Notícias do setor
04/02/2021
Notícias do Setor

Altas temperaturas podem fazer a bandeira tarifaria vermelha ser acionada já no mês de março

As altas temperaturas no país podem fazer a bandeira vermelha, que baliza as tarifas elétricas, ser desfraldada já em março. A bandeira tarifária pode resultar na cobrança de um valor extra na conta de luz dos consumidores brasileiros. Este mês, no entanto, ela vai continuar amarela. Com isso, os usuários ainda vão pagar um valor adicional de R$ 1,343 para cada 100kWh consumidos no mês. Para a Aneel este é um mês típico do período úmido nas principais bacias do SIN. O risco é que a falta de chuvas cria problemas para os principais reservatórios de usinas hidrelétricas, que estão apresentando uma lenta recuperação. É pouca chuva e a tendência é que este padrão siga este roteiro, inferior a média histórica. E isso não é nada bom. (Petronotícias – 01.02.2021)

Grande devedor no GSF quitará sua dívida na próxima liquidação do MCP

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica espera anunciar na próxima semana, na liquidação financeira das operações do mercado de curto prazo referentes a dezembro, novos acordos de quitação dos débitos do GSF. Um deles com outro grande devedor, que estava entre os seis maiores em valores aberto, assim como o ocorrido com a AES Brasil no mês passado. O pagamento comentou o executivo é de um grande dos que somavam 70% do que estava em aberto. (Agência CanalEnergia – 01.02.2021)

Audiência virtual debaterá aprimoramento do Programa de P&D da ANEEL

A Aneel promoverá, na próxima quinta-feira (4/2), às 9h30, a Audiência Pública virtual nº 011/2020 para debater a proposta de aprimoramento do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento regulado pela Agência. A proposta, vinculada à Consulta Pública nº 074/2020, busca aprimorar o Programa de P&D para impulsionar a pesquisa nacional, obter resultados de aplicação prática com foco na criação e no aperfeiçoamento de produtos, processos, metodologias e técnicas, além de estimular os distintos atores públicos e privados e transformar os resultados das pesquisas em inovação tecnológica. (Aneel – 01.02.2021)

 

Aneel discute reequilíbrio de contratos de distribuidoras

Em poucas horas, deputados e senadores vão decidir quem serão os novos presidentes da Casa. Os vitoriosos vão assumir os postos na quarta-feira (3). No setor de energia, o primeiro desafio será destravar a votação da MP 998 no Senado. O MME tenta viabilizar a votação, mas o prazo é curto: a medida perde validade na próxima semana, no dia 9. Outro tema que está no radar é a Lei do Gás. O texto foi aprovado pelo Senado com alterações e, por isso, voltou para análise dos deputados. O relator, Laércio Oliveira (PP-SE), apresentou relatório em dezembro, recusando todas as mudanças feitas pelos senadores. (Broadcast Energia - 01.02.2021)

Artigo de Paulo Toledo (Ecom Energia) sobre implementação do PLD horário

Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Paulo Toledo analisa os impactos da implantação do PLD horário no mercado livre em seus primeiros 30 dias. O autor nota o aumento do valor do PLD em comparação ao previsto pelo Decomp e o maior descolamento de preços entre submercados. Ele conclui que esse primeiro mês mostra que, apesar de refletir melhor a relação custo de operação versus preço, o PLD horário também trará mais volatilidade na formação de preço no mercado. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.02.2021)

Artigo de Umberto de Oliveira (IBDE) sobre gratuidade do uso das faixas de domínio por concessionárias

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Umberto Lucas de Oliveira Filho, membro associado do Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE), sobre reconhecimento da gratuidade do uso das faixas de domínio de rodovias pelas concessionárias de energia elétrica, para passagem de linhas de transmissão e distribuição. O autor afirma, “ é importante enfatizar mais uma vez que nos contratos de concessão, firmados pela União com diversas distribuidoras de energia, há deferimento de prerrogativas às concessionárias, dentre as quais a de utilizar, durante o prazo de concessão e sem ônus, os terrenos de domínio público, estabelecendo sobre eles estradas, vias ou caminhos de acesso e as servidões que se tornarem necessários à exploração dos serviços concedidos, com sujeição aos regulamentos administrativos”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.02.2021)

Neoenergia lança aplicativo que oferece serviço de religação de energia

A Neoenergia lançou um novo aplicativo através da concessionária Elektro, que atende 223 municípios de São Paulo e cinco do Mato Grosso do Sul. A inovação privilegia a usabilidade do cliente, o que facilita o acesso aos serviços e informações, além de contar com ações inéditas. A expectativa é que a inovação chegue às demais concessionárias da companhia – Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN) – no 2º semestre de 2021, ampliando ainda mais a presença dos serviços digitais entre os clientes. (Agência CanalEnergia – 01.02.2021)

Nível dos reservatórios de Sudeste e Centro-Oeste em janeiro é o menor desde 2015

O volume de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste ao final de janeiro foi o mais baixo para o mês desde 2015, apontam dados do ONS. No domingo (31), os reservatórios dessas hidrelétricas, responsáveis por mais da metade da energia produzida no país, registravam armazenamento médio de 23,24%. Ao final de janeiro de 2015, o volume médio nessas represas estava em 17,04% — a quantidade de água que chegou aos reservatórios das hidrelétricas das duas regiões foi a menor para o mês em 85 anos. Procurado, o ONS informou que não há risco de faltar energia no Brasil em 2021. Já o secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp, disse que desde o ano passado estão sendo adotadas medidas para garantir a segurança energética do país e permitir a retomada do crescimento econômico após a crise gerada pela pandemia. (G1 – 02.02.2021)

Ford fecha parceria com o Google para acelerar transformação

A Ford anunciou uma parceria global com o Google. Segundo a montadora, o objetivo é acelerar sua transformação digital e "reinventar a experiência de veículos conectados". Jim Farley, presidente e CEO da Ford afirma que, enquanto a marca promove a transformação mais profunda de sua história com eletrificação, conectividade e direção autônoma, o Google e a Ford juntos estabelecem uma potência de inovação capaz modernizar ainda mais seus negócios. Várias montadoras anunciaram nos últimos meses parcerias estratégicas com companhias de tecnologia para darem conta do desenvolvimento de VEs e principalmente os autônomos. Entre essas parcerias estão a da GM e Microsoft e da Geely com a Baidu. A Hyundai também pode anunciar em breve parceria com a Apple para desenvolvimento de veículos autônomos. (O Estado de São Paulo – 01.02.2021)

Tesla: US $ 1,2 bi em subsídios alemães

A Tesla deve receber pelo menos 1 bilhão de euros em financiamento público da Alemanha para a instalação de uma fábrica de células de bateria perto de Berlim, informou o Business Insider. O site de notícias citou que a empresa obteria subsídios do governo federal e do estado regional de Brandenburg, onde a montadora está construindo a fábrica de carros e baterias. Uma porta-voz do Ministério da Economia da Alemanha disse que ainda não estava claro quanto apoio federal Tesla receberia. O ministério informou na semana passada que Berlim havia disponibilizado esse primeiro montante para a aliança inicial de produção de baterias e planejava apoiar um segundo projeto com outros 1,6 bilhão de euros. Espera-se que o governo federal financie a maior parte dos subsídios, com Brandenburg provavelmente contribuindo com menos de 10%. (Automotive News Europe – 01.02.2021)

 

Inteligência Artificial e Machine Learning para eliminar “gatos” na rede

Denominadas perdas não técnicas e popularmente conhecidas como “gatos”, as fraudes geram enormes prejuízos para o setor elétrico. O primeiro ponto para o combate às fraudes é identificar onde elas ocorrem. Atualmente, medidores inteligentes já estão disponíveis no Brasil para essa tarefa, incorporando os conceitos de Inteligência Artificial e Machine Learning. Com a experiência acumulada em projetos como os da Amazonas Energia e da CPFL Energia, o sistema desenvolvido pela Siemens já abrange mais de 80 algoritmos, que interpretam diferentes variações da rede como eventuais fraudes. A tendência é que a solução se aprimore com a inclusão de novas identificações conforme a leitura dos dados vai aumentando com o tempo. (Agência CanalEnergia – 01.02.2021)

Tesouro diz que não é preciso engessar ainda mais o Orçamento para cumprir práticas sustentáveis

Uma das preocupações do Tesouro Nacional ao decidir pavimentar o caminho para uma emissão de títulos ligados à pauta ESG (sigla em inglês para fatores ambientais, sociais e de governança) é a já excessiva vinculação de recursos do Orçamento. Mais de 90% das despesas do governo federal são obrigatórias, ou seja, não podem ser remanejadas livremente pelo governo. Para contornar o problema, técnicos se debruçam sobre o imenso rol de despesas obrigatórias para identificar quais se enquadram nas temáticas ESG. A ideia é descobrir quais políticas já em andamento podem ganhar o selo especial, sem necessidade de criar “compartimentos” de despesa pública que dificultem ainda mais a gestão fiscal. (O Estado de São Paulo – 01.02.2021)

Chinesa Spic formaliza entrada em Porto do Açu

A Spic Brasil, subsidiária da chinesa State Power Investment Corporation, concluiu o acordo com a Prumo, Siemens e a BP, para entrar como sócia no complexo termelétrico do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O negócio marca a estreia da estatal asiática na geração a gás natural no Brasil. A empresa tem planos para aumentar em 3 GW a sua capacidade instalada no país até 2024 e vai em busca de novas oportunidades em gás e renováveis. Já a Prumo, controlada pelo fundo EIG, comemora a chegada de mais um parceiro com quem dividir investimentos nas obras da segunda usina do porto e nos leilões de energia. Com a transação, a Spic assume 33% das usinas GNA I (1,3 GW), já construída e que começa a operar comercialmente em junho, e GNA II (1,7 GW), cujo início das obras deve ocorrer no segundo semestre. Além disso, o acordo também prevê a opção para que a chinesa participe dos futuros projetos GNA III e GNA IV, que somam mais 3,4 GW, e dos gasodutos e da unidade de processamento de gás do Açu. Todo esse complexo, incluindo as térmicas e a infraestrutura de gás, vai demandar US$ 5 bilhões. (Valor Econômico – 01.02.2021)

Balança comercial brasileira tem déficit de US$ 1,125 bi em janeiro

A balança comercial brasileira registrou um déficit comercial de US$ 1,125 bilhão em janeiro, queda de 56,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (01) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do ME. As exportações somaram US$ 14,808 bilhões no primeiro mês de 2021. Pela média diária, houve aumento de 12,4% perante o desempenho do mesmo mês do calendário anterior. Já as importações alcançaram US$ 15,933 bilhões e tiveram alta, também pela média diária, de 8,3% em relação a janeiro de 2020. A secretaria espera que a balança comercial registre em 2021 um superávit de US$ 53 bilhões, resultado de US$ 168,1 bilhões em exportações e US$ 221,1 bilhões em importações. (Valor Econômico – 01.02.2021)

Ipea: Fim do benefício emergencial e 2ª onda de covid devem frear investimento

O fim do auxílio emergencial e a segunda onda da pandemia tendem a frear o investimento na economia brasileira nos primeiros meses de 2021, quando as taxas de FBCF devem se acomodar ante os avanços dos cinco meses até novembro. A previsão é do Ipea. Segundo o Ipea, a FBCF avançou 3,1% em novembro ante o mês anterior, quando já se notavam sinais de acomodação - a alta em outubro foi de 0,1%. Ainda assim, o trimestre até novembro viu expansão de 6,3%. O consumo aparente de máquinas e equipamentos, de maior peso no indicador, cresceu 7,7% em novembro ante outubro, encerrando o trimestre móvel com alta de 14%. No desagregado, a produção nacional de máquinas e equipamentos cresceu 10,9% e a importação subiu 20,1% em novembro. (Valor Econômico – 02.02.2021)

 

IBGE: produção industrial cai 4,5% em 2020 ante 2019, pior desempenho desde 2016

A produção da indústria brasileira recuou 4,5% em 2020 frente a 2019, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (02) pelo IBGE. É o segundo ano seguido de perda – em 2019 o indicador havia recuado 1,1% - e a maior queda desde 2016 (-6,4%). Em dezembro, o indicador teve alta de 0,9%, a oitava variação positiva frente ao mês anterior. Com a expansão de dezembro, a indústria acumula alta de 41,8% em oito meses e elimina a perda de 27,1% em março e abril. Assim, a indústria está 3,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. O nível de produção atual, no entanto, ainda está 13,2% abaixo do seu recorde (alcançado em maio de 2011). (Valor Econômico – 02.02.2021)

Ibovespa fecha em alta e dólar vai a R$ 5,37

O Ibovespa fechou o terceiro dia consecutivo em alta, subindo 1,26% aos 119.724 pontos, superando a marca dos 120 mil pontos no melhor momento da sessão, em movimento puxado pela alta das ações da Vale e respaldado pela expectativa de avanço na agenda de reformas e pelo viés positivo em Wall Street, onde a menor volatilidade abre espaço para recuperação dos índices.

O mercado norte-americano encontra suporte ainda nos resultados do quarto trimestre de 2020, em geral acima do esperado pelos analistas, enquanto no cenário político avançam as negociações para o novo pacote de estímulo à economia do presidente Joe Biden.

“Senadores democratas aprovaram ontem a abertura do debate sobre uma resolução orçamentária para o ano fiscal de 2021, o que acelera o processo de análise do pacote, e permite que ele seja aprovado por maioria simples, ao invés dos 60 votos geralmente requeridos. Vale lembrar que o presidente Joe Biden se encontrou com dez senadores republicanos na segunda-feira para discutir a possibilidade de reduzir sua proposta, atualmente em US$ 1,9 trilhão”, comenta a estrategista-chefe da Rico, Betina Roxo.

O Dow Jones terminou o dia em alta de 0,12% aos 30.723 pontos, o S&P 500 ganhou 0,10% aos 3.830 pontos e o Nasdaq registrou variação negativa de 0,02% aos 13.610 pontos, em levíssima correção após os ganhos robustos dos últimos dias.

No cenário político doméstico, os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comprometeram-se hoje a avaliar uma forma de retomar o auxílio emergencial, desde que respeitando o teto de gastos. Entre as prioridades apresentadas pelas lideranças no Congresso estão ainda as reformas tributária, administrativa, e as proposta de emenda à Constituição (PECs) do pacto federativo e a dos fundos públicos. Segundo Betina, as declarações diminuem o ambiente de incertezas e colaboraram para o desempenho do Ibovespa na sessão.

Também sob os holofotes está temporada de balanços no Brasil, que ganha fôlego na próxima semana, quando estão previstos os dados de BTG Pactual, TIM, Klabin, Suzano, Totvs, Banco do Brasil, Cosan, Lojas Renner, Engie, entre outros resultados.

Já o dólar fechou em leve alta ante o real nesta quarta-feira, avançando 0,30% a R$ 5,37 na venda. A sessão foi marcada por ganhos e perdas ao longo do dia, com um tom mais cauteloso nos mercados globais na parte da tarde estimulando compras depois de dois dias de quedas na moeda norte-americana.

De acordo com analistas do DailyForex consultados pela agência Reuters, o mercado de câmbio no Brasil está lateralizado, com a cotação em torno de R$ 5,35 atraindo compras, que seriam desfeitas com a moeda se aproximando da faixa entre R$ 5,38 e R$ 5,40.

Dados do Banco Central divulgados hoje relevam que o Brasil registrou em janeiro entrada líquida de quase US$ 2,8 bilhões em fluxo de câmbio contratado, o melhor resultado para o mês em três anos e puxado pela conta financeira, em que são contabilizados investimentos em portfólio e empréstimos, por exemplo. A conta comercial (câmbio contratado para exportação menos importação) mostrou déficit de US$ 825 milhões.

O Brasil fechou 2020 com saída líquida de quase US$ 28 bilhões pelo câmbio contratado, o segundo pior resultado da história e o terceiro ano consecutivo de perda de recursos (Reuters, 3/2/21))

 

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