O Conselho de Administração da Usiminas aprovou proposta de aumento de capital no valor de R$ 1 bi mediante a emissão de 200 milhões de novas ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 5 por papel, de acordo com fato relevante divulgado pela empresa na noite de sexta-feira (11). O aumento de capital é considerado essencial para evitar que a maior produtora de aços planos do Brasil seja forçada a pedir recuperação judicial diante de sua frágil situação financeira. A proposta será submetida à Assembleia Geral Extraordinária da companhia, ainda a ser convocada, e está condicionada à celebração de acordo pela Usiminas com seus principais credores. Durante reunião do conselho da siderúrgica na sexta-feira, foram discutidas duas propostas de aumento de capital: a vencedora, apresentada pela japonesa Nippon Steel, e outra sugerida pela ítalo-argentina Techint. Os dois grupos dividem o controle da siderúrgica brasileira. O compromisso do grupo Nippon Steel de subscrever até R$ 1 bi na operação também está condicionado à celebração de acordos com credores que devem prever o alongamento da dívida e a concessão de prazo de carência. A proposta da Techint ainda voltará a ser apresentada na assembleia para discutir o aumento de capital. A proposta prevê aumento de capital de até R$ 563 mi, mediante emissão de até 100 milhões de ações ordinárias e até 100 mi de ações preferenciais classe "A", ao preço de R$ 4,35 por ação ordinária e R$ 1,28 por ação preferencial classe A. Nova reunião do conselho será realizada em 18 de março para deliberar sobre a convocação da Assembleia Geral Extraordinária e sobre o pedido apresentado pela Techint. No fato relevante divulgado na noite de sexta-feira, a siderúrgica informou que seu conselho também aprovou efetivação de aumento do capital no limite do autorizado pelo estatuto social, por meio de subscrição privada, no valor de até R$ 64,88 mi. A operação ocorrerá mediante emissão de até 50,7 milhões de ações preferenciais classe "A", ao preço de R$ 1,28 por ação. (G1 – 14.03.2016)