O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também declarou que decidiu decretar o dia 18 de abril, segunda-feira, como "não laboral" para todos os trabalhadores do país, e emendar com o dia 19 que já era feriado para comemorar a assinatura da ata de independência. Maduro comentou que está fazendo "um esforço gigantesco", pois a seca dos dois últimos anos "foi brutal", afetando gravemente à represa de El Guri, que abastece a maior hidrelétrica do país, responsável por 70% da geração e, após o impacto de "El Niño", se encontra em níveis críticos. "Estamos defendendo agora a represa de El Guri, diariamente, hora por hora. Não quero dramatizar, nunca farei isso, nunca fiz, mas todos os dias estou pedindo a ajuda de vocês, famílias da Venezuela", salientou. Maduro comentou ainda que seu governo tomou muitas decisões que teve "de fazer em silêncio", porque "senão vem o império e a embaixada gringa e as sabota", em referência aos Estados Unidos. Por fim, pediu o apoio dos venezuelanos nesta etapa de emergência para diminuir o consumo residencial elétrico, que, segundo ele, "é o mais alto da América Latina e o Caribe". Os níveis de consumo dos venezuelanos foram justificados pelo próprio chefe de Estado venezuelano, que lembrou que a eletricidade na Venezuela "é praticamente de graça", e embora tenha dito que "chegará o momento" de aumentar as tarifas, ressaltou que este dia "ainda não chegou". (O Estado de São Paulo – 14.04.2016)