Notícias do setor
30/06/2021
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Equatorial vai assumir a CEEE-D em julho  MARTA SFREDO

Com liberação da Justiça, nova dona da distribuidora já tem previsão para incorporar distribuidora gaúcha

Ao apresentar detalhes da compra da distribuidora de energia do Amapá, nesta segunda-feira (28), o CEO da Equatorial Energia, Augusto Miranda, confirmou que a empresa privada vai assumir a CEEE-D nos próximos 30 dias. 

Ao responder a pergunta da coluna na teleconferência com o mercado, Miranda afirmou que a CEEE-D será incorporada pela Equatorial em julho.

 

O último obstáculo para a transferência da gestão da empresa foi retirado com a revisão da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski em ação impetrada pelo PDT. A coluna apurou que a transferência deve ocorrer antes do leilão da CEEE-T, previsto para o dia 16

A coluna também apurou que o processo de transição já está ocorrendo. A Equatorial já está acompanhando o dia a dia e as decisões da atual gestão da CEEE-D para se familiarizar com os processos internos da empresa. Então, os preparativos finais para a mudança de novo já estavam em andamento, mas agora foi definido o mês em que se dará a transferência.

A CEEE já apareceu nas apresentações da Equatorial como uma de suas agora seis distribuidoras de energia, todas privatizadas a partir de 2012. A nova controladora costuma destacar o fato de que o PIB per capita (R$ 37.371) e a renda familiar (R$ 1.842) na área de concessão da CEEE-D são bem superiores às dos Estados em que a companhia privada já opera (veja reprodução da tela abaixo, as apresentações são feitas em inglês).

 A compra da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) pela Equatorial surpreendeu o mercado porque a companhia, embora menor do que a CEEE-D, está em situação pior ainda, tanto que opera sem concessão federal, em um regime chamado "designação". Conforme a Equatorial, a empresa de distribuição tem pendências totais de R$ 3,1 bilhões – as da CEEE-D eram de R$ 4,1 bilhões –, mas a distribuidora gaúcha é maior do que a operação em Alagoas. 

Desse total, porém, a Equatorial prevê redução de R$ 1,5 bilhão nos compromissos com fornecedores (Eletrobras, Petrobras entre os principais) e um perdão de R$ 772 milhões de recursos da Reserva Geral de Reversão (RGR, um dos diversos fundos do setor elétrico) usados para manter a CEA funcionando mesmo com forte prejuízo.

Equatorial Energia / Divulgação

 


Painel da OPEP + vê risco de excesso de petróleo após abril de 2022, diz relatório

Reuters

DUBAI, 30 de junho (Reuters) - Um painel da OPEP + alertou sobre "incertezas significativas" e o risco de excesso de petróleo após abril de 2022, de acordo com um relatório interno, construindo um caso para estender o acordo atual que manteve restrições no fornecimento.

O painel, conhecido como Comitê Técnico Conjunto, vê uma projeção de petróleo bruto até o final de 2022 em diferentes cenários, considerando a oferta e a demanda no mercado de petróleo, disse o relatório.

O relatório mostrou que enquanto o mercado de petróleo estava em déficit no curto prazo, uma superabundância estava no horizonte após a OPEP e seus aliados, um grupo conhecido como OPEP +, desfazer cortes que agora estão em pouco menos de 6 milhões de barris por dia (bpd) de abril do próximo ano.

Em um cenário básico, os estoques nas economias industrializadas da OCDE estariam em 96 milhões de barris abaixo da média de 2015-2019 para o terceiro trimestre e 125 milhões de barris abaixo dessa média no quarto trimestre, disse o relatório.

"Em 2022, é visto um aumento significativo, levando a um saldo de 181 milhões de barris até o final do ano", acrescentou o relatório.

O caso base adota premissas de crescimento da demanda global de petróleo e crescimento da oferta não-OPEP do relatório mensal da OPEP de junho, com uma previsão preliminar para 2022.

O painel disse que ainda prevê um crescimento da demanda global por petróleo de 6 milhões de bpd em 2021, mas disse que há riscos de queda.

Ele disse que a demanda pode desacelerar devido às "incertezas associadas ao ritmo divergente da recuperação econômica global, pressões inflacionárias emergentes, o aumento da dívida soberana, o lançamento desigual de vacinas ..., bem como a expansão da variante COVID-19 Delta . "

Observadores da Opep disseram que o grupo pode deixar a produção inalterada quando os ministros se reunirem na quinta-feira ou decidir aumentar a produção, possivelmente em mais de 1 milhão de bpd ou em um modesto 0,5 milhão de bpd.

Fontes da OPEP + disseram que nenhuma decisão ou recomendação unânime emergiu das consultas do painel na terça-feira.

Reportagem de Rania El Gamal e Ahmad Ghaddar; Edição de Louise Heavens e Edmund Blair

 

Estimular o intraempreendorismo é essencial para garantir a inovação

Por Gilberto Santos

 

As organizações mudam o tempo todo e buscam inovações que possam lhes proporcionar diferenciais ou vantagens competitivas que garantam menos turbulências com as crises e variações do mercado, além da conquista da preferência dos clientes. Ter um olhar para dentro da organização e incentivar o potencial criativo dos colaboradores abre oportunidades para o desenvolvimento de inovações.

Nesse contexto, as organizações promovem cada vez mais o intraempreendedorismo para suprir suas necessidades de inovação contínua num mercado competitivo e globalizado.

O conceito central do intraempreendedorismo é promover ideias e incentivar os colaboradores a explorar seus perfis empreendedores dentro da empresa, valorizando a criatividade e soluções que surgem no ambiente interno. Dessa forma, o colaborador tem liberdade para agir como empreendedor e exercer, com autonomia, a criatividade para solucionar problemas e criar inovações.

Um bom exemplo de intraempreendedorismo é o Gmail do Google, que foi lançado em 1º de abril de 2004 e hoje é utilizado por milhões de usuários ao redor do mundo. Inicialmente era para ser apenas um serviço de webmail interno da empresa, utilizado entre os funcionários e idealizado por um projeto autônomo do engenheiro Paul Buchheit, que, após observar os principais concorrentes, à época, e as dificuldades que usuários tinham ao usar os serviços deles, inovou em muitos fatores: caixas de e-mails com mais espaço de armazenamento, sistema de buscas com muito mais precisão, visual fácil e intuitivo que fazem com que o Gmail seja praticamente indispensável nos dias de hoje.

Outro excelente exemplo inspirador é a 3M. Na empresa, que possui milhares de patentes registradas, os colaboradores são estimulados a investir 15% do seu tempo em projetos de inovação, empreendedorismo e criatividade. Como resultado tem-se uma lista de produtos inovadores: post-it, que dispensa apresentações; thinsulate, um isolante térmico para roupas; nexcare (tegaderm), linha de curativos transparentes utilizados para reduzir infecções da corrente sanguínea relacionadas ao cateter.

O que faz o colaborador intraempreender ao invés de empreender sozinho e criar sua própria empresa? Tanto o empreendedor quanto o intraempreendedor têm características em comum que os ajudam a viabilizar o desenvolvimento de projetos: proatividade, visão de negócio, autonomia, otimismo, liderança, negociação, perseverança e trabalho em equipe.

Ocorre que as pessoas com perfil mais arrojado e dispostas a assumir maiores riscos, provendo todos os fundos e investimentos necessários, tendem a empreender sozinhas, criando seu próprio negócio. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o número de startups no país mais que triplicou entre os anos de 2015 e 2019, passando de 4.451 para 12.727 empresas no período.

Por outro lado, o perfil intraempreendedor costuma ser mais envolvido com a organização, é avesso a riscos, principalmente os financeiros, conta com estrutura e investimentos da empresa para viabilizar seus projetos mantendo sua remuneração, mas não deixa de assumir responsabilidades e ser líder. São inovadores e com propósitos de apresentar ideias novas, estratégias mais eficientes ou a criação de novos produtos.

O intraempreendedor não é necessariamente o colaborador que ocupa as principais posições na empresa; ao contrário, pode estar em qualquer posição. O importante é ter o melhor ambiente para o desenvolvimento de todo o potencial criativo e sustentável para a geração de inovações. Esse é o perfil profissional que as organizações com cultura de inovação constante buscam e quando se tem de um lado o ambiente propício nas organizações e do outro o profissional criativo, as possibilidades de inovação são incríveis.

Há muitos benefícios para os intraempreendedores e para as organizações nessa parceria que não podem ser deixados de lado pelos gestores na criação de seus planos estratégicos. A relação profissional com ambiente mais criativo, descontraído, flexível, participativo e social tem como consequência a retenção de talentos, o uso mais racional dos recursos e o desenvolvimento do capital intelectual, estando diretamente relacionadas a essa cultura organizacional onde todos tem papel importante.

De forma mais tangível, do ponto de vista financeiro, pode-se citar os benefícios apontados através da pesquisa da consultoria McKinsey publicada no recente artigo "Criatividade e lucratividade: Como empresas vencedoras transformam criatividade em crescimento e valor para o negócio".

No artigo, a consultoria demonstra a relação do "Award Creativity Scorede (ACS)" — índice criado pela consultoria que mede a relação entre criatividade e performance, com o desempenho financeiro. A pesquisa mostra que empresas com baixo índice ACS têm menos chances de obter resultados financeiros acima da média.

Organizações que nasceram com a cultura de empoderar seus colaboradores encontram mais facilidade de endereçar seus projetos de inovação. A digitalização dos negócios e as novas gerações contribuem fortemente para que o intraempreendedorismo flua com maior facilidade nessas organizações.

No sentido oposto, as empresas que ainda mantêm a gestão totalmente centralizada, com o formato burocrático e vertical, precisam repensar esse modelo e promover a transformação de sua cultura para continuarem seus negócios dentro de novas perspectivas de mercado que são bem esclarecidas por Philip Kotler. Este, em sua obra "Marketing 4.0 do Tradicional ao Digital", de 2017, afirma à página 30 que o mercado "está se tornando mais inclusivo. A mídia social elimina barreiras geográficas e demográficas, permitindo às pessoas se conectarem e se comunicarem, e, às empresas, inovar por meio da colaboração".

Para isso são necessárias algumas ações que viabilizem e estimulem o ambiente para o intraempreendedor, tais como: desenvolver o pensamento coletivo, a capacitação e o engajamento dos colaboradores, a promoção e a geração de ideais, além do desenvolvimento de lideranças motivadoras.

 

Ministro do TST nega recurso do Santander em execução de R$ 5 bilhões

Por José Higídio

Não há repercussão geral em temas relativos a pressupostos de admissibilidade de ação rescisória da Justiça do Trabalho; por isso, nessa hipótese, é incabível recurso extraordinário. Assim, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, do Tribunal Superior do Trabalho, negou seguimento a um recurso do banco Santander contra uma execução de cerca de R$ 5 bilhões referentes a parcelas de gratificação semestral a aposentados.

A ação foi movida há 23 anos e dizia respeito a uma gratificação referente a "distribuição de lucros", equivalente em média a um salário. Ela era paga a aposentados e funcionários da ativa do antigo Banco do Estado de São Paulo (Banespa), incorporado mais tarde pelo Santander.

A Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Estado de São Paulo (Afabesp) apontou que a parcela não foi paga entre 1994 e 1997 porque o Banespa teria apresentado prejuízo. Em 1998, o pagamento foi retomado, mas reduzido a 5% do salário. O acordo coletivo da categoria à época previa o pagamento de participação nos lucros e resultados de cerca de um salário e meio, mas apenas aos funcionários da ativa.

Os aposentados conseguiram o direito às parcelas de gratificação e a ação transitou em julgado em 2019. O Santander então ajuizou ação rescisória para anular a execução, com o argumento de que associações só poderiam propor ações coletivas com autorização expressa de todos os seus filiados.

Em outubro do último ano, a Subseção II Especializada de Dissídios Individuais-2 (SDI-2) determinou o prosseguimento da execução. O banco então tentou levar o caso ao Supremo Tribunal Federal. Mas o vice-presidente do TST lembrou que o STF não admite recurso extraordinário em casos com argumentos do tipo, como ficou decidido na julgamento do AI 751.478.

"Versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema cuja repercussão geral foi negada pelo Supremo Tribunal Federal, a interposição de recurso extraordinário para reexame destes pontos da decisão é manifestamente inviável", indicou o ministro relator.

Clique aqui para ler a decisão
1000312-70.2019.5.00.0000

Arrecadação federal salta 69,9% em maio e soma R$ 142,106 bilhões

Legenda: No acumulado do ano, as receitas somaram 744,828 bilhões de reais, com crescimento de 21,17% sobre o mesmo período de 2020 na comparação corrigida pela inflação (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

A arrecadação da Receita Federal somou 142,106 bilhões de reais em maio, alta real de 69,88% sobre o mesmo mês do ano passado e o melhor resultado para o mês da série do Fisco, que tem início em 1995, mostraram números divulgados nesta terça-feira.

No acumulado do ano, as receitas somaram 744,828 bilhões de reais, valor também recorde para o período, com crescimento de 21,17% sobre os mesmos meses de 2020 na comparação corrigida pela inflação.

A arrecadação no ano tem sido favorecida por mudanças nas regras de recolhimento de tributos promovidas em meio à crise econômica gerada pela pandemia e também por outros fatores não recorrentes. Desconsiderando esses fatores, segundo a Receita, a arrecadação teria crescido 11,93% no ano e 23,74% no mês.

Ainda assim, a Receita também tem destacado o impacto do crescimento da atividade para a arrecadação, ressaltando a melhora de indicadores como da produção industrial e venda de bens e de serviços.

Para maio o Fisco também chamou atenção para o crescimento da arrecadação de tributos de comércio exterior, que atribuiu principalmente à alta da taxa de câmbio e ao crescimento do valor em dólar das importações (Reuters, 29/6/21)

 

Ibovespa fecha em leve queda; dólar chega a R$ 4,94

Ibovespa fechou novamente no vermelho nesta terça-feira (29), com leve baixa de 0,08%, a 127.327 pontos e marcando o terceiro pregão seguido de queda da Bolsa, que tem refletido a reação negativa do mercado ao projeto de reforma tributária apresentado pelo governo na sexta-feira (25) e à perspectiva de aumento da inflação, puxada pela alta no preço da energia elétrica.

A proposta do Ministério da Economia de proibir a dedução de JCP (Juros sobre o Capital Próprio) do imposto de renda das pessoas jurídicas tem impactado o mercado. “As companhias que pagam muitos JCP, como bancos, seguem sofrendo processo de correção após diversos relatórios de bancos de investimento e corretoras apontando as estimativas de queda de lucro”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Outro ponto do projeto de reforma que foi mal recebido é a tributação de dividendos, cuja alíquota prevista no texto é de 20%. Em compensação, o Ministério da Economia propôs reduzir a alíquota do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), que hoje é de 15%, em 2,5 pontos em 2022, para 12,5%, e em mais 2,5 pontos no ano seguinte, para 10%. Nesta tarde, o ministro Paulo Guedes afirmou que o governo estuda alterar esse escalonamento e promover um corte de 5 pontos percentuais já em 2022.

Na manhã de hoje (29), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reajustou a tarifa da bandeira vermelha nível 2, que passará de R$ 6,24 para R$ 9,49 por kWh (quilowatt-hora) entre julho e dezembro deste ano —uma alta de 52%.

A medida sinalizou um aumento da inflação do próximo mês, e, segundo Ribeiro, “cresce ainda mais a expectativa do Copom acelerar seu processo de alta da Selic e até mesmo atingir o patamar de 7% ainda esse ano”. Uma Selic mais alta pode aquecer o mercado de renda fixa, afastando o investidor mais conservador da Bolsa.

A agência reguladora também reajustou as demais bandeiras: a nova tarifa da amarela será de R$ 1,874 a cada 100 kWh, versus R$ 1,343 antes; e a vermelha patamar 1, de R$ 3,971 a cada 100 kWh (ante R$ 4,169).

Em Wall Street, o dia foi de alta, principalmente para o índice S&P 500, que bateu novo recorde, a 4.291 pontos (crescimento de 0,03%). Dez dos 11 principais setores do S&P registraram alta, com os de energia, matérias-primas e indústria entre os de maior ganho, após ficarem atrás nas últimas sessões.

O resultado do indicador de confiança do consumidor norte-americano, que foi divulgado hoje e chegou em junho ao seu nível mais alto desde o início da pandemia de Covid-19, reforçou as expectativas de forte crescimento econômico nos Estados Unidos no segundo trimestre.

A cotação do dólar refletiu o clima nos dois países. A moeda norte-americana se valorizou novamente frente ao real e teve alta de 0,29%, fechando o dia a R$ 4,94 (Forbes, 29/6/21)

 

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