111.399 pontos no pregão de hoje (1º), depois de fazer uma leve pausa na sessão anterior para realização de lucros. Mais uma vez, o movimento positivo foi impulsionado pelas perspectivas otimistas vindas do exterior: os EUA e a Europa devem iniciar a distribuição de vacinas contra a covid-19 antes do Natal e o presidente eleito nos EUA, Joe Biden, prometeu hoje mais estímulos econômicos às empresas e famílias norte-americanas.
As notícias domésticas também contribuíram para o rally da Bolsa. Na tarde de hoje, o senador e presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou que irá incluir a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 na pauta da sessão conjunta no dia 16, o que sinaliza algum direcionamento para o Orçamento do próximo ano.
A demanda por ativos de risco global fez o dólar derreter 2,21% na sessão de hoje e fechar negociado a R$ 5,22, o menor patamar para a divisa desde julho. A cotação do dólar terminou o dia abaixo da média móvel de 200 dias (R$ 5,3088), rompendo um importante suporte pela primeira vez em 16 meses. O movimento, segundo analistas ouvidos pela agência Reuters, reatrolimentou as vendas na moeda norte-americana, favorecendo a liderança do real entre as principais divisas globais.
No exterior, os benchmarks de Wall Street, S&P 500 e o Nasdaq Composite, bateram novos recordes, fechando em alta de 1,13% e 1,28% no dia. No ano, os índices acumulam ganhos de 13% e 38%, respectivamente. O Dow Jones, que recentemente atingiu o patamar histórico dos 30 mil pontos, encerrou a sessão de hoje com valorização de 0,63%.
Além da continuidade do rally das vacinas, o movimento altista em Nova York teve ainda como ingrediente novas sinalizações de que estímulos econômicos devem ser vistos em breve. Ao apresentar seu time econômico nesta tarde, Biden apelou ao Congresso que aprove um pacote de alívio ao coronavírus e prometeu mais ações para reativar a economia depois que assumir o cargo no mês que vem. O presidente eleito disse que, qualquer pacote aprovado pelo Congresso antes de ele assumir, em 20 de janeiro, será “apenas o começo”.
Também hoje, um grupo bipartidário de parlamentares norte-americanos divulgou um projeto de lei de alívio econômico no valor de US$ 908 bilhões, com o objetivo de romper um impasse de meses entre democratas e republicanos sobre um novo auxílio emergencial para pequenas empresas, desempregados, companhias aéreas e outras indústrias duramente afetadas pela pandemia (Reuters, 1/12/20)