O grupo Bertin deve recorrer da autuação imposta pela Receita Federal por supostas irregularidades no processo de incorporação de seus negócios de carne bovina pela JBS, segundo apurou o Valor. De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a Receita considera a estrutura do negócio "fraudulenta" e autuou uma das companhias do grupo - que não quer se manifestar sobre o assunto - em R$ 3 bi. Além de problemas tributários, diz a reportagem, a Receita Federal também constatou problemas envolvendo o fundo de investimento FIP Bertin, que representou o grupo Bertin na transação com a JBS, que aconteceu em 2009. No setor de energia, os negócios do grupo Bertin atualmente envolvem seis usinas termelétricas em fase de conclusão. No segmento sucroalcooleiro, controla a Infinity Bionergia, que tem seis unidades processadoras de cana e está em recuperação judicial. Até 2011, o grupo também controlava 50% da usina São Fernando, localizada em Mato Grosso do Sul - a outra metade pertencia aos filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava- Jato, que passaram a deter 100% desse negócio. Ainda integram o portfólio dos Bertin ativos nas áreas de infraestrutura, divididos em construção civil (Contern) e concessões de rodovias - Atlantia-Bertin e SPMar, esta última administradora dos trechos sul e leste do Rodoanel Mario Covas. O grupo também trabalha com equipamentos de proteção individual e produção agropecuária (confinamento de bois e reflorestamento). (Valor Econômico – 01.03.2016)