Notícias do Mercado
Por Guilherme F. B. Rodrigues, ARTON ADVISORS - São Paulo - 12/04/2022 às 06h26
Futuros dos EUA operam estáveis antes de dados de inflação; petróleo avança com flexibilização de restrições na China
Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade na manhã desta terça-feira (12), enquanto as bolsas da Europa recuam mais acentuadamente, com os investidores se preparando para um importante relatório de inflação, o CPI, nos EUA (9h30), que sustenta as apostas mais agressivas para o juro.
Já os mercados asiáticos fecharam mistos, com os investidores monitorando os desenvolvimentos em torno da situação da Covid na China, bem como os movimentos do iene japonês.
As bolsas da China se recuperaram parcialmente das pesadas perdas de segunda -feira, oscilando entre território positivo e negativo em negociações agitadas antes de fechar em alta nesta terça-feira.
Os dados de inflação americana devem mostrar um aumento anual de 8,4% nos preços - o nível mais alto desde dezembro de 1981 - de acordo com economistas consultados pela Dow Jones, com o aumento dos custos dos alimentos, aluguéis e preços da energia esperados como os principais contribuintes para o aumento.
Juntamente com o CPI de março, os investidores aguardam o início da temporada de resultados que começará na quarta-feira com o JPMorgan e a Delta Air Lines, seguidos por vários grandes bancos na quinta-feira.
Os preços do petróleo sobem e recuperam parte das perdas da sessão anterior, à medida que os temores de uma desaceleração da demanda na China diminuíram depois que Xangai relaxou algumas restrições relacionadas ao COVID-19, e a Opep alertou que seria impossível aumentar a produção o suficiente para compensar a perda de oferta russa.
Por aqui, saem os números de Serviços (9h), com consenso Refinitiv de alta mensal de 0,7% e alta anual de 8,8%. Ambev realiza Dia do Investidor (13h) para falar sobre a estratégia de negócios da companhia daqui para frente.
Veja os principais indicadores às 6h02 (horário de Brasília):
EUA
Dow Jones Futuro (EUA), -0,04%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,12%
Ásia
Shanghai SE (China), +1,46%
Nikkei (Japão), -1,81%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,52%
Kospi (Coreia do Sul), -0,98%
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -0,40%
DAX (Alemanha), -0,99%
CAC 40 (França), -0,85%
FTSE MIB (Itália), -0,53%
Commodities
Petróleo WTI, +3,01%, a US$ 97,30 o barril
Petróleo Brent, +3,16%, a US$ 101,59 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 4,40%, a 925,00 iuanes, o equivalente a US$ 145,22
Bitcoin
Os preços do Bitcoin caem 4,67%, a US$ 40.257,39
ONS prevê conta sem taxa extra até o fim do ano
O Estado De S. Paulo - 12/04/2022
O Brasil entrou no período seco, que vai de abril a outubro, com os reservatórios das hidrelétricas registrando o melhor nível desde 2012, o que deve garantir contas de luz menos elevadas este ano, informou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi. Com isso, a expectativa é de que a bandeira verde vigore até o final do ano, sem a cobrança extra na conta dos consumidores para cobrir o custo do acionamento das térmicas. “Estamos com reservatórios em boa condição e só vamos ter despachos térmicos na ordem de mérito, alguma coisa vamos precisar em setembro ou outubro, mas na ordem de mérito, a expectativa é passar todo esse ano com bandeira verde”, disse Ciocchi.
Saiba mais: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,reservatorios-hidreletricas,70004035781
Enel na América Latina
Destaques – Valor Econômico - 12/04/2022 05h02 - Atualizado há 5 horas
A Enel, o Banco Europeu de Investimento (BEI), por meio de sua filial de desenvolvimento EIB Global, e a Sace, agência italiana de crédito à exportação, fecharam acordo de € 600 milhões para apoiar programas de energia renovável e eficiência energética no Brasil, na Colômbia e no Peru por meio de linhas de financiamento Vinculados à Sustentabilidade (sustainability-linked, em inglês) para mitigar os efeitos causados pelas mudanças climáticas.
Saiba mais: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/04/12/578c9168-destaques.ghtml
Neoenergia demite servidores concursados da CEB que não aderiram ao PDV
Empresa dispensou 45 funcionários que ingressaram por meio de concurso. Número deve chegar a 120. Nesta terça-feira (12/4), trabalhadores farão manifestação em frente à Câmara Legislativa
Tainá Andrade – Correio Braziliense - 12/04/2022 06:00 / atualizado em 12/04/2022 10:23
Com o encerramento da cláusula de estabilidade, no dia 31 de março, firmada no contrato de privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB), a Neoenergia demitiu, nesta segunda-feira (11/4), 45 funcionários da distribuidora. Os servidores de carreira, que ingressaram por meio de concurso público, foram surpreendidos com a demissão em massa ao chegarem ao trabalho.
Não houve sinalização da decisão dos gestores, o sindicato também não foi avisado. Além da mudança repentina, as pessoas foram escoltadas por seguranças da empresa até o portão de saída. A previsão é que o número total de demissões chegue a 120. Nesta terça-feira (12/4), pela manhã, o diretor fará uma reunião com a Neoenergia. Na parte da tarde, às 14h, o STIU convocou um ato com os funcionários demitidos em frente à CLDF.
O representante dos funcionários, o advogado especialista em concursos e servidores públicos Max Kolbe, explicou que essas foram as pessoas que se recusaram a assinar o plano de demissão voluntária (PDV). "Depois que privatizam, forçam a uma demissão ou à assinatura do plano. É uma esculhambação dos direitos trabalhistas desses concursados. Essa história de demitir para cortar os recursos é desculpa. Trataram os funcionários como bandidos", disse.
Em uma reunião, na noite de ontem, ficou definido que uma nova ação judicial seria aberta para pedir a reintegração dos empregados junto com o pedido de indenização. Procurada pelo Correio, a Neoenergia não se manifestou sobre o assunto.
Outra frente de ação a favor dos funcionários está sendo movida pelo Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (STIU). A intenção é dialogar com o GDF para pressionar a celeridade do processo de nº 77320546, que está parado na Secretaria Executiva de Gestão Administrativa (Segea) desde março deste ano.
O processo inclui uma minuta do Projeto de Lei que assegura a autorização do aproveitamento dos empregados da CEB em distribuição para outros órgãos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal. Ontem, a deputada distrital Maria Antônia articulou um encontro da STIU com o secretário do governo, José Humberto.
"Nós tivemos reunião com o secretário de Governo para cobrar celeridade. Ele disse que não sabia do projeto, mas já tramita na Secretaria de Economia e na Procuradoria Geral do DF; saiu de lá e voltou para a Economia. Vem desde julho do ano passado e virou processo no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), incorporando todas as informações, pareceres jurídicos. Em fevereiro e março foi para a procuradoria. É uma questão que precisa ser indagada ao governo, foi surpresa hoje ele dizer isso", explicou João Carlos Dias, diretor jurídico do STIU.
No ano passado, Kolbe moveu uma ação judicial inédita para pedir a manutenção do vínculo público dos funcionários com a empresa, mesmo após a privatização do órgão. A ação era uma reclamação trabalhista com pedido de tutela antecipada para denunciar a ilegalidade de alteração unilateral de contrato dos trabalhadores. Em razão das pessoas serem admitidas por meio de concurso público, o vínculo trabalhista se dá com a administração, o que garante o direito de a demissão não poder ser feita sem um processo administrativo ou ampla defesa. A movimentação gerou o acordo, mas não interrompeu o processo de autonomia da Neoenergia nas demissões.
De acordo com Dias, o processo do momento é um instrumento político administrativo que fará com que o PL saia direto do governo para ser votado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). "Isso causará a suspensão imediata das demissões até que o projeto caminhe e vire lei", complementou.
A Neoenergia justificou o desligamento dos 45 colaboradores, em nota, na manhã desta terça-feira (12): "Informamos que se trata de um movimento dentro das perspectivas operacionais da empresa, que busca profissionais com competências alinhadas ao perfil da companhia. Não se trata de desligamento em massa ou de redução do quadro total de funcionários da empresa". Confira o texto na íntegra:
"A Neoenergia Brasília informa que tem atuado para prestar serviços de qualidade à população do Distrito Federal desde que chegou à capital no último ano, investindo em infraestrutura e na geração de empregos. O investimento realizado no Distrito Federal foi superior a R$ 230 milhões, quatro vezes maior do que o aplicado anteriormente. Em relação à força de trabalho, em um ano, 785 colaboradores foram somados ao time da distribuidora entre próprios e terceiros. Um aumento de 42% no número de profissionais que atuam na empresa.
Até o fim deste ano, vamos ofertar mais de 300 novas oportunidades, o que reforça nosso compromisso na geração de novos empregos na capital federal. Sobre os desligamentos de 45 colaboradores, informamos que se trata de um movimento dentro das perspectivas operacionais da empresa, que busca profissionais com competências alinhadas ao perfil da companhia. Não se trata de desligamento em massa ou de redução do quadro total de funcionários da empresa.
Esses desligamentos representam 1,8% da força de trabalho da empresa e não afetarão as operações da distribuidora, diante do incremento na força de trabalho acima exposta, iniciada desde que a Neoenergia chegou à capital.
Importante ressaltar que os referidos desligamentos não ferem o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado entre as partes, que previa estabilidade empregatícia por mais um ano, após a concessão dos serviços de distribuição de energia à Neoenergia, e foram realizados após o Plano de Demissão Voluntária, oferecido anteriormente aos empregados.
Dentro das perspectivas operacionais da distribuidora, não haverá outros desligamentos similares ao ocorrido na segunda-feira (11/4). Entretanto, desligamentos são processos que fazem parte do poder diretivo de qualquer empresa e poderão ocorrer sempre que necessário, com a devida atenção às obrigações e direitos previstos na legislação trabalhista."
"Faremos tudo que for possível", diz governador sobre trava em projeto de usina bilionária
A Justiça retirou a outorga da empresa antiga do empreendimento, mas o novo investidor tenta a transferência na Aneel para começar a construção que já tem as licenças ambientais
Giane Guerra – GZH - 11/04/2022 - 14h05min
O governador Ranolfo Vieira Júnior disse à coluna que o Estado solicitou uma agenda com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para tratar do projeto de energia do Grupo Cobra em Rio Grande. Para sair do papel, o complexo de R$ 6 bilhões depende de uma transferência à empresa espanhola da outorga para geração, que tinha sido concedida à Bolognesi, que, por sua vez, não cumpriu os prazos. A solicitação, porém, está na agência reguladora, sem informações sobre o andamento.
A companhia que assumiu o projeto ainda aposta nesta solução pela via administrativa, enfatizou o CEO Jaime Llopis em ligação à coluna ainda na semana passada. Porém, o governador acrescenta que, conforme for a conversa do governo na Aneel, também poderá solicitar agenda com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, que, na semana passada, derrubou liminar que suspendia a cassação da autorização para o complexo de energia. O revés preocupou quem articula e quem aposta no investimento, que pode ser a maior história do Rio Grande do Sul.
- Estamos empenhados na manutenção do investimento. Faremos tudo que for possível nessa linha - afirmou o governador em mensagem à coluna.
Ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, o chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, já havia dito nesse domingo (10) que o governo gaúcho intensificaria a tentativa de contato com a Aneel. Segundo ele, a última audiência sobre o assunto ocorreu em 2020. Na ocasião, a agência reguladora disse que precisava de um fato novo para o complexo de energia não perder a outorga. Pois, desde então, o Cobra assumiu o projeto, começou do zero o processo de licenciamento e obteve as licenças ambientais com a Fepam.
A Rádio Gaúcha está solicitando à Aneel desde a semana passada uma entrevista sobre o assunto. Porém, ainda não obteve retorno positivo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
ONS: reservatórios do SIN podem chegar a 60,8% ao fim de novembro
Previsões para início do período seco no SE/CO são as melhores desde 2012 e bandeira verde deverá ser mantida durante o ano
Pedro Aurélio Teixeira, Da Agência CanalEnergia, Do Rio De Janeiro - 11 de abril de 2022
De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, a transição para o período seco será mais tranquila que no ano passado. Em coletiva a jornalistas realizada na manhã desta segunda-feira, 11 de abril, Ciocchi mostrou simulações que mostram os reservatórios do Sistema Interligado Nacional chegando ao fim do período seco, no fim de novembro, com volume de 60,8%. A simulação com o cenário mais crítico traz os níveis em 40,6% no mesmo período seco, valor acima do registrado de 2020 para 2021. “De partida temos uma situação bem mais confortável que no ano passado”, explica.
No Sudeste/ Centro-Oeste, a previsão é que os níveis estejam em 62,9% e no prior cenário, com 39,6%. Os cenários usaram como base anos as chuvas do período 2020/2021 e o 2008, que refletem anos com o fenômeno climático La Niña. De acordo com o diretor-geral do ONS, esse início de período seco será o melhor desde 2012, quando os reservatórios do Sudeste/ Centro-Oeste registraram volume de 76%. No SIN, a história se repete, com os melhores níveis em dez anos.
Outro destaque de Ciocchi é que não deve haver o despacho fora de ordem de mérito, com expectativa de operar apenas na ordem e sob a bandeira verde. “Estamos com os reservatórios em boas condições, só vamos ter o despacho térmico dentro da ordem e nessa situação a tendência é que passe todo este ano com bandeira verde”, avisa Ciocchi. Somente em setembro ou outubro poderá haver algum tipo de despacho, com expectativa de média anual de até 6.000 MW. No ano passado, o despacho de térmicas chegou a 20.000 MW. “Estamos trabalhando com valores bem baixos”, aponta.
A hidrologia da região Sul, que vinha sendo motivo de preocupação, também tem mostrado sinais de recuperação. O diretor do ONS conta que há um mês a situação era outra, com autorização do CMSE para geração fora da ordem de mérito, mas com as chuvas das últimas semanas, o cenário mudou, com níveis acima de 50% em abril. “Isso nos dá uma tranquilidade que essa água que chegou seja suficiente para sair dessa preocupação”, comenta.
Sobre a contratação emergencial de térmicas feitas no ano passado e que agora não se faz necessária por conta da melhora significativa da hidrologia, o executivo lembra que quando a decisão foi tomada, havia uma grande incerteza de melhora nos volumes, o que poderia agravar a situação do sistema. O ONS conta com a entrada dessas usinas em operação. Segundo Ciocchi, que salientou a importância da preservação desses contratos, esse acionamento não será expressivo e não terá um custo significativo nas contas do consumidor. “Os mecanismos normais de gestão de preço e tarifa da energia já estão calibrados para isso”, ressalta.