Notícias do setor
14/03/2016
Usiminas coloca 1.300 em licença remunerada em Cubatão

Após demitir dois mil funcionários na unidade de Cubatão, na Baixada Santista (SP), a Usiminas colocou a metade dos 2.500 restantes em licença remunerada. São 1.300 empregados que desde quarta-feira, 9 de março, estão em suas casas e assim ficarão até o dia 20 deste mês. Eles receberão integralmente seus salários. A decisão da siderúrgica “foi motivada pela baixa demanda do mercado e visa otimizar os custos de logística, serviços e energia”, disse a empresa em nota. Os dados mais recentes do Instituto Aço Brasil mostram que o consumo de aço em janeiro de 2016 foi de 1,3 milhão de toneladas, 35% menor que em igual mês do ano anterior. Segundo a Usiminas, as entregas aos clientes não serão afetadas. Os 1.300 funcionários que estão em licença remunerada são das áreas de laminação e de apoio à produção. A laminação é uma etapa posterior à produção de aço. É onde as placas são comprimidas, ficando mais finas. A produção de aço já havia sido completamente paralisada mês passado, com a demissão dos 2 mil funcionários e a paralisação dos dois alto-fornos da unidade. A siderúrgica mantém a produção de aço em Ipatinga (MG), embora um dos três alto-fornos na unidade mineira também tenha sido paralisado. Com a crise do setor e a briga que envolve os sócios controladores da Usiminas, os argentinos da Ternium e os japoneses da Nippon Steel, a siderúrgica está praticamente sem caixa e precisa urgentemente de uma injeção de capital para evitar a recuperação judicial. Nesta sexta-feira, o Conselho de Administração da Usiminas volta a se reunir para discutir a possibilidade do aporte. A Nippon Steel está disposta a injetar R$ 1 bi na companhia, mesmo que a Ternium não aceite fazer a contrapartida. Os argentinos defendem que Usiminas tenha acesso ao caixa da Mineração Usiminas, subsidiária da siderúrgica que produz minério de ferro. Os bancos credores exigem uma injeção de R$ 4 bi para rolar a dívida da companhia. A dívida que vence este ano é de R$ 1,9 bi. (O Globo – 10.03.2016)

 

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