Caso CEEE Equatorial mostra que privatizar serviço essencial e sem concorrência exige maior cuidado
Agora, clientes estão sem luz desde domingo e sem previsão. No ano passado, o reajuste da conta veio 50% superior ao que tinha sido previsto um mês antes
GIANE GUERRA
09/03/2022 - 14h33min - Atualizada em 09/03/2022 - 14h34min
Privatizações em setores sem concorrência, ainda mais quando fornecem serviços essenciais, precisam ter amarras maiores para sustentar o atendimento ao consumidor. Que sejam cláusulas no contrato além das regras tradicionais do setor. O que a CEEE Equatorial está fazendo com os clientes não é o que se anunciou que ocorreria quando a estatal foi vendida.
A coluna sempre alerta para que não se tenha expectativa com redução de tarifas quando se faz privatização. Ao contrário, as empresas costumam chegar querendo - ou prometendo - investimentos, que precisam que o dinheiro saia de algum lugar. Porém, a grande promessa é de eficiência e melhor qualidade dos serviços. Não é o que está se vendo com usuários sem luz desde domingo e sem previsão de retorno, segundo o porta-voz da empresa admitiu no Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
O superintendente técnico Julio Hofer chegou a dizer que tinha mais equipes. Porém, um programa de demissão voluntária para reduzir custo e altos salários teve adesão de 46% dos funcionários, que se desligaram da empresa até janeiro. Enquanto isso, foi há pouco tempo que a companhia começou a contratar eletricistas por meio de terceirizadas. Questionado sobre isso, ele disse que os novos profissionais ainda estão em treinamento. Mas é um serviço essencial, que só ela pode oferecer a um grande número de gaúchos, não poderia ficar esse vácuo entre troca de equipe. O risco da atividade econômica precisa entrar no planejamento da empresa. E no caso de energia, temporais e muitas árvores, como cita o executivo, fazem parte deste risco.
Ainda falta transparência. O atendimento aos clientes está precário até mesmo para informações. O serviço de torpedo mal funciona após uma sucessão de previsões de restabelecimento que não se cumpriram. E como é um monopólio de fornecimento de energia, o cliente não pode nem dizer: "cancela minha conta aí que vou para o concorrente."
Falta de transparência ocorreu também no ano passado, quando do reajuste anual da CEEE Equatorial. O aumento aplicado em novembro beirou os 15%, sendo que um mês antes a companhia tinha falado em audiência pública que ficaria pouco abaixo de 10%. O reajuste não ficou fora da curva considerando as demais distribuidoras que tiveram aumento naquele período, mas não há como errar uma previsão desta forma tão pouco tempo antes. Isso não ficou explicado. A Equatorial comprou a CEEE há pouco, mas está no segmento já há bastante tempo.
Recentemente, leitores da coluna e empresas de equipamentos de geração solar estavam com dificuldades de marcar vistoria e trocar o medidor para começar a enviar energia para a rede elétrica. Muitos estavam pagando já o financiamento da compra, sem conseguir iniciar o abatimento na conta de luz. Encaminharam à coluna os e-mails de resposta da própria CEEE Equatorial dizendo que o equipamento estava em falta. Procurada, porém, a equipe da empresa dizia à coluna que estava tudo normalizado, apesar dos e-mails de resposta a clientes.
Em geral, a iniciativa privada é, sim, mais eficiente ao administrar recursos e responder ao mercado. Porém, quando se trata de um problema, estatais tendem a se pronunciar com muito mais facilidade e até mais clareza do que empresas privadas. Ainda mais se elas têm o monopólio do setor, sem temer a concorrência.
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Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu boas práticas de sustentabilidade da empresa quanto a revitalização da bacia hidrográfica e da floresta amazônica
DA AGÊNCIA CANALENERGIA - 10 de março de 2022
A Norte Energia, que opera a hidrelétrica de Belo Monte, recebeu o Selo Aliança pelas Águas Brasileiras, um reconhecimento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a iniciativas de revitalização de bacias hidrográficas em todo o Brasil. A empresa foi contemplada por conta das ações de reflorestamento que desenvolve na Amazônia, alinhadas ao compromisso de proteção do rio Xingu, no Pará.
As empresas contempladas neste primeiro ano da condecoração abrangem diversas regiões do país. Dos 12 projetos selecionados, três são focados no bioma Amazônico, sendo o da Norte Energia o de maior valor, superior a R$ 250 milhões em investimentos. O Comitê Gestor responsável pelas escolhas é integrado por equipes do MDR e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Com o selo o MDR objetiva criar uma cultura de diretrizes sociais e ambientais a ser seguida como exemplo por empresas dos mais diversos setores, reforçando o interesse público pela preservação ambiental. Isso inclui o compartilhamento de boas práticas, a conscientização da sociedade e o engajamento de todos na preservação das águas brasileiras por meio da preservação das bacias hidrográficas.
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https://www.canalenergia.com.br/noticias/53204622/norte-energia-recebe-selo-ambiental-no-rio-xingu
E-INVESTIDOR einvestidor@estadao.com
09/03/2022, 19:19 (atualizada: 09/03/2022, 19:20)
O dia foi de ganhos firmes para as bolsas globais, com os investidores reagindo de forma positiva aos novos acenos por uma saída diplomática para a guerra entre Rússia e Ucrânia. A melhora do humor dos mercados veio após o presidente da Ucrânia afirmar que está preparado para fazer concessões em prol de terminar o conflito na região. Sob essa nova sinalização, os ativos de risco subiram, com os mercados da Europa fechando com ganhos expressivos, com destaque para alta de quase 8% do índice acionário da Alemanha.
Nos Estados Unidos, o clima também foi de otimismo nos mercados, com ganhos relevantes para as ações de tecnologia. Também como consequência de uma possível redução dos conflitos, os preços do petróleo devolveram parcialmente os ganhos das últimas semanas, recuando hoje 14%. Mais cedo, o minério de ferro também havia fechado em baixa de 3%. Neste ambiente, na bolsa brasileira prevaleceu uma rotação entre setores.
Investidores aproveitaram para realizar lucros recentes nas ações de commodities e migraram para ativos mais descontados. O dia foi de forte alta para as ações do setor financeiro, consumo e outros
papeis que se beneficiaram da queda dos juros longos, por sua vez beneficiados pela queda de 0.84% do dólar (R$ 5,01). Na agenda, o resultado da produção industrial de janeiro, com queda de 2,4%, pior que o estimado, acabou ficando em segundo plano. No fim, o Ibovespa tinha alta de 2,4%, aos 113.900 pontos e giro financeiro de R$ 40,1 bilhões.
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Retomada da operação da hidrovia Tietê-Paraná será antecipada
SUELI MONTENEGRO, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE BRASÍLIA - 9 de março de 2022
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico manteve o despacho térmico fora da ordem de mérito para atendimento à região Sul. A decisão foi anunciada em reunião nesta quarta-feira, 9 de março, e reforça determinação aprovada no mês passado em reunião extraordinária do colegiado.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico apontou melhora nas condições de atendimento ao sistema interligado em razão das chuvas e das ações de recuperação dos reservatórios. O armazenamento do SIN atingiu na terça-feira (08/03) 63,6% , após fechar fevereiro com nível entre 7,3 pontos percentuais (p.p.) e 1,8 p.p. acima do previsto, para o pior e o melhor cenários projetados no mês anterior.
Apesar das previsões de melhora nas chuvas para o sul do país este mês, foi mantida a geração de usinas termelétricas fora da ordem de custo, limitada a 8 mil MW médios e com CVU máximo de R$ 375,66/MWh. O valor considera usinas despachadas pelo Operador do Sistema e eventual importação de energia da Argentina e do Uruguai.
Em nota após o encontro mensal do comitê, o Ministério de Minas e Energia também anunciou a antecipação do retorno da navegabilidade de embarcações na hidrovia Tietê-Paraná, que ocorreria a partir de meados de março. A reabertura do corredor hidroviário antes da data prevista é fruto, segundo o MME, dos esforços conjuntos do setor elétrico e dos atores envolvidos na gestão da água, especialmente a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.
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https://www.canalenergia.com.br/noticias/53204667/cmse-mantem-despacho-termico-limitado-a-8gwmed
VALOR ECONÔMICO - 10/03/2022
A Engie obteve um financiamento inédito de R$ 65 milhões para a Parceria Público-Privada (PPP) de Iluminação Pública de Uberlândia (MG), gerida pela companhia, por meio de debêntures incentivadas de infraestrutura.
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VALOR ECONÔMICO - 10/03/2022
A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) descreveu como surpreendente a decisão da Superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de aprovar a compra da Gaspetro pelo grupo da Compass e ingressou com recurso ao Tribunal do órgão contra a operação.
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https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/10/5a031434-curtas.ghtml
Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis mostra que o produto ultrapassou os R$ 100 em todas as regiões do país
Por Agência Brasil - 9 mar 2022 13h13
A Receita Federal publicou, nesta quarta-feira (9), instrução normativa zerando alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre o botijão de gás de cozinha de 13 quilos (kg) de uso doméstico. A medida incide sobre a importação e a receita de comercialização do produto.
Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) que será, posteriormente à operação, envasado em recipientes de até 13 kg e destinado ao uso doméstico, diz a norma.
A medida é adotada em meio à disparada no preço do petróleo em razão do conflito envolvendo Rússia e Ucrânia. A Rússia é o maior exportador mundial de petróleo e derivados combinados, com exportações de cerca de 7 milhões de barris por dia, ou 7% da oferta global.
Na segunda-feira (7), os preços atingiram os níveis mais altos desde 2008. O petróleo Brent subiu US$ 5,1, ou 4,3%, para fechar em US$ 123,21 o barril, e o dos EUA (WTI) avançou US$ 3,72, ou 3,2%, encerrando o dia em US$ 119,40 o barril. Durante a sessão, os benchmarks (marcas de referência) atingiram o nível mais alto desde julho de 2008, com o Brent chegando a US$ 139,13 por barril e o WTI, a US$ 130,5.
Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o gás de cozinha ultrapassou os R$ 100 em todas as regiões do país, variando de R$ 109,40 a R$ 140.
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VALOR ECONÔMICO - 10/03/2022
A fabricante de equipamentos WEG finalizou a entrega dos maiores geradores elétricos já produzidos pela companhia para o projeto da hidrelétrica São Roque, que tem capacidade instalada de 142 MW.
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https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/10/5a031434-curtas.ghtml
VALOR ECONÔMICO - 10/03/2022
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) confirmou ontem que o sistema mantém “condições favoráveis” de atendimento do país, confirmadas pelas chuvas verificadas no início de 2022, após a pior escassez hídrica dos últimos 91 anos enfrentada no ano passado. O Sul é a única região do país que ainda enfrenta “condições mais adversas”.
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https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/03/10/so-sul-tem-condicoes-adversas-para-energia.ghtml
VALOR ECONÔMICO - 10/03/2022
Existe um dito popular, erroneamente caracterizado como uma maldição chinesa, que pode ser traduzido como: “Desejo que você viva em tempos interessantes…”. 2022 é um candidato a se tornar um dos anos mais interessantes do século XXI. A incerteza associada à pandemia, conflitos geopolíticos e a expectativa de alterações em políticas macroeconômicas no G-7 compõem um cenário “interessante”. Mudanças significativas de regime marcarão 2022, seja com relação a políticas de saúde pública, relações internacionais ou com respeito a ajustes de políticas macroeconômicas.
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https://www.canalenergia.com.br/clippings/53204684/mudanca-de-regime
A Volkswagen cumpriu a promessa feita em 2017: a Kombi está de volta ao mercado, agora em versão elétrica. Embora tenha dado origem a diferentes vans da marca na Europa, o modelo que ressurge agora sob o nome ID. Buzz é inspirado na primeira geração, que no Brasil foi apelidada de corujinha.
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