Notícias do setor
20/04/2016
Geradores fotovoltaicos pedem mais dois anos para construírem usinas no Brasil

Seis empresas vencedoras do emblemático leilão de energia de Reserva de 2014 protocolaram na Aneel pedidos de postergação de cronograma de seus empreendimentos. O certame, considerado o mais disputado da história, marcou a entrada da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira. Contratualmente, esses projetos precisam entregar energia em 2017. Contudo, um grupo de empresas pediu que o regulador postergue por dois anos os marcos do início e término do suprimento estabelecidos nos Contratos de Energia de Reserva. Os pedidos partiram da Renova Energia, Canadian Solar, Lintran do Brasil, FRV Solar, Usina Fotovoltaica Inharé, Rio Alto Energia Empreendimento e Participações. As companhias alegam que houve alteração “imprevisível e extraordinária” das condições macroeconômicas então vigentes na época do leilão, como elevação da inflação, das taxas de juros e forte desvalorização do Real frente ao Dólar. Esses fatores, somados a ausência de uma cadeia produtiva nacional voltada ao atendimento do setor fotovoltaico brasileiro, comprometeram as condições de financiamento para custear os vultuosos investimentos incorridos na implantação desses projetos. Como a cadeia produtiva nacional não teve o desenvolvimento esperado no Brasil, os agentes alegam que única opção que dispõem na atualidade para levar seus projetos adiante seria a aquisição de componentes importados, isso porque o BNDES obriga a aquisição de componentes nacionais para conceder financiamento. Em síntese, os empreendedores alegam que não têm acesso a componentes nacionais, porque inexiste a cadeia produtiva solar fotovoltaica no Brasil. Por isso, teriam de recorrer a fornecedores estrangeiros e adquirir equipamentos e serviços cotados em dólar, o que traz duas claras consequências: aumento dos custos dos projetos em função da expressiva desvalorização do real frente ao dólar no último ano; e a impossibilidade de financiamento com taxas mais competitivas junto ao BNDES diante da inexistência de uma linha de crédito própria para componentes importados. (Agência CanalEnergia – 18.04.2061)

 

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