O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, avalia que o mercado de armazenamento de energia, mediante uso de baterias, é um campo de interesse do país num eventual plano de investimentos em projetos de baixo carbono. Segundo ele, o país precisa estar alinhado às tecnologias que estão sendo discutidas no mundo, até pela importância que a aplicação de uma tecnologia como esta pode representar. Tolmasquim contou que a viabilização de projetos de armazenamento, hoje conduzidos por grandes empresas de energia, pode representar uma mudança de paradigma, "semelhante ao que aconteceu com a criação da Apple", modificando todo o cenário de carga. O Reino Unido tem interesse em investir em projetos de baixo carbono, na esteira da COP 21, que levou vários países a estabelecerem metas de redução de emissões de CO2. Segundo a ministra adjunta de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido, Andrea Leadsom, o país possui cerca de 1,5 bi de libras reunidos em um fundo exclusivo para projetos de baixo carbono e o Brasil é "considerado um país prioritário" para a concretização dos investimentos. Tolmasquim contou que um dos diferenciais do Brasil é a extensão territorial e o potencial de fontes como a eólica e a solar, pois diferentemente dos países europeus, áreas terrestres para implantação de novos projetos são mais escassas, levando-os para exploração de projetos offshore. (Agência Brasil Energia – 22.03.2016)