Última parte da CEEE será leiloada na próxima semana
ZH + ECONOMIA - 18/03/2022 - Marta Sfredo com Camila Silva
A coluna havia apurado que existia uma solicitação de adiamento, mas a privatização da área de geração da CEEE segue prevista para 23 de março, a próxima quarta-feira. Será a última parte da estatal a ser oferecida para empresas privadas.
O leilão que vai oferecer 15 usinas de diferentes portes chegou a ser previsto para o final de janeiro, foi marcado para 15 de fevereiro e, depois, postergado para este mês.
A essa altura, se houvesse necessidade de postergação, o edital já deveria ter sido republicado. A coluna foi checar a situação com o chefe Casa Civil, Artur Lemos, que respondeu assim:
Está marcado para março, e nada mudou.
Com isso, os candidatos à compra da CEEE-G devem entregar hoje as propostas de preço para a empresa e os documentos que os habilitem para a disputa à bolsa de valores de São Paulo, a B3, que realizará o leilão.
O que será ofertado é um lote de 66,23% do capital total da CEEE-G, fatia pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul.
A empresa ainda tem 32,66% das ações pertencentes à Eletrobras, 0,83% a prefeituras e 0,49% a investidores em geral.
A expectativa é de que, depois de uma eventual vitória no leilão, seja negociada a compra da fatia da Eletrobras.
Para lembrar, além do preço mínimo de R$ 1,25 bilhão que será pago ao Estado, o comprador terá de desembolsar mais R$ 1,66 bilhão ao governo federal a título de outorga, ou seja, o direito de operar as usinas (cinco hidrelétricas, oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHS) e duas centrais geradoras hidrelétricas (CGHS)).
A assinatura da compra e venda, com a entrega da gestão ao eventual novo controlador, está prevista para 21 de junho.
Saiba mais: ZH + ECONOMIA - 18/03/2022
Setor elétrico financia seus projetos de várias formas
Valor Econômico - 18/03/2022
Para alcançar melhores condições de financiamento, o setor elétrico vem buscando novos meios de alavancagem para seus projetos de crescimento – novos ou expansões -, seja por meio de debêntures, fundos de investimento, certificados de recebíveis imobiliários, títulos externos ou por emissão de ações em aberturar de capital. Segundo dados da B3, só em 2021, o setor de energia captou mais de R$ 60 bilhões no mercado de capitais por meio dos instrumentos de dívida, representando 16% do total emitido (R$ 363 bilhões).
CPFL Energia tem lucro líquido de R$ 4,854 bilhões em 2021
Grupo prevê investir R$ 21 bilhões no período de 2022 a 2026
Agência CanalEnergia - 17 de março de 2022
A CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 4,854 bilhões em 2021, com alta de 30,9% sobre o ano anterior. No quarto trimestre, o lucro subiu 34,5% para R$ 1,331 bilhão.
A receita operacional bruta do grupo no ano passado alcançou R$ 56,341 bilhões, com crescimento de 24,2% ante 2021. A receita bruta chegou a R$ 15,488 bilhões no quarto trimestre, 16,3% acima do mesmo período anterior. A receita operacional líquida somou R$ 39,210 bilhões no ano, com 26,9% de alta. E no último trimestre, ficou em R$ 10,919 bilhões, 17,7% a mais.
O ebtida consolidado da CPFL cresceu 35,1% para R$ 9,160 bilhões em 2021, no quarto trimestre, a alta ficou em 32,4%, alcançando R$ 2,544 bilhões. A dívida líquida da empresa fechou o ano em R$ 21 bilhões. Já os investimentos alcançaram quase R$ 4 bilhões no ano passado, com alta de 42,3%. No trimestre foram R$ 1,351 bilhão, 57,2% a mais.
Distribuição teve R$ 3 bilhões de investimentos, focados em obras de expansão, melhoria e modernização do sistema elétrico. Entre as principais obras estão a construção e ampliação da capacidade de subestações e a criação de segundas fontes de alimentação para municípios pequenos.
Geração e transmissão responderam por 22% do investimento da CPFL em 2021, com R$ 466 milhões e R$ 397 milhões, respectivamente. Já o segmento de comercialização e serviços teve investimentos de R$ 107 milhões no ano passado. Os recursos foram aportados em melhorias e modernização na área da tecnologia da informação e veículos, além de projetos de eficiência energética e geração distribuída.
O grupo CPFL prevê investir R$ 21 bilhões no período de 2022 a 2026, dos quais R$ 17,6 bilhões serão para a distribuição. Apenas neste ano, a CPFL planeja investir R$ 4,8 bilhões. A empresa deve pagar dividendos de R$ 3,74 bilhões aos acionistas até o final deste ano relativos ao exercício de 2021. A CPFL já adiantou R$ 800 milhões em dezembro passado, o que somará então R$ 4,54 bilhões.
Saiba mais: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53205438/cpfl-energia-tem-lucro-liquido-de-r-4854-bilhoes-em-2021
Engie conclui aquisição de ativos solares por R$ 625 milhõesConjuntos Fotovoltaicos Paracatu e Floresta somam 259,8 MW e já se encotram operacionais
Pedro Aurélio Teixeira, Da Agência CanalEnergia, Rio De Janeiro - 17 de março de 2022
A Engie informou nesta quinta-feira, 17 de março, a conclusão da compra dos Conjuntos Fotovoltaicos Paracatu e Floresta, por R$ 625 milhões. A operação já havia sido anunciada no último mês de fevereiro. Os ativos solares possuem capacidade instalada total de 259,8 MWp e pertenciam a Engie Solar, Solairedirect Investment Management e Drankensberg Capital 1. A aquisição foi feita pela subsidiária Engie Brasil Energias Complementares Participações. Com a operação, foi assumida ainda uma dívida líquida de cerca de R$ 620 milhões contratada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Na ocasião do anúncio, o Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Engie, Eduardo Sattamini, revelou que a aquisição está alinhada às diretrizes globais do Grupo de descarbonização das operações, que prevê a saída das usinas a carvão e a substituição por ativos renováveis.
Paracatu, localizado na cidade mineira de mesmo nome, possui capacidade instalada de 158,3 MWp, com contrato de venda de 34 MW med pelo prazo de 20 anos, ao preço de R$ 403/MWh (Novembro/2021), reajustado pelo IPCA, tendo começado a operar em fevereiro de 2019.
Já o conjunto fotovoltaico Floresta, localizado na cidade em Areia Branca (RN), possui capacidade instalada de 101,5 MWp, tendo contratado, pelo prazo de 20 anos, 25,1 MW médios ao preço de R$ 396/MWh (Novembro/2021), também reajustado pelo IPCA, com operação comercial iniciada em dezembro de 2017.
Congresso adia apreciação de vetos da Eletrobras e da GD
Governo vetou 14 pontos da lei que autoriza a privatização da estatal e dois do marco da micro e minigeração distribuída
Sueli Montenegro, Da Agência CanalEnergia, Brasília - 17 de março de 2022
O Congresso Nacional adiou a deliberação dos vetos presidenciais a dispositivos da lei de privatização da Eletrobras e do PL 5829, que instituiu o novo marco da micro e minigeração distribuída. Ambos foram retirados da pauta da sessão desta quinta-feira,17 de março, após acordo com as lideranças, mas não foi definida nova data para apreciação.
No caso do projeto de lei da Eletrobras foram vetados 14 dispositivos. Entre eles o que autoriza a compra por empregados e eventuais ex-empregados da estatal de até 1% das ações remanescentes em poder da União, o que estipula o prazo de seis meses para que ex-empregados exerçam o direito de compra de ações de Eletrobras e o que prevê o aproveitamento pelo Poder Executivo de empregados demitidos sem justa causa nos doze meses após a desestatização.
O governo também vetou a proibição de extinção, a incorporação, a fusão ou a mudança de domicílio das quatro grandes subsidiárias da Eletrobras, por, no mínimo, dez anos. Outro item determinava que o cálculo do valor adicionado das novos concessões de geração da empresa teria que incluir as despesas referentes às contribuições associativas ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, no período de seis anos.
Também foram vetados a destinação de outros recursos à Conta de Desenvolvimento Energético, além da parcela do valor da outorgas já prevista na proposta, e dispositivos relacionados a operação de reservatórios, como o que estabelece prazo para implementação das regras operativas dos reservatórios de usinas hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional. Outro ponto trata da indicação de diretores do Operador Nacional do Sistema Elétrico, que seria submetida ao Senado.
Geração Distribuída
O marco da GD teve dois pontos vetados. O primeiro é o que permite o fracionamento de projetos fotovoltaicos instalados sobre a lâmina d’água de reservatórios de hidrelétricas, para enquadramento nos benefícios concedidos a micro ou minigeradores.
Na avaliação do Executivo, a proposta contraria o interesse público e “distorce o modelo setorial, acarretando custos adicionais aos consumidores, da ordem de R$ 7 bilhões.”
O segundo ponto enquadra empreendimentos de minigeração distribuída como projetos prioritários de infraestrutura, possibilitando o acesso a benefícios fiscais que, segundo o governo, foram desenhados para projetos de infraestrutura que tendem a proporcionar aumentos de produtividade da economia significativamente maiores. O dispositivo cria, além disso, renúncia fiscal não prevista e sem estimativa prévia de impacto na arrecadação.
Saiba mais: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53205442/congresso-adia-apreciacao-de-vetos-da-eletrobras-e-da-gd
Volume de energia comercializado pela Enel Trading subiu 70% em 2021
Base de clientes cresceu 119% e número de certificados de energia renovável negociados aumentou 400%
Da Agência CanalEnergia - 18 de março de 2022
A Enel Trading registrou forte expansão em 2021 e se consolidou entre os principais players no mercado livre de energia. Impulsionada pela venda de energia renovável da Enel Green Power, braço de geração limpa do grupo Enel. A comercializadora registrou aumento de 70% no volume de energia vendida e de 119% em sua base de clientes em 2021, em relação ao ano anterior.
Além disso, inclui importantes clientes nacionais e internacionais na carteira. A empresa também viu disparar em quase 400% o número de certificados de energia renovável comercializados no ano passado em relação ao ano anterior, totalizando 5,6 milhões em 2021.
Para Dario Miceli, responsável pelas atividades de Trading e Comercialização da Enel Trading, a sociedade se mobiliza cada vez mais em relação à necessidade de um futuro mais sustentável e os clientes têm buscado suprir essa demanda com uma energia limpa e certificada. Segundo o executivo, a certificação I-REC comprova a origem renovável da energia e tem sido uma das muitas apostas de empresas para expansão da agenda ESG, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.