09/03/2016
Vista de um porto para petróleo importado em Qingdao, na província chinesa de Shandong. Analistas do Goldman Sachs dizem acreditar a era dos preços de petróleo abaixo de US$ 30 pode não ter terminado. Depois de uma alta de 5,5% na segunda-feira, o preço do petróleo nos EUA recuou 3,7% ontem. A semana passada foi fantástica para os preços das commodities. Uma forte recuperação impulsionou os preços do petróleo do tipo Brent de volta para mais de US$ 40 o barril, com uma alta de mais de 14% só em março.
Os analistas do Goldman Sachs Group Inc. atribuíram essa alta à “restauração da atividade econômica, a um realinhamento e a uma nova alavancagem”. Mas eles não acham que a alta seja sustentável no longo prazo.
Em nota divulgada ontem, o chefe global de pesquisas de commodities do Goldman, Jeffrey Currie, escreveu que a forte queda de 2015 nos preços das commodities foi provocada por “deflação, divergência e uma desalavancagem, que foram reforçadas através de contínuo feedback negativo”.
Embora essa dinâmica tenha se esgotado no ano passado, diz ele, o executivo não acredita que isso significa necessariamente que a era dos preços de petróleo abaixo de US$ 30 tenha terminado. Pelo menos, não ainda.
Currie escreveu que, em fevereiro, os investidores viram o que ele chama de ‘rebentos’ de um reequilíbrio dos mercados de commodities, em consequência de “evidências da tão esperada redução da oferta tanto nos Estados Unidos como em outros países produtores de petróleo que não são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo”, como Nigéria e Iraque. Entretanto, ele também escreveu que esses ‘rebentos’ sozinhos não são suficientes para provocar uma nova alta sustentável no mercado.
“Apenas um déficit físico real pode criar uma alta sustentável”, observa ele (The Wall Street Journal, 9/3/16)