Notícia
19/08/2021
Notícias do Setor

Rio Grande do Sul abre data room para privatização da CEEE Geração

Natália Bezuttiração

O governo do Rio Grande do Sul disponibilizou, desde a última segunda-feira, 16 de agosto, a sala de informações – data room – para os potenciais investidores no processo de desestatização da subsidiária de geração da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE – G).

O acesso ao data room, bem como as visitas técnicas e reuniões adicionais para o esclarecimento de dúvidas serão autorizadas, única e exclusivamente, de acordo com os procedimentos e critérios dispostos no Manual de Procedimento de Diligências dos Interessados, que pode ser acessado clicando aqui.

Privatizações CEEE

O leilão de privatização da subsidiária de distribuição da CEEE ocorreu em 31 de março, e a Equatorial foi a única ofertante presente no certame, arrematando a distribuidora por R$ 100 mil, ágio de 100% em relação ao preço mínimo estabelecido para o certame, de R$ 50 mil. Além disso, assumiu uma dívida de R$ 4,1 bilhões na companhia, que vai exigir investimentos elevados para obter a melhoria da qualidade do seu serviço.

No braço de transmissão do grupo CEEE, mais interessados participaram do certame, que teve como vencedora a CPFL Energia, ao oferecer R$ 2,67 bilhões, ágio de 57,13% em relação ao preço mínimo estabelecido pelo edital, de R$ 1,7 bilhão.

A companhia derrotou as proponentes Energisa e MEZ no pregão viva-voz e garantiu a parcela de 66,08% de participação. Também fizeram ofertas a ISA Cteep, a espanhola Cymi, e a Infraestrutura e Energia Brasil.

Câmara aprova PL da geração distribuída

Texto agora é enviado para o Senado avaliar o PL e caso haja modificação volta para a reanálise dos deputados

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)COMPARTILHAR

O PL 5829 que trata do marco regulatório da geração distribuída foi aprovado nesta quarta-feira, 18 de agosto, na Câmara dos Deputados. O substitutivo que foi apresentado é o texto resultante de acordo entre os partidos. Tanto que nenhum deles foi contrário ao projeto do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) e que contou com a relatoria de Lafayette de Andrada (Republicanos-MG). O placar final da votação que foi nominal ficou em 476 votos sim, 3 contrários e uma abstenção a do presidente da Câmara como é o normal. Agora o texto segue para o Senado avaliar a proposta.

Entre os argumentos dos deputados estava o destaque de que a fonte é renovável e que em período de crise hídrica e risco de apagão os investimentos vão ajudar o país. E que o texto aprovado estava melhor do que o anterior. Outro ponto levantado foi o incentivo a fontes renováveis ante as térmicas em momento de alterações climáticas como se tem passado. E que o projeto traz segurança jurídica para os investimentos que são feitos no Brasil.

Houve ainda 59 emendas, que foram rejeitadas pelo relator porque o texto aprovado de consenso contemplou muitas das emendas apresentadas. Além disso, sobre os destaques que foram colocados por partidos como o PT e o PSOL, esses são anteriores ao projeto que foi a votação. Apesar disso, o PSOL manteve o destaques que foi votado depois do texto base do PL.

O deputado Paulo Ganime (NOVO-RJ) foi um dos que apontaram que o texto é um ‘bom compromisso’ e não o ideal. Já o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) mostrou-se contra o projeto justamente defendendo o final dos subsídios. Ele destacou que em sua visão a GD traz um impacto sobre os mais pobres que deverão pagar pelos que têm condições de colocar um sistema fotovoltaico como ele próprio, destacou ter em sua residência.

Crescimento
Um dia antes da votação a Absolar divulgou que o segmento de geração distribuída alcançou a marca de 700 mil unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte solar. Dos mais de 87,5 milhões de consumidores de eletricidade do País, apenas 0,8% já faz uso do sol para produzir energia limpa, renovável e competitiva.

A concessionária Cemig, por sua vez, apontou em sua teleconferência de resultados que a GD apresentou um forte crescimento na comparação com o ano passado. Ao final do segundo trimestre de 2021 houve um aumento na injeção da energia desses sistemas na ordem de 90,5% quando comparado aos volumes do mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o mercado consumidor apresentou alta de 12,4% e, se não houve a GD, esse índice seria ainda maior, da ordem de 14,1%.

Leilão de capacidade será no dia 21 de dezembro

MME publicou as diretrizes do certame direcionado apenas às termelétricas

SUELI MONTENEGRO, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE BRASÍLIA

O Ministério de Minas e Energia publicou portaria com as diretrizes para o leilão de contratação de reserva de capacidade, previsto para 21 de dezembro desse ano. O certame será o primeiro do tipo para compra de potência e energia associada de empreendimentos de geração termelétrica novos e existentes, destinado ao atendimento ao Sistema Interligado Nacional.

O montante a ser contratado será definido pelo MME com base em estudos da Empresa de Pesquisa Energética e do Operador Nacional do Sistema Elétrico Nacional, respeitados os critérios de suprimento estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Energética.

O certame será promovido direta ou indiretamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica, de acordo com as diretrizes do MME. Serão negociados contratos de reserva de capacidade e contratos de comercialização de energia com prazo de 15 anos e inicio de suprimento em 1º julho de 2026 e 1º de janeiro de 2027, respectivamente. Poderão participar da disputa apenas usinas termelétricas. Dois produtos serão ofertados.

O primeiro é o Produto Energia, associado à potência de termelétricas com inflexibilidade de geração anual de até 30%. O segundo é o Produto Potência, que terá compromisso de entrega de disponibilidade dessa capacidade, em MW.

A energia vinculada à parcela de inflexibilidade de termelétricas poderá ser vendida nos ambientes livre e regulado, e o preço de referência ficará limitado ao preço médio dos Leilões de Energia Nova “A-6”. A negociação fica condicionada à existência de demanda de energia das distribuidoras do Sistema Interligado Nacional, de consumidores livre, autoprodutores, comercializadores agentes varejistas e dos geradores interessados em participar do leilão.

A Aneel poderá estabelecer no edital e nos contratos os critérios e a exigência de garantias mínimas para que sejam consideradas as demandas de energia por parte desses agentes.

O prazo de cadastramento de empreendimentos na Empresa de Pesquisa Energética termina as 12h do dia 3 de setembro. Já as Declarações de Necessidade de compra pelas distribuidoras deverão ser apresentadas entre 29 de novembro e 3 de dezembro.

O MME vai publicar portaria especifica com a sistemática do leilão de dezembro. Esse tipo de certame vai marcar a transição para a contratação em separado de lastro e energia, um dos principais temas do novo modelo comercial do setor elétrico.  Veja portaria com as diretrizes.

(Nota da Redação: Matéria alterada às 16:40 horas do dia 18 de agosto de 2021 para corrigir informação. O leilão será apenas para térmicas e não inclui hidrelétricas, como dissemos na primeira versão)

Entenda como a tensão fiscal tem contribuído para alta do dólar no Brasil

A questão fiscal é apenas um dos fatores que influenciam o câmbio, mas há outros elementos com impacto na moeda

Por Marcelo Osakabe, Valor — São Paulo

O temor sobre a fragilização do arcabouço fiscal brasileiro voltou a dominar o noticiário econômico nas últimas semanas, em meio às discussões sobre a reformulação do programa Bolsa Família e também a apresentação da PEC dos precatórios. A preocupação de investidores, analistas e porta-vozes do mercado financeiro tem penalizado os ativos locais, entre eles o real, em um momento em que muitos analistas esperavam que uma conjunção de fatores positivos, como o ciclo de altas da Selic, pudesse, enfim, levar o dólar consistentemente para abaixo do patamar psicológico dos R$ 5,00.

 

Nova regra afrouxa segurança de redes de transmissão

Flexibilização permite elevar uso de linhões, mas deixa sistema mais exposto a blecautes

Por Daniel Rittner e Gabriela Ruddy — De Brasília e do Rio 

Na tentativa de poupar água dos reservatórios, em meio à maior crise hídrica dos últimos 91 anos, duas grandes redes de transmissão que fazem o escoamento de energia dos subsistemas Norte e Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste deixaram de adotar a exigência de dupla contingência contra falhas ou interrupções.

 

Petrorecôncavo mira mais ativos da Petrobras e cogita oferta subsequente

Petrorecôncavo está de olho em dois polos colocados à venda pela Petrobras e cotgita follow-on para financiar compra

Por André Ramalho — Do Rio

da campos maduros da Petrobras e avalia fazer uma oferta subsequente de ações (follow-on) como estratégia de financiamento de eventuais novas aquisições. A ideia, se a empresa for bem-sucedida nas concorrências em curso, é combinar uma nova venda de ações com captação de dívida no mercado.

 

Julho se encerra com alta de 3,1% do consumo de energia elétrica

17/08/2021 - 14:07

 

O Brasil consumiu 61.494 megawatts médios de energia em julho, volume 3,1% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. Os dados preliminares foram levantados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que avalia o cenário como positivo, equilibrado e em linha com o esperado. Na comparação com 2019, a alta foi de 3,8%.

“Estamos em um ritmo de crescimento semelhante ao do período pré-pandemia. A tendência daqui para frente é de aumento gradual em relação a 2020, mas com taxas menores que as registradas no primeiro semestre”, diz Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

Para a organização, o avanço do consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) está atrelado ao bom desempenho dos principais setores da economia que adquirem eletricidade no mercado livre (ACL). O consumo nesse segmento, que atende a indústria e empresas de grande porte, aumentou 12,1% frente a 2020, considerando as novas cargas que migraram para o segmento nos últimos 12 meses. Se excluirmos da conta as novas unidades, o crescimento seria de 7,1%.

Já o mercado regulado (ACR), que atende pequenos comércios, pequenas e médias empresas e os consumidores residenciais, recuou 1,3% se consideradas as cargas que saíram desse ambiente no último ano – influência da migração para o segmento livre –. Mesmo se a comparação for feita com o mesmo volume de cargas de julho do ano passado, haveria uma pequena retração, de 1,1%.

 

Consumo por ramos de atividade

Considerando a migração de cargas nos 15 setores monitorados pela CCEE, saneamento foi o ramo que registrou a maior taxa de crescimento (32,9%), seguido pela indústria têxtil (20,9%), comércio (20,4%), indústria de veículos (16,0%) e a metalurgia e produtos de metal (14,3%). Nessa leitura, apenas o setor de bebidas recuou (- 6,9%).

Se excluíssemos as novas adesões dos últimos 12 meses, o segmento de têxteis estaria na frente do ranking, alta de 17,5% no consumo, à frente dos setores de veículos (13,9%), metalurgia e produtos de metal (13,5%) e extração de minerais metálicos (12,1%). Nesse cenário, seria observada uma retração em bebidas (-10,7%), serviços (-5,5%), comércio (-2,5%) e telecomunicações (-2,4%).

 

Consumo regional

O Nordeste foi a única região que registrou aumento no consumo de energia em todos os estados no mês de julho, com destaque para o Rio Grande do Norte, que avançou 12% em relação ao mesmo período de 2020. No Sudeste, o Espírito Santo registrou a maior alta (10%) e no Centro-Oeste, Goiás foi a única região que teve acréscimo (1%). No Norte do país, o Pará liderou com avanço de 6%.

 

Ibovespa recua com impasse para reforma do IR; dólar vai a R$ 5,37

Ibovespa manteve o movimento negativo dos últimos dias e fechou em queda de 1,07%, a 116.642 pontos.

]O cenário de cautela no exterior, com Wall Street reagindo negativamente à ata da última reunião do Federal Reserve, o exercício de opções sobre o Ibovespa e o adiamento da votação da reforma do imposto de renda (IR) prejudicaram o desempenho da Bolsa brasileira, que agora acumula recuo de 1,99% neste ano.

No Congresso, a tributação dos dividendos – prevista na segunda parte da reforma tributária – segue causando desconforto entre os parlamentares, que advogam por um escalonamento na alíquota cobrada dos investidores. A demanda, no entanto, enfrenta pouca abertura para negociação por parte do Ministério da Economia. O texto atual prevê a tributação dos dividendos em 20%. Ao mesmo tempo, governos estaduais e municipais apontaram que o texto da reforma implica em perdas de arrecadação, o que comprometeria a prestação de serviços locais.

“A aviação é contra, o agronegócio é contra, a indústria é contra, o mercado financeiro é contra, a construção civil é contra. Todo mundo é contra. Não tem como aprovar um negócio nesse ambiente aqui na Casa”, afirmou o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), em entrevista à Reuters nesta tarde.

Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) estão novamente entre os destaques negativos do pregão, com quedas de 3,72% e 4,73%, respectivamente, após um novo recuo nos preços do minério de ferro na China. No caso da Vale, pesou também o pedido de bloqueio de bens da companhia e da BHP feito pelo Ministério Público de Minas Gerais no valor da dívida da Samarco, que soma R$ 50,7 bilhões.

Já entre os maiores avanços do dia estão os papéis da Cogna (COGN3), do setor de educação, que subiram 4,52% e se beneficiaram dos bons resultados divulgados na segunda-feira (16) em seu balanço do segundo trimestre, ancorados principalmente em sua divisão de ensino superior, a Kroton.

Nos Estados Unidos, o registro da reunião do Fed, divulgado nesta tarde, mostrou que a autoridade monetária dos Estados Unidos avalia antecipar para este ano a redução no programa de compra de títulos de US$ 120 bilhões, que vigora desde o início da pandemia como instrumento de estímulo econômico no país.

Os índices norte-americanos fecharam em baixa diante do tom “hawkish” (de aperto monetário) do documento, com o Dow Jones caindo 1,08%, a 34.960 pontos; o S&P 500 recuou 1,07%, a 4.400 pontos e o Nasdaq registrou queda de 0,89%, a 14.525 pontos.

dólar subiu 1,94% nesta quarta-feira e fechou a R$ 5,3751 na venda, a maior cotação desde maio, com uma onda de compras da moeda refletindo uma forte aversão ao risco fiscal no Brasil. O real amargou, com larga diferença, o título de moeda com pior desempenho no mundo nesta sessão, enquanto alguns de seus pares emergentes se valorizavam ou operavam em torno da estabilidade.

O ruído político doméstico tem ofuscado o impacto da positivo para o câmbio da perspectiva de aumento dos juros no Brasil. A elevação dos juros tende a elevar a atratividade do mercado de renda fixa local e a pressionar o dólar para baixo.

“Em condições normais, sem as perturbações de natureza política presentes, a sinalização de ajuste dos juros seria um antídoto forte contra a elevação do preço do dólar no país. No entanto, a insegurança sobre a insuficiência do ajuste, que tem sido feito tardiamente, retira esse efeito antecipado no mercado cambial, que fica mais volátil e se mostra resistente na manutenção do preço”, escreveu Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora (Reuters, 18/8/21)

 

Localização
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