Notícias do setor
05/11/2021
Notícias do Setor

Socorro de R$ 15 bi do governo deve dar liquidez a distribuidoras, analisa Fitch Ratings

Agência de classificação acredita que o suporte terá condições semelhantes às da Conta-Covid, que não resultou em endividamento das concessionárias

DA AGÊNCIA CANALENERGIA

A Fitch Ratings avalia que o governo federal tem tomado medidas eficazes para mitigar o risco de liquidez das distribuidoras de energia do Brasil. Segundo a agência de classificação, um novo aporte de caixa, de até R$ 15 bilhões, em discussão entre governo, instituições financeiras e agentes do setor, deve compensar os descasamentos de fluxo de caixa decorrentes da alta de custos com compra de energia.

Na análise da Fitch, o suporte terá condições semelhantes às da Conta-Covid, que não resultou em endividamento das distribuidoras. Segundo ela, “caso o prazo da operação seja em torno de cinco anos, haverá diluição dos impactos tarifários em 2022, beneficiando o controle de perdas e índices de inadimplência”.

Na avaliação da empresa, a bandeira de escassez hídrica deve arrecadar R$ 13,8 bilhões até abril de 2022 com o incremento tarifário de R$ 14,20 a cada 100 KWh, valor que, para a maioria das distribuidoras, deve ser insuficiente frente aos custos de energia térmica.

Outra justificativa apresentada pela Fitch Ratings sobre o aporte do governo às distribuidoras é que ao final de junho, os dez principais grupos do país com atuação no segmento de distribuição totalizavam um descasamento de caixa de R$ 4,5 bilhões, reportados como saldo da conta de compensação de variação da parcela A (CVA).

“A bandeira de escassez hídrica e o novo financiamento em discussão, cujo desembolso é esperado para até janeiro de 2022, são cruciais para mitigar as pressões sobre os fluxos de caixa. Em 2020, o Ebitda consolidado dos dez maiores grupos com atuação em distribuição foi de R$ 38,4 bilhões, sendo R$25,3 bilhões no segmento de distribuição”, disse em nota.

CCEE: PLD médio de 2021 deve ficar em R$ 282,48/ MWh

Encargos de outubro deve chegar a R$ 4,6 bilhões

PEDRO AURÉLIO TEIXEIRA, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DO RIO DE JANEIRO

A projeção média de PLD para 2021 é de R$ 282,48/ MWh. o valor foi divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica durante o Encontro PLD. Para 2022, a expectativa é de R$ 146,33/ MWh. Em um cenário mais otimista, o PLD deve ficar em R$ 276,09/ MWh este ano e ano que vem, em R$ 82,21/ MWh. Já no cenário de limite inferior, de viés pessimista, a média é de R$ 292,60/ MWh para 2021 e de R$ 266,43/ MWh em 2022. A CCEE também mirou um cenário de limite inferior com geração térmica máxima, que traz uma média de PLD em R$ 132,05/ MWh.

Já no submercado Sul, o PLD médio projetado para 2021 é de R$ 283,24/ MWh. A expectativa mais otimista, de limite superior, trazem o preço em R$ 276,24/ MWh, enquanto a mais pessimista deixam o preço em R$ 293,36/ MWh. A projeção mais pessimista, com limite inferior e geração térmica máxima deixa o PLD médio em R$ 290,74/ MWh.

No Nordeste, o preço médio da energia fica em R$ 271,89/MWh esse ano. A projeção com limite superior deixa o valor em R$ 265,50/ MWh e no limite inferior em R$ 282,01/ MWh. A expectativa com geração térmica máxima deixa o PLD médio em R$ 279,40. Na região Norte, o valor estimado para PLD em 2021 é de R$ 270,36/ MWh. No cenário otimista, o preço cai para 263,97/ MWh. O cenário pessimista traz o PLD em R$ 280,48/ MWh, enquanto aquele com limite inferior e geração térmica máxima traz o preço em R$ 277,86.

Em outubro, são estimados R$ 4,62 bilhões de encargos de serviços de sistema. A segurança energética foi responsável pela maior parte, com R$ 4,5 bilhões para geração térmica e importação de energia, R$ 400 mil indo para restrição operativa e R$ 107,2 milhões. para Unit Commitments.

Petróleo sobe após OPEP + rejeitar pedido dos EUA para aumentar produção

Por Ron Bousso

LONDRES, 5 de novembro (Reuters) - Os preços do petróleo subiram na sexta-feira depois que os produtores da OPEP + rejeitaram uma chamada dos EUA para aumentar a oferta para esfriar o mercado, seguindo os planos de um aumento gradual na produção após os cortes feitos em face da crise do coronavírus.

O petróleo Brent subiu 36 centavos, ou 0,45%, para $ 80,90 o barril às 0912 GMT, após chegar a $ 81,79. O petróleo bruto US West Texas Intermediate ganhou 60 centavos, ou 0,76%, para US $ 79,41, após subir para US $ 80,17.

O grupo OPEP + de grandes produtores concordou na quinta-feira em manter seu plano de aumentar a produção de petróleo em 400.000 barris por dia (bpd) a partir de dezembro, ignorando os pedidos do presidente dos EUA, Joe Biden, por uma produção extra para esfriar os preços em alta. consulte Mais informação

A Arábia Saudita, grande produtor da OPEP, rejeitou os pedidos de aumentos mais rápidos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, incluindo a Rússia, conhecida coletivamente como OPEP +, citando ventos contrários econômicos.

O grupo tem restringido o fornecimento depois que a pandemia de COVID-19 levou a uma evaporação da demanda.

Mas com os preços da gasolina no varejo nos Estados Unidos não muito longe de US $ 4 o galão, considerado um ponto de pressão para os motoristas americanos, o ônus recai sobre a Casa Branca depois que Biden, no sábado, pediu aos grandes produtores de energia do G20 com capacidade ociosa para aumentar a produção.

A Casa Branca disse que Washington consideraria uma gama completa de ferramentas à sua disposição para garantir o acesso a energia acessível após a reunião da OPEP +.

O foco agora mudará para se os Estados Unidos e outros países optam por liberar petróleo das reservas estratégicas de petróleo (SPR), disse o analista de petróleo do UBS Giovanni Staunovo em uma nota.

"Embora tal decisão resulte em contratempos de preços, o SPR só pode preencher a lacuna durante interrupções temporárias de produção e não corrigir problemas estruturais de subinvestimento e aumento da demanda", disse Staunovo. O banco espera que o petróleo Brent continue subindo para US $ 90 o barril nos próximos meses.

Os preços do petróleo atingiram recentemente as máximas de sete anos, mas caíram esta semana após um aumento nos estoques dos EUA e sinais de que os preços altos podem encorajar uma produção mais alta em outros lugares.

O Brent está a caminho de um declínio semanal de quase 4%, a segunda semana consecutiva em que o contrato caiu. O petróleo dos EUA está caminhando para uma queda esta semana de quase 5%.

Reportagem adicional de Aaron Sheldrick Edição de David Goodman

Leilão do 5G: Claro já arremata seis lotes por mais de R$ 1,6 bilhão

Brasil tem três novas operadoras de internet móvel  (IG@globo news)

As três maiores operadoras de telefonia do país - Claro, Vivo e Tim - oferecerão a tecnologia 5G, que deve estar em todas as capitais até o próximo ano. As empresas levaram lotes na mais importante faixa do certame, a de 3,5 GHz. A Claro também arrematou lotes relacionados à faixa de 2,3 GHz do espectro - ao todo, foram seis lotes adquiridos pela companhia, que já desembolsou mais de R$ 1,6 bilhão.

As empresas vencedoras do lote de 3,5 GHz deverão oferecer 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes, backhaul de fibra óptica em municípios, compromissos associados à migração de recepção de TV por antenas parabólicas e a implementação de redes públicas.

As três maiores operadoras de telefonia do país - Claro, Vivo e Tim - oferecerão a tecnologia 5G, que deve estar em todas as capitais até o próximo ano. As empresas levaram lotes na mais importante faixa do certame, a de 3,5 GHz. A Claro também arrematou lotes relacionados à faixa de 2,3 GHz do espectro - ao todo, foram seis lotes adquiridos pela companhia, que já desembolsou mais de R$ 1,6 bilhão.

As empresas vencedoras do lote de 3,5 GHz deverão oferecer 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes, backhaul de fibra óptica em municípios, compromissos associados à migração de recepção de TV por antenas parabólicas e a implementação de redes públicas.

Além delas, o Brasil tem três novas prestadoras de serviços de internet móvel. Uma delas, a Winity, irá operar de forma nacional, enquanto Brisanet e Cloud2U irão atingir regiões específicas do Brasil.

A Claro foi a primeira a vencer um lote nessa faixa. A empresa aceitou pagar R$ 338 milhões pelo espectro, com ágio de 5,18%. Além desse valor, ela terá que fazer investimentos obrigatórios.

A Telefônica, dona da marca Vivo, levou o segundo lote de 3,5 GHz a um preço de R$ 420 milhões, ágio de 30,69% em relação ao preço mínimo.

A Tim levou o terceiro lote de cobertura nacional na faixa. A empresa pagará R$ 351 milhões, com ágio de 9,22%. Não houve empresas interessadas no quarto lote nacional de 3,5 GHz no 5G.

Leilão do 5G: lotes A e B

Os lotes nacionais na faixa de 3,5 GHz foram denominados pela Anatel como lotes do tipo B. As vencedoras foram:

  • Lote B01 - Claro
  • Lote B02 - Telefônica
  • Lote B03 - TIM

Antes das gigantes de telefonia, a  Winity havia vencido o lote A01, o primeiro do leilão do 5G, também de alcance nacional, mas para a faixa de para a faixa de 700 MHz. A empresa aceitou pagar R$ 1,4 bilhão para a faixa, um ágio de 805,84% em relação ao preço mínimo.

A Winity II Telecom é a nova plataforma de infraestrutura wireless do Fundo Patria, grupo com grande experiência em telecomunicações, antigo dono da Highline, vendida para o fundo norte americano Digital Bridge em 2019.

A frequência de 700 MHz permite maior cobertura e é uma sobra do leilão do 4G, de 2014. "É uma nova operadora móvel com oferta nacional após o leilão", disse o presidente da comissão do leilão, Abraão Albino.

Vencedoras regionais: lotes C

Depois dos lotes do tipo A e B, ambos nacionais, o leilão do 5G partiu para os lotes regionais, do tipo C. Nesta etapa, foram vendidos blocos de 80 MHz na faixa de 3,5 GHz em áreas de prestação regionais, e todas as radiofrequências foram vendidas.

Além da nacional Winity, o Brasil ganhou duas novas prestadoras de internet móvel regionais: a  Brisanet e a Cloud2U. Veja as vencedoras de cada lote.

  • Lote C02 - Sercomtel
    • Lote C04 - Brisanet
    • Lote C05 - Brisanet
    • Lote C06 - Consórcio 5G Sul
    • Lote C07 - Cloud2U
    • Lote C08 - Algar Telecom

A primeira empresa a arrematar um lote do tipo C foi a Sercomtel, que pagou R$ 82 milhões, cobrindo o estado de São Paulo e a região Norte do país.

Em seguida, a empresa cearense Brisanet venceu o lote regional de 3,5 GHz para prestação de serviços 5G em todo o Nordeste. O lance foi de R$ 1,2 bilhão, valor 13.000% mais alto que o do segundo maior lance, da Meganet, que foi de R$ 9 milhões. A companhia também foi a vencedora do lote regional de 3,5 GHz para o Centro-Oeste, com lance de R$ 2,5 milhões, ágio de 4.054%.

O lote regional de 3,5 GHz para a região Sul do país foi arrematado pelo Consórcio 5G Sul, que pagou R$ 73,6 milhões, com ágio de 1.454%. O lote de 3,5 GHz referente aos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais foi arrematado pela empresa Cloud2U. O valor do lance foi de R$ 405 milhões, com ágio de 6.266%.

O lote de 3,5 GHz referente ao sul do estados de Minas Gerais, parte do estado do Mato Grosso e parte do estado de São Paulo. A vencedora foi a Algar Telecom, que ofereceu R$ 2,3 milhões, com ágio de 358%.

Lotes D: o restante dos lotes B

Nesta etapa do leilão, quatro lotes foram colocados à venda. Eles representam uma divisão do lote B04, que não foi arrematado. Cada um deles é um bloco de 20 MHz na faixa de 3,5 GHz.

Esta etapa permite que as gigantes Claro, Vivo e TIM possam completar um total de 10 MHz de faixa cada uma, já que já haviam arrematado 80 MHz cada. Nesta etapa, as empresas pagaram o valor mínimo. Confira os vencedores:

  • D33 - Claro
  • D34 - TIM
  • D35 - Telefônica
  • D36 - Não foi arrematado

Lotes E: abrangência regional

Agora, o leilão vende blocos de 50 MHz na faixa de 2,3 GHz, todos com abrangência regional. Essa faixa de radiofrequência é promissora para o futuro no 5G, já que vai permitir a oferta da nova tecnologia no futuro, mas também pode ser usada para ofertar 4G.

O lote E01 foi arrematado pela Claro, que apresentou a única proposta válida. A empresa ofereceu R$ 72 milhões, com ágio de 101,79%. O bloco permite a prestação de serviços na região Norte.

Em seguida, após disputa entre Claro e Telefônica, o lote E03 foi arrematado pela Claro, que ofereceu R$ 750 milhões, com ágio de 755%. O bloco permite a atuação da empresa no estado de São Paulo.

Com a única proposta válida, a Brisanet arrematou o lote E04, que permite atuação no Nordeste. O valor oferecido foi de R$ 111 milhões.

Na sequência, o lote E05, referente à região Centro-Oeste, foi arrematado pela Claro, após disputa com a Telefônica. O valor oferecido foi de R$ 150 milhões, com ágio de 381%. Em movimento parecido, após disputa com a Telefônica, a Claro arrematou o lote E06, referente à região Sul do Brasil, por R$ 210 milhões, com ágio de 259%.

No caso do lote E07, que permite operações nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, a disputa ficou entre Telefônica e TIM. Quem arrematou foi a Telefônica, que ofereceu R$ 176 milhões, com ágio de 124%.

A Claro ainda arrematou o lote E08, que compreende a operação no Triângulo Mineiro. A empresa ofereceu R$ 32 milhões, ágio de 406%, após disputa intensa com a TIM. 

Lote F: 40 MHz na faixa de 2,3 GHz

Para a disputa da Região Norte (F1) e usufruir de 40MHz da faixa 2,3GHz, a Telefônica, que apresentou a proposta de R$ 29 milhões, levou a melhor sobre a TIM. A empresa, dona da Vivo, ainda arrematou os lotes do Estado de São Paulo (F3) e Centro-Oeste (F5), por R$ 231 milhões - ágio de 229% - e R$ 30 milhões - ágio de 20% - respectivamente. 

O lote F06, responsável pela operação na região Sul, foi vencido pela TIM, que ofereceu R$ 94,5 milhões, ágio de 102,3%. A empresa também deu maior oferta pelo lote F07, para operação nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. O valor foi de R$ 450 milhões, com ágio de 616,69%. 

O leilão desta quinta-feira foi encerrada com ofertas pelo lote F08, que corresponde ao Triângulo Mineiro. A Algar Telecom ofereceu R$ 57 milhões pelo lote, com ágio de 1027,08%, superando a proposta feita pela TIM. 

Tudo sobre o leilão do 5G

A sessão acontece na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília. Antes do início da análise das propostas, ocorreu um evento político, no qual participaram o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Cominicações, Fábio Faria. Ao todo, 15 empresas interessadas participam do leilão.

A Anatel não julga apenas as propostas de preço, mas também se as empresas apresentam as condições mínimas para operar a rede. O leilão tem um valor de R$ 50 bilhões, que inclui outorgas e obrigações de investimentos das empresas vencedoras.

As empresas que participam do leilão devem cumprir uma série de investimentos obrigatórios. Entre os investimentos está a necessidade de conectar escolas públicas e levar o acesso à rede móvel para rodovias federais.

Por isso, a maior parte do recurso movimentado com o leilão será transformado em investimento e não em arrecadação para os cofres do governo federal. Como a sessão pode ser longa, há previsão no edital de que ela seja suspensa e retomada no dia seguinte ou em outra data a ser definida.

Os lotes são divididos por faixas:

  • a de 700MHz, de apenas um lote;
  • a de 3,5 GHz, de 12 lotes;
  • a de 2,3 GHz, de dois lotes;
  • a de 26 GHz, de 16 lotes.
  • Quem não participar do leilão ou não conseguiu arrematar algum lote, não necessariamente ficará de fora do 5G. É possível que após esse processo, as empresas que ganharam negociem com outras para prestação de serviços de natureza técnica ou financeira, por exemplo.
  • "Você tem um contrato entre o estado e um ente privado, esse contrato tem natureza pública. A partir do momento que o ente privado assume a concessão, ele é uma empresa de direito privado, então ela pode celebrar o contrato que ela quiser com quem quer que seja desde que ela mantenha os compromissos do leilão", explicou Paulo Fischer Carneiro, sócio do Chediak Advogados e especialista em direito societário, administrativo e regulatório.
  • O edital prevê que todas as capitais e o Distrito Federal terão cobertura de sinal 5G até 31 de julho de 2022. A previsão é que todas as cidades com mais de 30 mil habitantes sejam atendidas até 31 de julho de 2029.

 

Protesto de caminhoneiros reduz fluxo de cargas no porto de Santos

Cerca de 20% dos navios foram afetados; PRF faz operação para garantir normalidade dos transportes.

paralisação dos caminhoneiros autônomos está afetando o transporte de cargas no porto de Santos. Segundo a autoridade portuária, 20% dos navios que estavam atracados nesta quinta-feira (4) sofreram algum tipo de impacto, seja em função de atrasos ou porque os caminhões não chegaram aos terminais.

O acesso ao porto, contudo, flui normalmente, sem registros de retenções no tráfego ou concentrações de caminhões parados.

"Cerca de 80% dos navios atracados operam sem qualquer restrição. O restante opera em menor escala, em razão da cautela por parte de transportadoras e embarcadores no acesso ao porto diante do temor de represálias", disse o Ministério da Infraestrutura em nota.

 Desde a última segunda (1º), manifestantes estão reunidos numa área próxima à entrada do porto, mas seguem proibidos judicialmente de bloquear as estradas. A categoria reivindica a revisão da política de preços para os combustíveis, o cumprimento do piso mínimo do frete e aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribuição.

De acordo com um boletim da PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgado pelo Ministério da Infraestrutura, a mobilização em Santos é hoje o único ponto de concentração de caminhoneiros no país.

Wagner Souza, diretor-executivo da ABTTC (Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres), diz que a greve está prejudicando o transporte de contêineres para os terminais portuários.

"Na Alemoa [bairro onde está localizado o porto de Santos], nenhum caminhão com contêiner está passando e as cargas que já estão prontas nos terminais retroportuários não estão conseguindo chegar até o operador para serem embarcadas", afirma.

Souza cita o exemplo de um terminal portuário que costuma movimentar 2.000 caminhões por dia, e que recebeu apenas oito carretas nesta quinta-feira.

"Podemos falar que em três dias de autônomos parados e impedindo que a carga chegue ao porto devem ter, mais ou menos, uns 10 mil contêineres pendentes de serem embarcados ou retirados", diz.

Empresas procuradas pela Folha não deram detalhes sobre o impacto da paralisação nos fluxos de transporte.

DP World Santos, um dos terminais de contêineres que opera no porto, afirmou que o movimento está bastante atípico, com poucos caminhões acessando o terminal.

A Santos Brasil disse que está operando normalmente, mas que registrou movimento de entrada e saída de caminhões abaixo do habitual. Já a BTP (Brasil Terminal Portuário) informou que suas operações estão ocorrendo dentro da normalidade.

No @PortodeSantosBR há o registro de eventos isolados de vandalismo como forma de intimidação da classe dos caminhoneiros. A @PRFBrasil iniciou na manhã desta quinta (04) uma operação final para garantir o retorno da normalidade em todo o perímetro que circunda o porto. pic.twitter.com/3m9hS5dbz6

— Ministério da Infraestrutura (@MInfraestrutura) November 4, 2021

Segundo Souza, os problemas de embarque têm acontecido não só por causa da paralisação dos caminhoneiros autônomos, mas porque as empresas com frota própria estão evitando colocar seus veículos nas rodovias por medo de represálias.

Na quarta (3), a ABTTC emitiu uma nota dizendo ter recebido relatos de associados que tiveram seus veículos danificados. O Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira) negou envolvimento dos manifestantes nos episódios.

Na manhã desta quinta, um efetivo de 200 policiais rodoviários foi enviado para a região de Santos a fim de garantir o retorno à normalidade e a fluidez dos transportes. Segundo a PRF, está sendo formado um corredor de segurança que vai do acesso aos terminais até a subida da Serra do Mar.

Para Marcelo da Paz, caminhoneiro autônomo associado ao Sindicam, a chegada da PRF não muda a greve em nada.

"Para voltar a normalidade nós temos que voltar a trabalhar. Saiu a liminar proibindo a gente de nos manifestar, mas não existe quem faça nós voltarmos a trabalhar. Nós somos autônomos, quem que vai obrigar?", afirma.

Segundo ele, os caminhoneiros estão parados na entrada do porto, sem fazer manifestação ou entoar gritos de ordem.

Marcelo diz que os episódios de vandalismo não têm relação com os grevistas.

Na madrugada de segunda-feira, manifestantes chegaram a ocupar uma região perto do porto, mas foram dispersados pela Polícia Militar.

Em nota, a PM disse que acompanha as manifestações.

"No primeiro dia, foi necessário o uso de técnicas de controle de multidão para desobstruir os acessos ao porto. O reforço no policiamento será mantido até a conclusão dos atos, de forma a garantir a segurança de todos e a ordem pública", diz o comunicado (Folha de S.Paulo, 5/11/21)

 

Ibovespa cai à mínima de 2021; dólar vai a R$ 5,6046

As ações de maior peso no Ibovespa, como Petrobras, Vale e bancos, também encerraram o dia no vermelho.

Ibovespa fechou hoje (3) em baixa de 2,09%, a 103.412 pontos, com incertezas dos investidores sobre a PEC (proposta de emenda constitucional) dos Precatórios. Na madrugada desta quinta-feira, a Câmara aprovou em primeiro turno o texto-base da proposta, que abre espaço fiscal para o pagamento do Auxílio Brasil, que será de R$ 400 mensais. Agora, o projeto segue para a votação em segundo turno na Câmara antes de chegar ao Senado.

O economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, destacou em comentário a clientes que, embora a notícia comece a resolver a situação do pagamento para as populações de baixa renda, “não serve muito como catalisador positivo para os mercados”.

As ações de maior peso no Ibovespa também encerraram o dia no vermelho. A Petrobras e a Vale caíram 3,09% e 1,24%, respectivamente, seguindo a direção dos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior. As maiores perdas, porém, ocorreram nos grandes bancos. Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) fecharam em queda de 5,11% e 6,52%, respectivamente, com a inflação aumentando a perspectiva de ocorrência de inadimplência.

Entre os destaques positivos do Ibovespa estão as ações da Getnet (GETT11), da Minerva (BEEF3) e da Marfrig (MRFG3), que fecharam em alta de 6,19%, 3,88% e 3,44%, respectivamente.

Em Wall Street, os índices fecharam sem direção definida. O Dow Jones caiu 0,09%, a 36.124 pontos, o S&P 500 registrou alta de 0,42%, a 4.680 pontos, e o Nasdaq avançou 0,81%, a 15.940 pontos.

O mercado ainda digere a decisão do Federal Reserve, o banco central norte-americano, anunciada ontem (3), de reduzir os estímulos de US$ 120 bilhões mensais à economia dos Estados Unidos. Embora o movimento já fosse esperado pelo mercado, ele não foi suficiente para acalmar os nervos de alguns investidores que permanecem apreensivos com a inflação persistente e buscam reduzir sua exposição ao risco prevendo tempos mais difíceis.

O Nasdaq manteve um bom desempenho durante grande parte do dia, impulsionado por uma série de balanços corporativos otimistas. O destaque foi para a Qualcomm (QCOM), fabricante de chips cujas ações disparavam 12,73% após divulgação de lucro e receita do terceiro trimestre melhores do que o esperado.

dólar fechou em alta de 0,28%, negociado a R$ 5,6046, sob o impacto da aprovação do texto-base da PEC dos Precatórios. “Na nossa opinião, mudar a regra do teto de gastos para temporariamente aumentar os benefícios sociais não apenas reduz a credibilidade do instrumento fiscal, uma vez que em outros momentos de necessidade o governo poderia mudar a regra novamente, mas também aumenta enormemente a probabilidade de a regra ser alterada de novo em 2023”, afirmou o Credit Suisse em relatório assinado por Solange Srour, economista-chefe do banco no Brasil, e Lucas Vilela, economista (Reuters, 4/11/21)

 

Localização
Av. Ipiranga, nº 7931 – 2º andar, Prédio da AFCEEE (entrada para o estacionamento pela rua lateral) - Porto Alegre / RS
(51) 3012-4169 aeceee@aeceee.org.br