CEEE Equatorial descumpre prazo para detalhar ações de restabelecimento de energia elétrica, diz Agergs
RGE já foi multada em R$ 30 milhões por descumprimentos de outras ações
CRIS LOPES
08/03/2022 - 23h49min
Esta terça-feira (8) foi marcada por diversos protestos em Porto Alegre e na Região Metropolitana devido à falta de energia elétrica. Em alguns locais, o fornecimento está interrompido desde o temporal do último domingo (6). Com o aumento dos relatos dos consumidores e da demora nas respostas das companhias de energia, a Rádio Gaúcha conversou durante o programa Estúdio Gaúcha com o presidente da Agência Estadual de Regulação do Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), Luiz Afonso Senna.
De acordo com Senna, a CEEE Equatorial deveria informar em 24 horas as ações efetuadas e programadas para restabelecimento da energia elétrica. No entanto, o prazo passou e a empresa descumpriu a norma e agora a empresa passará por fiscalização ordinária, segundo ele.
Conforme o dirigente, os relatos recebidos por meio da imprensa, ouvidoria, Assembleia Legislativa e outros canais têm sido de famílias perdendo alimentos que tinham em casa devido à demora no retorno da luz em muitas cidades.
— A gente sabe o custo que é para as famílias conseguirem seu alimento. Quando as vemos perdendo também móveis queimados e comida por causa de um serviço deficiente, é pior ainda — relata Senna.
Segundo ele, o alcance da Agerns é limitado porque uma multa que é aplicada às companhias pode ser abrandada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regula o setor em nível nacional.
— Somos uma agência reguladora no âmbito dos Estados, e as companhias precisam cumprir indicadores propostos pela agência nacional, que são até bem lights. No entanto, por mais que essa empresa seja gerida pelo setor privado, ela oferece um serviço público, que deveria ser feito de forma adequada — completa.
Há cerca de um mês, a RGE, companhia de energia que atende outros municípios do Rio Grande do Sul, demorou para restabelecer a energia na zona rural, provocando problemas semelhantes aos vividos por moradores da Região Metropolitana no último temporal.
— Do ponto de vista técnico e de engenharia, não se admite que a cada temporal a energia seja interrompida e demore tanto pra ser restabelecida — critica o presidente da agência, recomendando que as pessoas busquem seus direitos no Procon e outros órgãos competentes para reaver seus valores dos produtos perdidos, mesmo não sendo uma alta quantia.
Ouça a entrevista completa:
Saiba mais:
Há mais de dois dias sem energia elétrica, moradores da Região Metropolitana protestam
Pelo menos três manifestações foram registradas por conta da indisponibilidade do serviço
SAMANTHA KLEIN E GUILHERME MILMAN
08/03/2022 - 19h05minAtualizada em 08/03/2022 - 21h49min
Milhares de famílias seguem sem energia elétrica em razão dos temporais registrados no último domingo (6) e na segunda-feira (7). Os moradores das cidades atingidas reclamam da falta de previsão para o retorno e não atendimento nos canais de comunicação da CEEE Equatorial. Alguns protestos foram registrados ao longo desta terça-feira (8) em Alvorada e dois pontos de Porto Alegre.
A concessionária informa que seguem afetados cerca de 23 mil clientes na sua área de concessão, sendo as áreas mais atingidas Porto Alegre, Eldorado do Sul, Viamão e Alvorada. Já a RGE registra pelo menos 40 mil pontos sem energia, especialmente em Esteio, Gravataí, Sapucaia do Sul e Canoas.
Na zona sul de Porto Alegre, clientes já enfrentam a falta de luz desde a tarde de domingo. É o caso da moradora do bairro Camaquã Katiele Santos. Ela conta que está sem abastecimento desde que um poste caiu em frente a sua casa, na rua Tamandaré. Nenhuma equipe da CEEE Equatorial, segundo ela, foi ao local para prestar atendimento.
Em outro ponto da Capital, Luciano Alex de Souza, morador do bairro Santa Rosa de Lima, na zona norte, conta que o corte de energia elétrica tem sido ainda mais difícil em razão do seu filho, que apresenta autismo grave.
— Tudo começou porque dois fios soltaram e caiu a chave do transformador. Mas é só uma questão de religar. Não veio ninguém até agora — lamenta.
O longo período sem luz tem afetado também a vida profissional da contadora Eriane Santos, moradora do bairro Porto Verde, em Alvorada. Um transformador queimou no domingo, durante o temporal, e, desde então, não há sinal de retorno da eletricidade em casa.
— Faz dois dias que estou sem poder atender meus clientes, sem dar satisfação. Isso me atrapalha porque é o momento em que muitos querem fazer a declaração do Imposto de Renda — afirma.
A situação também afeta as vizinhas Maristela Krambecke e Márcia Denise Freitas Guedes. Elas contam que já tiveram prejuízos ao perder todos os alimentos da geladeira e só conseguem carregar celulares no carro ou em postos de gasolina. Márcia tem uma bebê de três meses e desde domingo a criança praticamente não dorme:
— Ela está muito incomodada com o calor, se mexe a noite inteira. Acabo não descansando também.
Protestos
No final da tarde desta terça-feira, moradores realizavam um protesto com queima de galhos na Avenida Tiradentes, em Alvorada. Os habitantes da região estão indignados pela falta de luz e de internet.
— Estamos sem respostas da CEEE. Tenho um vizinho que perdeu todas as mercadorias do estabelecimento comercial depois de ter pago mais de R$ 5 mil de conta de luz. Outra vizinha que tem bebê precisando de nebulizador e precisou recorrer a um hospital — lamentou Jéssica Acosta, moradora do bairro Intersul.
Já na zona leste da Capital, uma manifestação iniciou por volta das 18h pelo mesmo motivo no bairro São José. Cerca de 200 moradores reclamavam que a companhia de energia elétrica não compareceu ao local para realizar conserto na fiação. No cruzamento das ruas Ernesto Araújo com a Martins de Lima, materiais como vegetação e lixo foram queimados, bloqueando o acesso.
A Brigada Militar acionou a concessionária e permaneceu realizando escolta com duas viaturas aos funcionários. Relatos dão conta que os moradores teriam xingado os trabalhadores terceirizados nesta segunda-feira, que teriam saído do local e não mais voltado, ocasionando revolta.
No Extremo Sul da cidade, um grupo de 70 pessoas realiza uma manifestação entre as estradas João Antônio da Silveira e João de Oliveira Remião. Conforme a Brigada Militar, os moradores queimam pneus. A corporação notificou a CEEE Equatorial.
Mais cedo, no Beco do Adelar, zona Sul de Porto Alegre, moradores também ensaiaram uma manifestação para criticar a falta de abastecimento, mas a Brigada Militar conversou com os moradores do local e o protesto foi suspenso.
Saiba mais:
Gasolina em refinaria privatizada na Bahia já é 27,4% mais cara do que a vendida pela Petrobras
A diferença em relação ao valor do diesel S-10 é ainda maior, 28,2%, segundo o Observatório Social da Petrobras (OSP)
Denise Luna, O Estado de S.Paulo
09 de março de 2022 | 05h00
Rio - A gasolina na Refinaria de Mataripe, antiga Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. vendida pela Petrobras ao fundo de investimento árabe Mubadala, já está custando 27,4% a mais do que a vendida pela estatal, segundo estimativas do Observatório Social da Petrobras (OSP), organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
A diferença em relação ao valor do diesel S-10 é ainda maior, 28,2%, informou o OSP. Os combustíveis comercializados pela refinaria baiana, privatizada em dezembro de 2021, tiveram novo reajuste no último sábado, o quinto aumento só neste ano. Mataripe tem hoje os combustíveis com os preços mais elevados do Brasil, em comparação com as refinarias da estatal.
Segundo o levantamento, a gasolina na Bahia deverá ficar mais cara do que a do Rio de Janeiro, que é hoje o estado com os maiores preços e o maior ICMS do País. Devido aos aumentos, a Bahia é o estado com menor defasagem em relação aos preços internacionais. No porto de Aratu, a defasagem do diesel e da gasolina hoje, 8, era de 16% e 11%, respectivamente. Já nos demais portos do País, a defasagem chega a 36% no caso do diesel e de 32% na gasolina.
“Chegamos a um momento em que a população deve decidir se seguiremos com a agenda privatista ou se manteremos os ativos estatais da Petrobras. Se o processo de privatização do parque de refino da companhia continuar, isso que está acontecendo na Bahia se ampliará para o restante do Brasil", afirma Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).
Ele ressaltou que a guerra na Ucrânia acentuou o problema, mas que o encarecimento da gasolina e do diesel na Bahia já é estrutural com a privatização.
No Golfo do México, que serve como referência para o Preço de Paridade de Importação (PPI), política de preços da Petrobras, o aumento do valor da gasolina foi de 15% na semana passada, informa Dantas.
“Entretanto, os custos para produzir gasolina e diesel no Brasil não mudaram. O único custo que aumentou foi o pagamento de participações governamentais. A Petrobras pode sim segurar os preços localmente sem que haja prejuízos contábeis. O último resultado, com lucro líquido de R$ 106 bilhões e distribuição de dividendos de R$ 100 bilhões, mostra o quanto de gordura a empresa tem para queimar”, conclui o economista.
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Os caminhos da eficiência energética levam a várias formas de eletrificação
O ESTADO DE S. PAULO - 09/03/2022
Da mesma forma como existem diversas tecnologias nos motores a combustão interna (aspirado, turbo, injeção direta, indireta, etc.), as montadoras trabalham em várias frentes de eletrificação de automóveis. Com limites de emissão de poluentes cada vez mais
restritos (a fase L7 do Proconve começou a vigorar este ano), as fabricantes têm de oferecer automóveis cada vez mais eficientes.
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https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/
Alupar avança na implantação de dois parques eólicos no RN
Companhia concluiu concretagem das fundações que receberão 15 aerogeradores, somando 63 MW
DA AGÊNCIA CANALENERGIA - 9 de março de 2022
A Alupar finalizou mais uma etapa na implementação de seu complexo eólico Agreste Potiguar, localizado na cidade de Jandaíra (RN). A empresa anunciou que a concretagem das fundações que receberão as 15 torres de concreto, com 125 metros de altura cada, foi concluída no final de fevereiro.
A construção do projeto teve início no quarto trimestre do ano passado. Os dois parques preveem capacidade instalada de 63 MW, sendo 15 aerogeradores de 4,2 MW cada. O complexo contempla também a geração de cerca de 330 vagas de empregos, diretos e indiretos, contando com 80% de mão de obra da região.
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Contrato teve início em fevereiro e envolve 1,350 milhão m³/dia com possibilidade de duplicação de volume
DA AGÊNCIA CANALENERGIA - 9 de março de 2022
No começo deste ano a MSGás garantiu contratualmente o fornecimento de gás natural para a UTE William Arjona (190 MW), por um período inicial de mais cinco anos. A vigência do novo contrato começou em fevereiro e irá até o final de janeiro de 2027, com possibilidade de prorrogação após este período, com uma quantidade diária contratada de 1,350 milhão m³/dia e com possibilidade de duplicação de volume. A UTE William Arjona foi reativada em julho do ano passado, após 4 anos sem operação, pela Delta Geração e pode abastecer mais de 50% da capital do Mato Grosso do Sul.
De acordo com o diretor-presidente da MSGÁS, Rui Pires dos Santos, é importante para a companhia de gás e a Delta Geração a assinatura de contrato. Segundo o executivo, isso garante segurança jurídica para a usina, que fornece energia elétrica para a população, gerada a partir do gás natural. Além disso, para o estado é mais um enorme incentivo ao desenvolvimento, reforçando o compromisso da MSGás e do Governo com a retomada do crescimento de Mato Grosso do Sul.
Segundo Luiz Fernando Leone Vianna, presidente da Delta Geração, o gás natural deve assumir um papel cada vez mais relevante na matriz energética mundial. Ele explica que por meio do contrato com a MSGás, a usina William Arjona contribuirá com a transição energética e poderá continuar apoiando o setor elétrico brasileiro
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Vestas fecha contrato para 194 MW no Brasil
Acordo prevê entrega de 43 aerogeradores para 2024 e serviços por cinco anos
DA AGÊNCIA CANALENERGIA - 9 de março de 2022
A fabricante de aerogeradores Vestas fechou contrato para o fornecimento de 43 turbinas V150-4,5 MW a um projeto no Brasil. O acordo também prevê contrato de serviço Active Output Management 5000 (AOM 5000) de cinco anos para a planta de 193,5 MW de potência. Os nomes dos clientes e dos empreendimentos não foram divulgados a pedido do cliente.
As entregas e o comissionamento do ativo estão planejados para 2024. Com este pedido, a multinacional dinamarquesa supera 6,5 GW em pedidos firmes de aerogeradores V150-4,2 MW e V150-4,5 MW no Brasil.
Saiba Mais:
https://www.canalenergia.com.br/noticias/53204460/vestas-fecha-contrato-para-194-mw-no-brasil