O governo federal vai discutir a possibilidade de alteração no modelo de acionamento das termelétricas, que pode resultar em custo menor de energia para os consumidores do país. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim a ideia é retomar o modelo anterior, em que cada usina era acionada por ordem de custo de operação, quando o modelo indicava ser economicamente necessário o despacho da usina térmica. A regra atual prevê que o governo pode determinar o acionamento de termelétricas também por razões de segurança energética, o que aumenta o custo da energia para todo o sistema. Segundo Tolmasquim, o assunto ainda será discutido pelo governo, podendo ser analisado antes da próxima reunião do CMSE, na primeira semana de abril. Ele, afirmou que não há nada decidido ainda. A mudança do mecanismo atual para o modelo anterior - chamado de despacho por ordem de mérito - pode gerar um efeito redutor no custo da energia maior do que o previsto pelo modelo atual. Com o PLD no piso regulatório -R$ 30,25 por megawatt-hora, em todas as regiões, com exceção do Nordeste -, o despacho termelétrico será muito menor, com menor custo operacional repassado aos consumidores. Ainda não é possível prever, porém, de quanto seria esse alívio tarifário. (Valor Econômico – 22.03.2016)