O governo estuda a realização de até três leilões de reserva este ano, sendo que um deles teria negociação quase simultânea de geração eólica e transmissão, revelou nesta terça-feira (22/3), o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, o leilão ainda não passa de uma ideia que está sendo discutida no MME, mas o objetivo é testar um modelo que traga menos riscos de transmissão para os geradores eólicos, ao mesmo tempo que os incentiva a buscar saídas para a transmissão, hoje um entrave para a fonte renovável. De acordo com ele, empreendedores eólicos manifestaram ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, interesse em entrar em projetos de transmissão que conectem parques eólicos que eventualmente venham a ser implantados. Os players poderiam investir em linhas sozinhos ou associados a empresas de transmissão. O plano esboçado prevê a realização inicial do leilão de geração dos parques eólicos. Na sequência, seriam ofertadas linhas de transmissão, previamente planejadas pela EPE, que se arrematadas permitiriam aos eólicos assinarem os contratos de outorgas. Caso a linha de transmissão não seja negociada, as eólicas não poderiam ser contratadas. A medida seria testada num leilão de reserva porque a demanda seria definida diretamente pelo governo, sem risco de descontratar ou frustrar planejamento de distribuidoras. "Mas tudo pode mudar", salientou Tolmasquim, após participar do evento que abriu a "Semana Brasil-Reino Unido de Baixo Carbono", realizado pela embaixada britânica no Rio de Janeiro. O governo estuda ainda realizar um leilão de reserva para eólicas, PCHs e CGHs, e outro exclusivo para usinas solares fotovoltaicas. (Agência Brasil Energia 22.03.2016)