Notícias do Mercado
Por Guilherme F. B. Rodrigues, ARTON ADVISORS - São Paulo - 20/04/2022 às 07h54
Índices futuros dos EUA recuam antes do Livro Bege e com resultados fracos da Netflix
Os índices futuros de Nova York operam em baixa, enquanto as bolsas da Europa sobem na manhã desta quarta-feira (20), com investidores aguardando a divulgação do Livro Bege, com as condições econômicas que basearão o tom do Federal Reserve (Fed).
Os resultados decepcionantes da Netflix também pesam sobre os mercados americanos, que esperam um novo lote de resultados corporativos hoje.
O mercado ainda segue monitorando os desenvolvimentos na Ucrânia e avaliando as últimas previsões econômicas globais do FMI.
Na terça-feira, o FMI cortou suas projeções de crescimento global para 2022 e 2023, dizendo que o impacto econômico da invasão da Ucrânia pela Rússia se propagará por toda parte, aumentando as pressões de preços e exacerbando desafios políticos significativos.
Já os mercados asiáticos fecharam novamente mistos, com a China desafiando as expectativas ao manter sua taxa de empréstimo de referência inalterada.
Na agenda doméstica, o Tesouro antecipa o leilão de títulos prefixados e o Tribunal de Contas da União (TCU) julga a privatização da Eletrobras. Além disso, a Usiminas abre a temporada de resultados corporativos do primeiro trimestre de 2022.
Veja os principais indicadores às 6h04 (horário de Brasília):
EUA
Dow Jones Futuro (EUA), -0,20%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,33%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,56%
Ásia
Shanghai SE (China), -1,35%
Nikkei (Japão), +0,86%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,40%
Kospi (Coreia do Sul), -0,01%
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), +0,22%
DAX (Alemanha), +0,28%
CAC 40 (França), +1,05%
FTSE MIB (Itália), +0,37%
Commodities
Petróleo WTI, +1,07%, a US$ 103,66 o barril
Petróleo Brent, +0,88%, a US$ 108,19 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 1,75%, a 898,00 iuanes, o equivalente a US$ 140,04
Bitcoin
Os preços do Bitcoin avançam 1,84%, a US$ 41.488,40
Eletrobras: ministro do TCU pedirá vista de 60 dias
O GLOBO - 20/04/2022
BRASÍLIA — O ministro Vital do Rêgo avisou a seus colegas do Tribunal de Contas da União (TCU) que pode ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o plenário da corte de contas limite o prazo do seu pedido de vista, no julgamento da privatização da Eletrobras marcado para a tarde desta quarta-feira. Vital confirmou ao GLOBO que pedirá vista (mais tempo para analisar o processo) por 60 dias, prazo máximo a que os ministros têm direito. Para o governo e agentes do mercado, esse prazo inviabilizaria a privatização da Eletrobras.
Setor elétrico tem perdas na B3
O Estado de S. Paulo - 20 Apr 2022
As empresas do setor elétrico fecharam em queda ontem na B3, sendo duas entre as maiores perdas do Ibovespa. A Cemig caiu 5,84% após a divulgação de prévias de seus resultados, que vieram aquém do esperado pelo mercado. Já Eletrobras ON perdeu 4,40%, pressionada pelas incertezas em relação à sua privatização. O ambiente negativo contaminou o setor. Energias BR recuou 2,32%, Engie Brasil, 1,22%, e CPFL, 1,21%.
Nova estatal insiste na contratação de pessoal, apesar do ‘não’ de Guedes
ENBPar foi criada para gerenciar os ativos de Eletronuclear e Itaipu após a privatização da Eletrobras.
Mariana Carneiro, Camila Turtelli, Matheus Lara e Gustavo Côrtes - 20 de abril de 2022 | 05h01
A direção da nova estatal de energia criada no governo Jair Bolsonaro, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), já avisou parlamentares que não vai desistir de ampliar seu quadro de funcionários, apesar da negativa do Ministério da Economia. Criada para gerenciar os ativos de Eletronuclear e Itaipu após a privatização da Eletrobras, a ENBPar planejou contratar cerca de 200 pessoas, mas a equipe de Guedes deu aval para só 27. O número é considerado insuficiente pela administração da nova empresa, que está elaborando uma nova proposta para apresentar à equipe econômica e que deverá levar em conta a absorção gradual de novos empregados.
Cidade inteligente e mobilidade elétrica: a combinação do futuro
É possível um modelo de gestão que aponte caminhos em poucos anos?
Sergio Jacobsen – Estadão Mobilidade - 20/04/2022
Não há como imaginar uma cidade inteligente sem pensar em carros, caminhões e ônibus elétricos trafegando de forma autônoma, drones fazendo entregas, prédios que identificam quem entra por reconhecimento facial, acionando a iluminação e ajustando o ar-condicionado conforme sua preferência. Mas sinto decepcioná-los: essa não será a cidade inteligente do futuro próximo.
Sempre menciono que uma cidade inteligente não é aquela que utiliza as tecnologias mais avançadas – ela traz a inovação para resolver seus maiores problemas. No caso das cidades brasileiras de médio e grande porte, os desafios são poluição, saneamento básico, transporte público, desastres naturais, transição energética, entre outros. Acredito que a transição para a mobilidade elétrica tem papel fundamental para mitigar alguns problemas, tais como:
Zero emissão – aqui aborda-se um problema de saúde pública com a redução de doenças respiratórias. Vale sinalizar que, mesmo que toda a frota não seja substituída imediatamente, a simples troca de veículos antigos por novas aquisições com híbridos ou elétricos, em dez anos, trará resultados significativos.
Qualidade de vida da população – Grande parte dos cidadãos passa algumas horas de seu dia no transporte público. O ônibus elétrico oferece um nível de conforto ímpar, mais silencioso, sem vibrações e sem lançar fumaça em quem está esperando no ponto.
Transição energética – Aqui, eficiência é a chave, fazer mais com menos, e motor elétrico é mais eficiente do que motor a combustão, não tem perdas em transmissão, bombas, sistemas auxiliares, além de a necessidade de manutenção ser muito menor.
Uso de energias renováveis – Pela perspectiva da concessionária de energia, o veículo elétrico é uma carga que se move pela rede e que traz complexidade ao gerenciamento.
Mas, em contrapartida, há uma grande oportunidade, pois eles podem servir como uma bateria para as fontes renováveis, principalmente as intermitentes, como solar e eólica.
Por isso, um plano diretor estratégico e de longo prazo pode, sim, colocar uma cidade no caminho certo para se tornar inteligente em poucos anos. Um exemplo é Jundiaí, em que, em conjunto com a prefeitura, a Siemens realizou um estudo que desenha cenários futuros (horizontes para 2030 e 2050), quantificando as emissões de gases de efeito estufa e partículas nocivas à saúde, conforme aumenta a penetração de tecnologias sustentáveis. Ali, a mobilidade tem grande impacto, pois o transporte é responsável, hoje, por mais da metade dessas emissões.
O cenário-base business as usual (BAU) leva em consideração que nenhum transporte elétrico será introduzido, e apenas contaríamos com as evoluções incrementais nos motores atuais. Os cenários de 1 a 3 consideram aumento gradual no transporte elétrico variando de 6%, no cenário 1, a 100%, no cenário 3, em 2050, conforme gráfico abaixo.
No cenário em que não temos nenhum veículo elétrico (BAU), contamos com uma redução total de CO2 de apenas 8,4%, enquanto, no cenário 3, a redução chega a 21,9%. Assim como essa iniciativa, existem muitas outras em andamento. Precisamos agora evoluir com ações concretas e definir modelos de concessão e de negócio que sejam sustentáveis, economicamente. Esse movimento merece ganhar escala para que nossas cidades sejam bem mais seguras e saudáveis para viver.
Saiba mais: https://mobilidade.estadao.com.br/inovacao/cidade-inteligente-e-mobilidade-eletrica-a-combinacao-do-futuro/