Senado aprova MP do setor elétrico
O Senado aprovou nesta quinta-feira (4) a MP que trata de mudanças no setor elétrico, remanejando recursos para a redução do valor das tarifas para consumidores, principalmente os moradores das regiões Norte do país. O texto também estabelece um limite para os subsídios destinados a fontes de energia renováveis - como as energias solares e eólicas - e abre caminho para a conclusão do projeto da usina nuclear Angra 3. O texto da medida provisória trata prevê repasses de recursos para a chamada CDE. Segundo a medida provisória aprovada, recursos que as empresas de energia deveriam investir em pesquisa, investimento e inovação devem agora ser destinados para a CDE, com o intuito de reduzir as tarifas para os consumidores. (Valor Econômico – 05.02.2021)
STF suspende decisão da Justiça de Alagoas que proibia distribuidora de cortar luz na pandemia
O presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu os efeitos de uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas que proibia a distribuidora Equatorial Alagoas de realizar cortes de energia por inadimplência durante a pandemia do novo coronavírus. Na decisão, que foi tomada na segunda-feira (1), mas só se tornou pública na noite de ontem, Fux afirmou que o Judiciário não pode ignorar normas de agências reguladoras, sob pena de extrapolar seu papel e substituir gestores responsáveis pela elaboração de políticas públicas. (Broadcast Energia - 04.02.2021)
Artigo de Luiz Fernando Leone Vianna sobre a MP 998
Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Luiz Fernando Leone Vianna, que é CEO da Delta Energia Asset Management, no artigo ele trata sobre os benefícios que a aprovação da MP 998, trata para o setor elétrico de forma geral para o consumidor. Segundo o autor “Se convertida em lei (e, como vimos, precisa ser, com urgência), a MP 998 garantirá que todos os consumidores do País sejam contemplados pelas medidas de alívio tarifários, de forma perene, com custos menores. A redução tarifária será significativa em estados da região Norte em 2021, e, não fossem as suas diretrizes, Roraima e Amazonas teriam tido aumento tarifário expressivos em 2000.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.02.2021)
Artigo de Paulo Sehn (ABIAPE) sobre preços horários e a valoração de Potência e Flexibilidade
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Paulo Sehn, diretor de Energia na Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (ABIAPE), fala sobre a entrada do modelo Dessem no cálculo do PLD e os benefícios do preço acompanhar a carga do SIN. O autor afirma que “o desafio de precificar a potência é justamente a necessidade de identificar o custo da escassez de geração no período de maior demanda. Com preços estabelecidos semanalmente, em três patamares de carga, era difícil. No Dessem, onde se considera a carga líquida horária e restrições de unit commitement de usinas, torna-se possível precificar a escassez de geração no instante de maior carga, bem como distinguir quais usinas estão aptas a fornecer potência quando necessário. Ainda, vale reconhecer a disposição do consumidor em responder ao preço, o que também reduz o requisito Potência e pode ser alcançado com a efetivação da resposta da demanda.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.02.2021)
Juiz rejeita argumento e encerra ação contra Eletrobras nos EUA
O Juiz Distrital dos Estados Unidos, Jesse M. Furman, rejeitou todas as reivindicações feitas contra a Eletrobras e seus diretores em uma ação judicial movida contra a companhia pela Eagle Equity Funds, LLC e outros. Tal decisão extingue o processo e impede que os autores intentem novamente ação semelhante em tribunais federais norte americanos. Segundo as regras da Justiça daquele país, os autores podem optar por recorrer da decisão e/ou buscar uma medida pós-julgamento junto ao Tribunal Distrital. (Agência CanalEnergia – 04.02.2021)
Ataques cibernéticos aumentam no setor elétrico, mas risco para usina nuclear é baixo
O cyber ataque sofrido pelo setor administrativo da Eletronuclear não coloca em risco a operação das duas usinas nucleares em funcionamento no Brasil - Angra 1 e Angra 2 -, já que a parte operacional é totalmente separada da administração e está fora de qualquer conexão com a internet. "Os ataques às empresas do setor elétrico estão crescendo tanto, que isso está indicando o surgimento de uma pandemia cibernética, e o governo precisa tomar iniciativas contra essa pandemia. Seja a nível regulatório, orientando as empresas a terem protocolos de segurança, olhando a experiência internacional", diz o coordenador geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro. (Broadcast Energia - 04.02.2021)
Enel vê EBITDA de 2020 inalterado, receita com queda de 19,1%
A gigante italiana de energia Enel SpA (BIT: ENEL) divulgou na quinta-feira resultados preliminares para 2020, mostrando que, em EUR 17,9 bilhões (US $ 21,4 bilhões), o EBITDA normal permaneceu inalterado em comparação com o mesmo período do ano anterior. A salvadora foi a Enel Green Power, que aumentou os lucros devido a maiores produções hidrelétricas na Itália e nova capacidade na Espanha e América do Norte, e a geração termelétrica da Enel e negócios comerciais. (Renewables Now – 05.02.2021)
Nova meta de eficiência operacional preocupa distribuidoras de energia
A revisão metodológica dos custos operacionais das distribuidoras de energia para o próximo ciclo de revisão tarifária, em curso na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vem preocupando as empresas do setor. O tema é extremamente sensível, visto que é a variável de maior incentivo para a melhoria dos serviços prestados pelas concessionárias e influência no volume de investimentos a serem executados para o atingimento das metas. As novas regras, atualmente em discussão, devem ser aplicadas a partir deste ano e podem pressionar a rentabilidade das concessionárias, ao exigir novos níveis de eficiência. (Broadcast Energia - 04.02.2021)
CCEE: Consumo de eletricidade aponta alta de 1,4% em janeiro de 2021
O consumo nacional de eletricidade atingiu 66.261 megawatts médios (MWméd) em janeiro deste ano, crescimento de 1,4% na comparação com igual período de 2020, informou a CCEE em boletim com dados preliminares, divulgado na noite de quarta-feira (3). Em dezembro, o consumo somou 66.191 MW médios. O consumo consolidado no SIN vem se recuperando desde julho 2020, com maiores altas registradas em setembro (4%) e dezembro (4,8%). O mercado livre, ambiente de livre negociação de preços e fornecedores de energia, consumiu 21.160 MW médios em janeiro deste ano, alta de 9,1% - mantendo a trajetória de crescimento iniciada em agosto de 2020. Em dezembro de 2020, o consumo deste mercado registrou 19.401 MW médios. (Broadcast Energia - 04.02.2021)
CMSE mantém despacho fora da ordem de mérito
O CMSE manteve a diretriz de adoção das medidas excepcionais para o atendimento à carga para a menor degradação dos armazenamentos dos reservatórios equivalentes das usinas hidrelétricas e manutenção da governabilidade das cascatas hidráulicas. Essa decisão segue o que foi deliberado na última reunião ocorrida no dia 6 de janeiro de 2021 e que limita o despacho fora da ordem de mérito em até 16.500 MW médios. A deliberação ocorreu na reunião realizada em Brasília, na última quarta-feira, 3 de fevereiro. A manutenção deve-se aos níveis atuais de armazenamentos nos reservatórios equivalente, que permanecem baixos. O destaque está com o Sudeste/Centro-Oeste, que finalizou o mês de janeiro com 23,2%, menor valor desde 2015. (Agência CanalEnergia – 04.02.2021)
Níveis de reservatórios pelo Brasil
O armazenamento das hidrelétricas do Nordeste junto ao SIN reduziu em 0,1 ponto percentual na última quarta-feira, 3 de fevereiro, em relação ao dia anterior, e se encontra em 52,1%, informa o boletim do ONS. A energia armazenada é de 26.875 MW mês e ENA de 6.190 MW med, valor que corresponde a 46% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Sobradinho marca 52,74% de sua capacidade. O Norte também teve recuo em seus níveis, de 0,2 p.p para 31,1% de sua capacidade. A energia armazenada marca 4.720 MW mês e ENA de 9.802 MW med, equivalente a 42% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 33%. O SE/CO não registrou variações e permanece em 23,3%. A energia armazenada mostra 47.519 MW mês e a ENA é de 43.178 MW med, o mesmo que 59% da MLT. Furnas admite 24,65% e a usina de Nova Ponte marca 12,62%. Já o Sul segue subindo seu volume útil junto ao SIN, saltando 1,4 p.p para 58,1% de sua capacidade. A energia armazenada é de 11.566 MW mês e a ENA marca 11.566 MW med, correspondendo a 279% da MLT. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam com 32,81% e 72,71%, respectivamente. (Agência CanalEnergia – 04.02.2021)
Shell mira em energias renováveis com foco no hidrogênio
Além de abandonar o combustível fóssil, a companhia anglo-holandesa também espera aumentar seu apelo aos investidores que estão preocupados com a perspectiva dos gigantes da energia em um mundo em movimento para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. O crescimento do biocombustível e do hidrogênio ocupou seu lugar no centro das atenções, já que a Shell vê seu potencial no futuro imediato. A nova estratégia oficial da empresa será apresentada no dia 11 de fevereiro. Espera-se que seja muito diferente das já reveladas pela BP e pela Total, pois ela pretende se posicionar como intermediária entre os produtores de energia verde e os consumidores alimentados por ela. Outros gigantes da energia têm investido bilhões em projetos renováveis, mas este não deverá será o ângulo da Shell. (Petronotícias – 04.02.2021)
Coreia do Sul planeja complexo de energia eólica offshore de 8,2 GW
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, anunciou na sexta-feira um acordo de investimento para construir um complexo de energia eólica offshore de 8,2 GW em Sinan, província de Jeolla do Sul. Jae-in afirmou que este projeto exigirá um investimento de cerca de KRW 48,5 trilhões (US $ 43,2 bilhões) até o final da década e que criará cerca de 120.000 empregos. O presidente observou que o projeto eólico offshore Sinan será cerca de sete vezes maior do que as atuais maiores usinas desse tipo no mundo. (Renewables Now – 05.02.2021)
Consumidores pagam R$ 80/MWh em CDE e ESS, diz Abrace
Os consumidores de energia elétrica estão pagando R$ 80/MWh referentes ao Encargo dos Serviços do Sistema (ESS) e à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Para demonstrar o impacto desse valor, a entidade afirma que ele equivale ao preço de contratação de energia solar e eólica em alguns leilões realizados pelo governo. (Brasil Energia - 04.02.2021)
Transferência de divisa é recorde com crise e dólar em alta
A forte desvalorização do real, as dinâmicas de trabalho impulsionadas pela pandemia e a dificuldade do Brasil de lidar com a crise da covid-19 ajudam a explicar a entrada recorde de remessas pessoais no país em 2020, uma tendência que pode continuar sendo observada ao longo deste ano, segundo especialistas. A receita com transferências entre pessoas físicas (recursos do exterior enviados ao Brasil) somou US$ 3,3 bilhões no ano passado, uma alta de 15% ante 2019 e o maior valor da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Como as despesas (remessas do Brasil para outros países) recuaram quase 30%, para US$ 1,5 bilhão, o resultado foi um saldo líquido de transferências entre residentes e não residentes no Brasil de US$ 1,84 bilhão em 2020, o maior desde 2008, até quando costumava ficar acima de US$ 2 bilhões. (Valor Econômico – 05.02.2021)
Ibovespa sobe 0,82% e dólar chega a R$ 5,38
O Ibovespa (IBOV) fechou esta sexta-feira acima dos 120 mil pontos, reforçando a performance positiva na semana, em meio a relativo alívio na cena política no país e apetite a risco no exterior.
Wall St e as ações de mineração e siderurgia ajudaram na alta do dia, mas a protagonista da sessão foi Petrobras (PETR4).
O desfecho da eleição no Congresso Nacional no começo da semana, com vitória de candidatos endossados pelo governo para comandar a Câmara dos Deputados e o Senado, trouxe esperanças quanto às reformas, embora agentes financeiros reconheçam que não será uma tarefa fácil, principalmente do lado fiscal.
“Naturalmente, isso (declarações de Bolsonaro) reduziu o desconforto dos investidores locais de modo que deixaram o Ibovespa andar como estava sendo ao longo da semana”, afirmou Renato Mekbekian, responsável por alocações de fundos de fundos na Kilima Gestão de Recursos.
As PNs chegaram a recuar 1,7% no pior momento, depois de avançarem 4,4% na máxima do dia. Fecharam em alta de 0,69%.
Nos últimos dias, notícias corporativas também ocuparam as atenções, com Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil reportando seus resultados do quarto trimestre, enquanto Petrobras e Vale apresentaram números operacionais.
A temporada de balanços ganhará fôlego na próxima semana, com uma bateria de balanços, incluindo BTG Pactual, TIM, Klabin, Suzano, Totvs, Banco do Brasil, Cosan e Lojas Renner.
Empresas estreantes na B3 nesta semana fizeram bonito. A Mosaico, dona do site Buscapé, fechou o primeiro dia de negociação com alta de 96,97%. Intelbras e Mobly tampouco desapontaram, avançando 25,33% e 25,71%, respectivamente.
Na próxima semana, as atenções devem se voltar para a precificação amplamente esperada do IPO da unidade de mineração da CSN, agendada para dia 12. Antes, na segunda-feira estreia a produtora de açúcar e etanol Jalles Machado e a Focus Energia.
Progressos com a novos estímulos econômicos nos Estados Unidos deram suporte ao apetite a risco nos mercados no exterior, assim como o andamento da vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo, apesar de alguns problemas de escassez.
“A semana começou com 115 mil pontos e batemos hoje 121 mil pontos (na máxima). Uma alta bem expressiva para a janela de uma semana”, acrescentou Mekbekian, da Kilima.
Nesta sexta-feira, o Ibovespa subiu 0,82%, a 120.240,26 pontos, acumulando alta de 4,5% na semana.
Maiores baixas do Ibovespa no dia
Maiores altas do Ibovespa no dia
O índice Small Caps avançou 0,53%, a 2.877,96 pontos, com acréscimo de 5,59% na semana/mês.
O volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 31,35bilhões de reais (Reuters, 5/2/21)