Notícias do setor
15/07/2021
Notícias do Setor

Equatorial Energia implanta plano de 100 dias para reestruturação da CEEE-D

Meta visa melhorar a qualidade de fornecimento nas áreas de concessão

ROBSON RODRIGUES, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO

Após a Equatorial Energia assumir o controle da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), o grupo anunciou um plano estruturado de 100 dias visando melhoria no serviço, atuando em todas as áreas, além de reestruturação interna. Foi anunciado ainda investimentos em três novas subestações, novas linhas, alimentadores, construção de 208 km de rede de distribuição, entre outras coisas.

Hoje a CEEE-D opera em 72 municípios da Grande Porto Alegre e das regiões Sul, Campanha e Litoral e é a última colocada na qualidade de fornecimento, segundo o ranking da Aneel. O desafio é melhorar o atendimento dentro da área de concessão. Com essa passagem de bastão, a Equatorial passa a atender 1,6 milhão de clientes a mais em suas áreas de atuação.

“Temos que trabalhar na melhoria do fornecimento, no atendimento ao consumidor e investir em regiões críticas de fornecimento de energia em que precisamos atuar”, disse o novo presidente da CEEE-D, Maurício Velloso.

A Equatorial não divulgou o total de investimentos nem o prazo em que serão aplicados, mas disse que o foco será em novas subestações e ampliação das existentes e automação da rede. Por enquanto, o grupo está focado nos atuais desafios da CEEE-D, por isso não fez propostas para o leilão da CEEE-T que acontecerá na próxima sexta-feira, 16 de julho.

Em relação às questões trabalhistas da companhia, a empresa vai aguardar o posicionamento da Justiça para decidir quais medidas tomar. “Esse é um dos maiores passivos da companhia. Vamos aguardar o posicionamento final do poder judiciário para dar prosseguimento ao assunto”, disse diretor jurídico, José Sobral.

Eletrobras será mais competitiva, afirma Rodrigo Limp

Em sua primeira entrevista pós sanção da lei que autoriza a privatização da empresa, o presidente da estatal diz que há um cronograma extenso pela frente até a capitalização, prevista para fevereiro de 2022

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)

A Eletrobras será uma empresa mais ágil e competitiva no setor elétrico brasileiro. Foi assim que o presidente da companhia, Rodrigo Limp definiu a ainda estatal no pós capitalização. Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 14 de julho, o executivo afirmou que a empresa continuará os investimentos de acordo com os caminhos do setor elétrico brasileiro, mercado livre de energia, expansão via fontes eólica e solar mas sem esquecer as demais.

Limp participou ao vivo do CanalEnergia Entrevista nesta quarta-feira, 14 de julho, transmitido via redes sociais, um dia após a sanção da Lei no. 14.182/2021, que autoriza a privatização da empresa. Aliás, há uma série de ações que a companhia agora tem em seu radar para viabilizar a operação e atender à expectativa de que a capitalização seja realizada em fevereiro de 2022.

São reuniões com os diversos órgãos para preparar a empresa. Entre elas está a restruturação societária com a separação da Eletronuclear que passará a ser controlada pelo governo em uma nova estatal, assim como Itaipu, cuja energia deixará de ser comercializada pela futura nova-Eletrobras. Os valores de outorgas a ser pago ao governo pela renovação do contrato de concessão das usinas, entre outras ações e estudos.

A contratação do consórcio de bancos, a precificação das ações a serem colocadas no mercado, o chamado follow on sem participação do Estado, e demais arranjos legais para a operação financeira ficará mais para o final do ano. Antes, disse ele, são necessárias as definições de quanto deverá ser pago ao Tesouro Nacional e, consequentemente, a redução da participação da União que terá menos de 50% das ações da empresa. As estimativas iniciais é de que o governo detenha cerca de 45% do capital da Eletrobras.

“Seremos uma corporação, controle pulverizado, uma empresa mais competitiva e mais ágil e com capacidade de investimento”, diz ele. “A sanção da lei foi apenas um passo, temos diversos ainda para efetivar a capitalização. São tarefas complexas e com um cronograma desafiador para chegar em fevereiro, a data estimada para a emissão das ações”, acrescentou ele.

Limp disse que para a definição do preço a Eletrobras vem trabalhando para fazer suas contratações no processo e também realizando as avaliações internas referente ao valor gerado para a companhia pelas novas outorgas. E lembrou que quem dará a palavra final sobre o processo é a assembleia de acionistas.

Durante cerca de uma hora de entrevista, o executivo abordou diversos aspectos da administração. O plano de investimentos da empresa, sua capacidade de realizar aportes ao longo dos próximos cinco anos, onde serão feitos esses aportes. Além disso, como será preparada a empresa para este que é em sua opinião o principal evento desde a fundação da companhia em seus quase 60 anos de atividade, a transferência de controle do Estado para iniciativa privada.

O presidente da Eletrobras disse ainda que deverá ser iniciado neste ano mais um programa de demissão voluntária, que a empresa chama de PDC (Programa de Demissão Consensual). Esse evento ocorreria antes da capitalização da companhia que hoje está com cerca de 12 mil empregados, um nível que se aproxima do ponto que é necessário pela companhia e suas atribuições.

A edição do CanalEnergia Entrevista com o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, está disponível em sua íntegra a todos os seguidores do CanalEnergia. Para assistir a todo o conteúdo, você  pode acessar nosso canal do You Tube, TV CanalEnergia onde poderá também acessar os outros episódios, bem como os demais programas do Grupo CanalEnergia.

Setor nega compromisso de represar reajustes

Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Insituto Aço Brasil, afirma que regras de compliance e de concorrência impedem acordos

Por Ivo Ribeiro — De São Paulo

O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, disse ao Valor que não houve acordo - nem formal nem informal - da entidade e das empresas do setor de não elevar preços do aço até fim do ano. “O ministro Paulo Guedes, alegando receio de pressão inflacionária e diante de reclamações vindas do setor da construção civil, propôs que não fossem feitos novos aumentos de preço. Respondemos ao ministro que, por questões de compliance, de concorrência e de políticas comerciais próprias de cada empresa, não poderíamos firmar esse compromisso.”

 

Governo de SP faz leilão de 22 aeroportos hoje

Leilão de dois blocos regionais deverá gerar investimentos de R$ 448 milhões

Por Taís Hirata — De São Paulo

O governo de São Paulo realiza hoje o leilão de 22 aeroportos regionais, que foram divididos em dois blocos. O primeiro deles é liderado por Ribeirão Preto, e o segundo, por São José do Rio Preto. Os interessados entregam suas propostas às 14 horas, na sede da B3, em São Paulo, e a concorrência será iniciada na sequência, a partir de 15 horas.

 

EUA implantam legislação para tentar controlar a expansão da tecnologia 5G

Por Ericson Scorsim

No início deste mês, o diretor da Central Intelligence Agency (CIA), William J. Burns, veio ao Brasil preocupado, entre outros temas, com o edital a ser lançado pelo governo brasileiro para a instalação da infraestrutura da nova tecnologia 5G. Essa é mais uma ação dos Estados Unidos, que têm agido em diversas frentes para tentar controlar a expansão da tecnologia em outros países.

Do ponto de vista legal, os EUA aprovaram nova legislação sobre inovação e competividade estratégica, a United States Innovation and Competition Act of 2021. O objetivo da lei é garantir a liderança na economia global e nas tecnologias, com incentivos para a instalação de fábricas de semicondutores em território norte-americano, tendo como uma das áreas de foco a tecnologia 5G.

A disputa geopolítica entre Estados Unidos e China é abordada no livro "Jogo geopolítico entre Estados Unidos e China na tecnologia 5G: impacto no Brasil", de minha autoria, publicado na Amazon.

A lei norte-americana apoia a criação de redes abertas e interoperacionais de 5G denominadas open-ran-radio acesso networks — que proporcionarão maior competividade, inovação e diversidade de fornecedores. Prevê garantias para ampliar a influência dos Estados Unidos em organizações internacionais dedicadas à definição de padrões técnicos de 5G, como é o caso da União Internacional de Telecomunicações. Existe a preocupação com agricultura de precisão e inteligência artificial, por isso são adotadas medidas para que os EUA possam manter a liderança global nesses segmentos.

Além desta, os Estados Unidos aprovaram outra legislação, denominada Strategic Competition Act of 2021, que tem como alvo geoestratégico a China. A lei dá incentivos à cooperação internacional no tema da infraestrutura global, com foco nos incentivos ao acesso à internet e infraestruturas digitais em mercados emergentes. Nessa lei, encontra-se também o tema da tecnologia 5G, alvo de disputa entre Estados Unidos e China, na busca pela liderança na fixação de padrões técnicos.

Os Estados Unidos têm proposto parcerias com o setor privado e países aliados para a conectividade digital e tecnologia de 5G, com o estabelecimento de padrões de segurança para o desenvolvimento de equipamentos, software e hardware. Também tem realizado o monitoramento do mercado da indústria básica de tecnologia, além da forte atuação dos serviços de inteligência norte-americano em relação à China e, especialmente, em relação à tecnologia 5G. A preocupação dos Estados Unidos com a tecnologia 5G é em relação à segurança nacional. Já encontraram, próximas a uma base aérea na cidade de Montana, redes de telecomunicações com equipamentos fornecidos pela empresa chinesa Huawei.

Ao mesmo tempo, a Europa possui posição privilegiada na tecnologia 5G por ser sede das empresas Ericsson (Suécia) e Nokia (Dinamarca), líderes no setor. A União Europeia quer garantir sua autonomia geoestratégica em tecnologia para diminuir a dependência dos Estados Unidos e da China e incentiva a instalação de data centers em países europeus, bem como pontos de tráfego de internet.

Antes de lançar o edital para a disputa das faixas de frequência do 5G, o Brasil precisa compreender o cenário geopolítico a fim de obter clareza e precisão na sua geoestratégia global no tema. Nesse contexto, o país deveria exigir um acordo de não espionagem com os Estados Unidos e a China como condição para realização de investimentos e atuação de empresas em território brasileiro. Seria uma forma de proteção à soberania sobre as infraestruturas de redes de telecomunicações brasileiras.

Há oportunidade para a inserção internacional do Brasil no jogo geopolítico global das comunicações por redes de 5G, no aspecto da industrialização e de participação na cadeia global de suprimentos — na fabricação de hardwaresoftware, equipamentos e sistemas de suporte a essa nova tecnologia. Para tanto, é fundamental que o Brasil promova o alinhamento entre as políticas industrial, de ciência e tecnologia, de comércio exterior e de defesa nacional.

A recuperação da demanda de eletricidade exigirá mais geração de combustível fóssil - IEA

Reuters

 

FRANKFURT, 15 de julho (Reuters) - A demanda global de eletricidade está crescendo mais rápido do que a capacidade de energia renovável pode ser implementada e exigirá mais energia a ser gerada a partir da queima de combustíveis fósseis, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório na quinta-feira .

Depois de cair cerca de 1% em 2020, quando a pandemia de COVID-19 restringiu a atividade industrial em todo o mundo, o consumo de energia deve crescer cerca de 5% em 2021 e 4% em 2022 à medida que as economias se recuperam, disse a AIE em meados Edição -2021 de seu Relatório do Mercado de Eletricidade.Quase metade do aumento terá que ser atendida pela queima de combustíveis fósseis, principalmente carvão, o que pode levar as emissões de dióxido de carbono do setor a patamares recordes em 2022, disse a agência, acrescentando que espera uma demanda particularmente forte na região da Ásia-Pacífico, principalmente China e Índia.

As energias renováveis ​​estão se expandindo rapidamente à medida que a comunidade global aborda a necessidade de reduzir a poluição do carbono, mas o relatório da IEA mostra que o processo terá que ser acelerado se a energia mais limpa for atender à demanda geral.A capacidade renovável, incluindo energia hidrelétrica, eólica e solar fotovoltaica, está a caminho de um crescimento de 8% em 2021 e mais de 6% em 2022, enquanto a energia nuclear virtualmente livre de emissões aumentará 1% e 2%, respectivamente.

"Mesmo com esse forte crescimento, as energias renováveis ​​só serão capazes de atender a cerca de metade do aumento projetado na demanda global de eletricidade nesses dois anos", disse a AIE.

“Para mudar para uma trajetória sustentável, precisamos intensificar maciçamente o investimento em tecnologias de energia limpa - especialmente energias renováveis ​​e eficiência energética”, disse o documento.As emissões de CO2 da queima de carvão e gás provavelmente aumentariam 3,5% em 2021 e 2,5% em 2022, previu.

Quanto aos preços de energia no atacado, a AIE observou um aumento de 54% no primeiro semestre de 2021 nas economias avançadas, em comparação com o mesmo período de 2020.Os preços médios do ano inteiro no ano passado diminuíram um quarto em relação a 2019.

A IEA também observou que o frio, o calor e a seca extremos causaram interrupções no fornecimento de eletricidade este ano, notadamente a crise de energia do Texas em fevereiro. consulte Mais informação

Reportagem de Vera Eckert, edição de Kirsten Donovan

 

Ibovespa tem leve alta e dólar chega a R$ 5,0861

Ibovespa fechou hoje (14) em alta de 0,19%, a 128.406 pontos, devolvendo parte dos ganhos do dia depois de ultrapassar os 129 mil pontos durante a sessão. O movimento de alta perdeu fôlego após declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, derrubarem ações do setor siderúrgico.

Durante evento do jornal “Valor Econômico”, Guedes afirmou que representantes da indústria do aço fizeram um acordo informal com o governo e se comprometeram a não subir os preços até o final do ano. Em troca, o setor se beneficiaria de uma queda de 10% na tarifa de importação, de acordo com o ministro. Os papéis da CSN (CSNA3) e da Usiminas (USIM5) lideram as perdas da sessão, recuando 3,98% e 3,46%, respectivamente, enquanto a Vale (VALE3) fechou o dia em leve queda de 0,53%.

 Entre os indicadores do dia, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma prévia do PIB, registrou queda de 0,49% em maio na comparação com o mês anterior, abaixo da expectativa de avanço de 1,00% no período, segundo consenso de economistas do Refinitiv. Na comparação anual, o índice teve salto de 14,21%, e apresentou ganho de 1,07% no acumulado em 12 meses.

Os investidores seguem repercutindo mudanças na proposta para a segunda fase da reforma tributária no Brasil, apresentadas na véspera pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, Celso Sabino (PSDB-PA).

Na visão do gestor da Galapagos Capital, Scott Hodgson, as notícias sobre o tema ajudaram no desempenho da bolsa ontem e nesta sessão, dada a percepção de que as mudanças não serão tão onerosas como sinalizava a proposta original.

O parecer manteve a taxação sobre lucros e dividendos em 20% e o fim da dedutibilidade de juros sobre capital próprio, mas excluiu a tributação dos rendimentos dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), entre outras mudanças.

Bolsas norte-americanas

Nos Estados Unidos, o dia foi marcado pela indicação do chair do Federal ReserveJerome Powell, de que o Banco Central manterá sua política de incentivos monetários, apesar do avanço inflacionário. A expectativa em torno das declarações manteve os índices de ações em Wall Street sob forte volatilidade durante o pregão.

Dow Jones fechou a quarta-feira com alta de 0,15%, a 34.942 pontos. O S&P 500 cresceu 0,20%, a 4.377 pontos. O Nasdaq teve queda de 0,09%, a 14.644 pontos.

Powell disse que qualquer movimento para retirar o apoio à economia “ainda está longe”, bem como afirmou que o ritmo de alta dos preços é mais rápido do que o esperado, mas irá se “moderar”.

índice de preços ao produtor para a demanda final dos Estados Unidos, divulgado hoje, aumentou 1,0% no mês passado, após alta de 0,8% em maio, informou o Departamento do Trabalho. No acumulado de 12 meses até junho, o índice apresentou alta de 7,3%. Esse foi o maior aumento ano a ano desde novembro de 2010, após avanço de 6,6% em maio. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cresceria 0,6% em junho e 6,8% em comparação com o ano anterior.

Os preços mais altos das commodities e custos trabalhistas elevados devido à escassez de mão de obra estão impulsionando a inflação na porta das fábricas. Com os estoques em níveis muito baixos devido a problemas na cadeia de abastecimento, os produtores estão repassando facilmente o custo mais alto aos consumidores.

De acordo com o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o mercado está dividido sobre a inflação nos EUA ser ou não transitória. “Por isso a tendência positiva quando fica mais claro que o Fed vai demorar mais para tomar essa decisão [sobre redução dos estímulos monetários]”, afirma.

Cotação do dólar

dólar teve a maior queda diária desde março e fechou o dia negociado a R$ 5,0861 na venda, recuando 1,81% na sessão. O movimento veio em linha com o desempenho da moeda norte-americana no exterior.

Segundo o estrategista de juros e moedas para a América Latina do BNP Paribas, André Digiacomo, a valorização recente da moeda norte-americana é apenas um desvio temporário e não compromete uma tendência mais ampla de baixa. O estrategista afirma ainda que o aumento da taxa Selic pelo Banco Central tem ajudado muito o desempenho do real, levando os juros para níveis em que a moeda brasileira fica mais competitiva em termos de carrego.

Custos mais altos dos empréstimos no Brasil tornam o real mais atrativo para estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo e compra de contratos futuros de uma divisa de juro maior, como a moeda brasileira. O investidor, assim, ganha com a diferença de taxas.

O BNP Paribas projeta que o dólar encerrará o ano de 2021 em R$ 4,7  (Reuters, 14/7/21)

 

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