Notícias do setor
09/07/2021
Notícias do Setor

Em 2020, pela primeira vez na história, nenhuma distribuidora transgrediu os limites de DEC e FEC

Segundo a Aneel, a rede elétrica ficou disponível para a sociedade 99,87%

ROBSON RODRIGUES, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO

Pela primeira vez na história, em 2020 todas as empresas de distribuição atenderam as exigências contratuais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e não transgrediram os limites de DEC e FEC, indicadores que que medem a duração e a frequência de interrupções de energia por unidade consumidora.

Segundo dados da Aneel, a rede elétrica ficou disponível para a sociedade 99,87%. Em 2020, o Brasil teve uma média de 11,50 horas de interrupção e o serviço de distribuição foi interrompido por seis vezes. Em 2011, no início da série histórica, foram 18 horas de interrupção e 11 vezes interrupções de energia por unidade consumidora, em média.

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, em todo período histórico em que foi mensurada a qualidade do serviço de distribuição, “2020 foi o primeiro ano em que o valor da tolerância regulatória foi atendido por todas as empresas e não houve transgressão da duração além do valor regulatório que era comum”, diz.

Pepitone diz que o Brasil está aprimorando a qualidade e quando uma distribuidora não entrega o que foi acordado, ela paga uma indenização no mês seguinte à transgressão dos limites tolerados durante o ano.

Deságio de leilões A-3 e A-4 reduziram impacto em 1,31 ponto na tarifa, aponta Aneel

Light foi a maior compradora com 80% de toda a energia negociada nesta quinta-feira, 8 de julho

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)C

Os leilões desta quinta-feira, 8 de julho, acrescentaram 984,6 MW em nova capacidade instalada no país. Em termos de energia foram contratados 183,3 MW médios resultado em investimentos estimados em R$ 4 bilhões. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, com os deságios médios de 28,82% do A-4 e 30,83% do A-3, o impacto na tarifa da energia e calculado em 1,31 ponto porcentual a menos do que poderia ser alcançado se não houvesse desconto.

Os cálculos da agência reguladora consideram o volume de energia contratado e compara esse montante ao preço inicial ante o efetivamente negociado.

Novamente a Light ficou com o maior volume, somando os dois certames foram 27,8 milhões de MWh de um total de 35,2 milhões de MWh, ou cerca de 80% do total. A outra compradora foi a Equatorial com a Celpa e a Cemar esta última que ficou com cerca de 20% dos contratos no A-3.

Dentre as fontes a eólica é a que mais vendeu energia com 69,8 MW médios, que levaram à viabilização de 419,5 MW em novos projetos. A biomassa somou 41,2 MW médios e potência instalada de 183,6 MW. Enquanto a solar ficou com 37,4 MW médios em projetos que somam 269,3 MW. Já a fonte hídrica teve 34,9 MW médios em quatro PCHs e uma UHE que somam 112,2 MW.

“A economia entre o preço teto e o valor negociado leva a uma economia de R$ 2,5 bilhões evitando um aumento de 1,31 ponto porcentual na tarifa e ajuda a diversificar a matriz já que todas venderam energia”, comentou André Patrus, gerente executivo da Secretaria Executiva de Leilões da Aneel.

O baixo volume negociado e, novamente, concentrado nas mesmas distribuidoras do leilão de energia existente, realizado no final de junho, chamou a atenção. Na avaliação do presidente do Conselho de Administração da CCEE, esses volumes devem-se à sobrecontratação média no Brasil que vai até 2025, segundo dados da entidade. Ele reforçou o que afirmou durante a sua participação no CanalEnergia Entrevista da última sexta-feira, 2 de julho, que essa situação leva a demandas pontuais nesses certames.

Em sua análise apenas após leilões que atenderão a declarações pós 2025 que deveremos ter volumes mais elevados. “A demanda declarada foi atendida, o problema é se temos demanda frustrada por falta de oferta. Vemos com naturalidade esse volume porque estamos em um momento de sobrecontratação das distribuidoras”, comentou.

Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo Cesar Magalhães, como não será realizado o A-6 deste ano, a energia que poderá entrar a partir de 2026, portanto fora do horizonte de sobrecontratação das distribuidoras, poderá ser negociada no Leilão de Capacidade do final do ano. A decisão ocorrerá a partir de agosto, depois do final da consulta pública sobre o tema que está em andamento no Ministério de Minas e Energia.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Barral, destacou por sua vez que a perspectiva com a qual o planejador trabalha é de crescimento da carga. Esse fato traz a necessidade de novos investimentos em um âmbito geral. No caso dos leilões para o mercado regulado tem que ser uma demanda declarada pelas distribuidoras. Contudo, lembrou que parte do crescimento do consumo será atendido pelo mercado livre e pela geração distribuída. “Ou seja, há diferentes formas de atendimento da demanda, mas a expectativa é que tenhamos sinais de mais movimento das distribuidoras com montantes maiores que o verificado”, acrescentou.

Equatorial Energia assume CEEE-D

Distribuidora atende 1,6 milhão de clientes em 72 cidades gaúchas

DA AGÊNCIA CANALENERGIA

A CEEE-D (RS) passou oficialmente a ser administrada pelo Grupo Equatorial Energia. Na manhã desta quinta-feira, 8 de julho, o governador Eduardo Leite (PSDB) assinou o contrato de venda, encerrando o primeiro processo de privatização da sua gestão. A CEEE-D atende 1,6 milhão de clientes em 72 municípios da Grande Porto Alegre e das regiões Sul, Campanha e Litoral. No Brasil, o Grupo Equatorial, considerando as novas concessionárias adquiridas em 2021 no Rio Grande do Sul e no Amapá, passa a atender 13% do total de consumidores brasileiros e responder por 7% do mercado de distribuição do país.

De acordo com Leite, o primeiro foco do governo na privatização é o de viabilizar para a população a prestação de um serviço melhor. Para o govenador, a energia é essencial para a vida dos consumidores domésticos e para a produção industrial. Segundo ele, ,todos precisam de segurança e confiabilidade na prestação do serviço. Ainda de acordo com o governador, a privatização representa a resolução de um problema para o Estado a partir do passivo que se constituía pela impossibilidade de a companhia pagar os impostos e de atender às necessidades da população em outras áreas a partir dos impostos recolhidos.

Entre os benefícios que surgem com a venda da empresa estão maiores investimentos na área de distribuição de energia elétrica, o que acarretará em melhorias na prestação de serviço à população, e a retomada no recebimento do ICMS pelo Estado. A expectativa é de que R$ 1,3 bilhão em ICMS por ano voltem a ser pagos em dia.

O presidente do Grupo Equatorial Energia, Augusto Miranda se mostrou feliz por iniciar no estado em uma empresa do porte da CEEE-D. Segundo ele, é um ativo muito importante, que vai fazer muito bem ao portfólio da Equatorial .O executivo quer ouvir a sociedade e direcionar os investimentos de acordo com o planejamento estratégico do estado.

O presidente da CEEE-D, Marco Soligo, destacou a importância para o Estado e todo o setor elétrico brasileiro de também desestatizar os demais braços da companhia. A Transmissora deve ir a leilão na próxima semana e, depois, a Geradora. A desestatização da companhia se iniciou em janeiro de 2019, com a elaboração das propostas legislativas necessárias. No mesmo ano, em maio, a Assembleia Legislativa aprovou a retirada da obrigatoriedade de plebiscito para a venda da empresa e, em julho, autorizou a privatização.

Fusões somam US$ 52,6 bi e já sinalizam ano recorde

Grandes operações de empresas brasileiras impulsionam mercado

Por Mônica Scaramuzzo — De São Paulo 

 

O movimento de consolidação de empresas acelerou na pandemia e vai continuar intenso nos próximos meses, impulsionado por grandes negócios. O volume de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) anunciadas de janeiro até o dia 7 de julho já bateu em US$ 52,6 bilhões - encostando no recorde de 2017, quando o valor das transações no ano todo foi de US$ 52,7 bilhões.

 

Atraso em 5G gera perda de R$ 2,8 bi a cada mês

Ministro das Comunicações diz que certame será realizado neste ano

Por Rafael Bitencourt, Fabio Murakawa e Cristiano Romero — De Brasília 

O atraso na implantação da tecnologia 5G, a mais recente fronteira do desenvolvimento do serviço móvel de telecomunicação, começa a gerar prejuízo financeiro para o Brasil a partir deste mês. A estimativa, feita pela consultoria Telecom Advisory no estudo “O Valor da Transformação Digital por meio da Expansão Móvel na América Latina”, é de uma perda de US$ 534,79 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) por mês.

 

Mudança em dividendos pode estimular ‘pejotização’ e reorganizações societárias

Tributarista Tathiane Piscitelli defende a incidência de Imposto de Renda, mas critica a proposta do governo federal

Por Laura Ignacio — De São Paulo

 Professora de direito tributário e finanças públicas da Escola de Direito de São Paulo da FGV, Tathiane Piscitelli é favorável ao Imposto de Renda sobre dividendos. Defende que a tributação mais pesada das camadas mais ricas da sociedade é uma demanda constitucional. Mas, do modo como foi proposta pelo governo federal, segundo ela, poderá estimular o que se buscaria combater: pejotização e reorganizações societárias com o único fim de reduzir a carga tributária.

 

Inflação anual no Brasil sobe para alta de 5 anos de 8,4% em junho

Jamie Mcgeever

  • BRASÍLIA, 8 de julho (Reuters) - A inflação brasileira em junho atingiu o maior em quase cinco anos, dados mostraram nesta quinta-feira, com taxa anual de 8,4% a mais que o dobro da meta de fim de ano do banco central e deve sustentar a defesa aumento agressivo nos custos de empréstimos no próximo mês.

Com os legisladores perfeitamente cientes de que a inflação está a caminho de ultrapassar a meta deste ano, o aumento sólido mais recente nos preços ao consumidor pode aprofundar sua inquietação ao ameaçar ainda mais as expectativas de inflação mais baixas para o próximo ano.

A taxa mensal de inflação desacelerou de 0,83% para 0,53% em maio, informou o IBGE, conforme esperado. A mediana das previsões em uma pesquisa da Reuters com economistas era de um aumento de 0,59%.O aumento foi impulsionado por um aumento de 1,10% nos custos de habitação, que incluem eletricidade. Isso foi responsável por cerca de um quarto do aumento mensal geral dos preços.

A taxa de inflação anual de 8,4% em junho foi de 8,1% no mês anterior e a maior desde setembro de 2016, informou o IBGE. Estava exatamente de acordo com a previsão da pesquisa Reuters.

Oito das nove categorias pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta de preços em junho. Os maiores impulsionadores após os custos de moradia foram um aumento de 0,43% nos preços de alimentos e bebidas e um aumento de 0,41% nos custos de transporte, que incluem combustível. Ambos foram responsáveis ​​por cerca de um quinto do aumento geral, disse o IBGE.

A meta de inflação do banco central para o final do ano é de 3,75%, com margem de erro de 1,5 ponto percentual em ambos os lados. Esses números mais recentes mostram uma inflação significativamente mais alta do que até mesmo o limite superior de 5,25% dessa faixa.

A preocupação do presidente do banco central Roberto Campos Neto e seus colegas é que isso se infiltre nas perspectivas do próximo ano, forçando o banco a apertar a política de maneira ainda mais rápida e agressiva do que já está fazendo. consulte Mais informação

A meta de inflação do banco central para 2022 é de 3,50%.

Dólar sobe, fecha a R$ 5,240 e tem maior valor desde maio; Bolsa sobe

dólar comercial registrou alta e encerrou com uma valorização de 0,60%, cotado a R$ 5,240 na venda. A elevação de hoje foi a sétima consecutiva e também estabeleceu o maior valor de fechamento desde 27 de maio, quando estava cotado a R$ 5,255.

Ontem, a moeda havia registrado uma valorização de 2,39%, cotado a R$ 5,209 na venda. A alta havia sido a maior em um dia desde 18 de setembro de 2020, quando o dólar subiu R$ 2,79%.

 

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